Nutrientes dissolvidos e biomassa primária nos estuários dos rios Botafogo e Carrapicho - PE

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: MELO, Antônio Augusto Santana de
Data de Publicação: 2007
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/8786
Resumo: A preservação das áreas estuarinas foi um dos temas do programa Recursos Costeiros- RECOS (Instituto do Milênio), quando foi realizada uma ampla avaliação em diferentes regiões do Brasil, para determinar o nível de contaminação dos estuários pelas atividades antrópicas. Em Pernambuco foram escolhidos dois estuários, inseridos no complexo estuarino do Canal de Santa Cruz, situado a 50 km ao norte do Recife-PE. Foram realizadas análises hidrológicas, com o objetivo de determinar a amplitude das variações dos principais parâmetros físico e químicos da água (temperatura, salinidade, oxigênio dissolvido, demanda bioquímica de oxigênio, percentual de saturação de oxigênio, pH, nitrogênio amoniacal, nitrito-N, nitrato-N, fosfato-P, silicato-Si) e clorofila a, em 4 estações pré-definidas, durante a maré vazante, num ciclo sazonal entre agosto/2003 e junho/2004, nos estuários dos rios Botafogo e Carrapicho, denominados como impactado e controle, respectivamente. Os resultados de temperatura apresentaram um valor máximo de 31°C e mínimo de 27,20°C. Os valores de salinidade oscilaram desde o regime marinho ao mesoalino, apresentando sazonalidade com maiores valores no período seco. O oxigênio dissolvido (O.D.) variou entre 33,81% de saturação no rio Botafogo a 154,96% de saturação no rio Carrapicho, estando às águas do estuário do rio Carrapicho mais oxigenadas. A D.B.O. apresentou valores inferiores a 5 mg.L-1 nos dois estuários, porém a maior demanda foi registrada no rio Botafogo indicando um maior aporte de matéria orgânica. Os nutrientes dissolvidos nitrogenados (amônia-N, nitrito-N e nitrato-N) apresentaram concentrações mais elevadas no estuário do rio Botafogo, principalmente no período de elevado fluxo fluvial, indicando a forte influência do material particulado e dissolvido. Os valores máximos registrados para a amônia-N e nitrito-N foram de 3,005 μmol.L-1 e 0,610 μmol.L-1 respectivamente, na estação P-2, enquanto que os valores do nitrato-N variaram entre 0,116 μmol.L-1 (C-2) e 33,103 μmol.L-1 (P-1). As variações de fosfato-P não apresentaram um ciclo sazonal definido, havendo um discreto aumento no período seco, e as concentrações foram mais elevadas no rio Botafogo, onde o máximo registrado foi de 0,818 μmol.L-1 (P-1), enquanto no rio Carrapicho o máximo foi de 0,504 μmol.L-1. Os teores de silicato-Si foram mais elevados no estuário do rio Botafogo, com valores máximo coincidindo com o período de maior precipitação pluviométrica (242,868 μmol.L-1, P-1). Os teores de Clorofila - a foram mais elevados no período seco no rio Carrapicho, com máxima de 22,01 mg.m-3 em C-1, tendo relação direta com o aumento dos sais nutrientes neste período, no rio Botafogo foi registrado um máximo de 20,56 mg.m-3 em P-1. As concentrações de clorofila-a aumentaram no período seco, no rio Carrapicho, o que foi conseqüência dos aportes de nutrientes, pela diminuição da turbidez e pelo aumento da temperatura. No rio Botafogo os valores foram menores, tendo o nitrato-N como fator limitante, como indicado pela relação inversa deste parâmetro com a clorofila-a, na análise de componentes principais (ACP). Os valores dos parâmetros analisados apresentaram uma maior variação no estuário do rio Botafogo, em alguns momentos com valores bastante elevados, indicando uma influência dos despejos industriais e urbanos dentro da bacia deste rio, com grande diluição pelas águas marinhas costeiras, que mantiveram elevados os níveis de oxigenação das águas circulantes. No estuário do rio Carrapicho os níveis de saturação de oxigênio dissolvido foram elevados, com maiores valores de salinidade e menores concentrações dos nutrientes dissolvidos
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Foram realizadas análises hidrológicas, com o objetivo de determinar a amplitude das variações dos principais parâmetros físico e químicos da água (temperatura, salinidade, oxigênio dissolvido, demanda bioquímica de oxigênio, percentual de saturação de oxigênio, pH, nitrogênio amoniacal, nitrito-N, nitrato-N, fosfato-P, silicato-Si) e clorofila a, em 4 estações pré-definidas, durante a maré vazante, num ciclo sazonal entre agosto/2003 e junho/2004, nos estuários dos rios Botafogo e Carrapicho, denominados como impactado e controle, respectivamente. Os resultados de temperatura apresentaram um valor máximo de 31°C e mínimo de 27,20°C. Os valores de salinidade oscilaram desde o regime marinho ao mesoalino, apresentando sazonalidade com maiores valores no período seco. O oxigênio dissolvido (O.D.) variou entre 33,81% de saturação no rio Botafogo a 154,96% de saturação no rio Carrapicho, estando às águas do estuário do rio Carrapicho mais oxigenadas. A D.B.O. apresentou valores inferiores a 5 mg.L-1 nos dois estuários, porém a maior demanda foi registrada no rio Botafogo indicando um maior aporte de matéria orgânica. Os nutrientes dissolvidos nitrogenados (amônia-N, nitrito-N e nitrato-N) apresentaram concentrações mais elevadas no estuário do rio Botafogo, principalmente no período de elevado fluxo fluvial, indicando a forte influência do material particulado e dissolvido. Os valores máximos registrados para a amônia-N e nitrito-N foram de 3,005 μmol.L-1 e 0,610 μmol.L-1 respectivamente, na estação P-2, enquanto que os valores do nitrato-N variaram entre 0,116 μmol.L-1 (C-2) e 33,103 μmol.L-1 (P-1). As variações de fosfato-P não apresentaram um ciclo sazonal definido, havendo um discreto aumento no período seco, e as concentrações foram mais elevadas no rio Botafogo, onde o máximo registrado foi de 0,818 μmol.L-1 (P-1), enquanto no rio Carrapicho o máximo foi de 0,504 μmol.L-1. Os teores de silicato-Si foram mais elevados no estuário do rio Botafogo, com valores máximo coincidindo com o período de maior precipitação pluviométrica (242,868 μmol.L-1, P-1). Os teores de Clorofila - a foram mais elevados no período seco no rio Carrapicho, com máxima de 22,01 mg.m-3 em C-1, tendo relação direta com o aumento dos sais nutrientes neste período, no rio Botafogo foi registrado um máximo de 20,56 mg.m-3 em P-1. As concentrações de clorofila-a aumentaram no período seco, no rio Carrapicho, o que foi conseqüência dos aportes de nutrientes, pela diminuição da turbidez e pelo aumento da temperatura. No rio Botafogo os valores foram menores, tendo o nitrato-N como fator limitante, como indicado pela relação inversa deste parâmetro com a clorofila-a, na análise de componentes principais (ACP). Os valores dos parâmetros analisados apresentaram uma maior variação no estuário do rio Botafogo, em alguns momentos com valores bastante elevados, indicando uma influência dos despejos industriais e urbanos dentro da bacia deste rio, com grande diluição pelas águas marinhas costeiras, que mantiveram elevados os níveis de oxigenação das águas circulantes. No estuário do rio Carrapicho os níveis de saturação de oxigênio dissolvido foram elevados, com maiores valores de salinidade e menores concentrações dos nutrientes dissolvidosporUniversidade Federal de PernambucoAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessBiomassa primáriaNutrientes dissolvidosOceanografiaCanal de Santa CruzNutrientes dissolvidos e biomassa primária nos estuários dos rios Botafogo e Carrapicho - PEinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILarquivo8243_1.pdf.jpgarquivo8243_1.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1731https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/8786/4/arquivo8243_1.pdf.jpgb2005c617a96cb841bc2fe2e2405cca7MD54ORIGINALarquivo8243_1.pdfapplication/pdf1269545https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/8786/1/arquivo8243_1.pdfc6fbb299f6e02bb5143c6fee2069cd54MD51LICENSElicense.txttext/plain1748https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/8786/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXTarquivo8243_1.pdf.txtarquivo8243_1.pdf.txtExtracted texttext/plain155418https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/8786/3/arquivo8243_1.pdf.txta9d4b602840398c401daafc217670f67MD53123456789/87862019-10-25 03:45:45.815oai:repositorio.ufpe.br:123456789/8786Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-25T06:45:45Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false
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