Petrologia, Geoquímica e Evolução Crustal do Complexo Granítico Esperança, Terreno Alto Pajeú, do Domínio da Zona Transversal, Província Borborema, Nordeste Brasileiro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: SAMPAIO, Maria Angélica Fonseca
Data de Publicação: 2005
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/6161
Resumo: O Complexo Granítico Esperança (CGE) situa-se no Terreno Alto Pajeú (TAP), Domínio da Zona Transversal (DZT) da Província Borborema (PB), na porção centro-norte do Estado da Paraíba. Aflora em uma área de cerca de 500 Km2, encaixado em rochas Mesoproterozóicas alongadas no sentido SW-NE, limitadas a norte pelo Lineamento Patos transcorrente de cinemática dextral e a sul pela Zona de Cisalhamento Puxinanã-São Sebastião de Lagoa de Roça. Estas intrusões exibem petrografia, geoquímica, química mineral e isotópica distintas, sugerindo fontes distintas para pelo menos uma delas (Plúton Areial) e as demais intrusões (Puxinanã, Remígio, Pocinhos e Serrote da Cobra). São granitos metaluminosos a fracamente peraluminosos, cálcio-alcalinos de alto-K (Puxinanã, Remígio e Serrote da Cobra) a shoshoníticos (Areial), caracterizados geoquimicamente por elevados teores de álcalis (Na2O + K2O > 7%) e razões K2O/Na2O>1. Exibem coexistência e mistura parcial ou incompleta de magmas máficos e félsicos, com porções dos plútons apresentando hibridização em variados graus de combinações, com exceção de Pocinhos. Petrograficamente são biotita sienogranitos a monzogranitos associados a granodioritos, exibindo enclaves ou diques sin-plutônicos máficos (Areial, Puxinanã e Remígio), biotita tonalitos associados a diques tardi-plutônicos máficos (Serrote da Cobra) e biotita sienogranitos não-associados a enclaves ou diques máficos (Pocinhos). Estes plútons mostram características de granitos sin a tardi-orogênicos tipo I, menos o Plúton Pocinhos que possui características de granitos tipo A. Nas intrusões do CGE ocorrem as seguintes fases minerais: plagioclásio (oligoclásio a andesina), feldspato potássico (microclina pertítica), biotita (siderofilita a anita), anfibólio cálcico (edenita a ferro-edenita, com um fácies mostrando composições na série magnésiohornblenda a ferro-hornblenda no Plúton Areial), titanita e epidoto (com teor de pistacita variando de 0,25 a 0,24 para o Plúton Serrote da Cobra, e 0,28 a 0,31 para o Plúton Areial). Dados de química mineral, geotermometria e geobarometria mostraram condições de cristalização com temperaturas moderadas a altas (774 a 780° C) e pressões moderadas (5.6 e 6.0 Kbar) para o Plúton Areial do CGE. Geocronologia pelo método U/Pb em zircão forneceu idade de 581.3±7 Ma para o Plúton Puxinanã. Os dados isotópicos mostraram para o Plúton Areial valores fortemente negativos de εNd iniciais (-15.08 a -16.53) e idades modelo TDM Paleoproterozóicas (1.8 a 2.1 Ga), e para os demais plútons valores menos negativos de εNd iniciais (-7.19 a -3.46) e idades modelo TDM mistas de material Paleoproterozóico e Neoproterozóico (Brasiliano) ou Mesoproterozóico (Cariris Velhos), variando de 1.34 a 1.59 Ga. Os diagramas petrogenéticos de Patiño-Douce (1995) sugerem que os granitóides constituintes do CGE foram todos gerados a partir de fusões de rochas cálcio-alcalinas, possivelmente envolvendo fusão de rochas da crosta inferior, por ação do calor transmitido por magmas mantélicos alojados por underplating, seguido de assimilação das rochas encaixantes e armazenamento dos magmas híbridos em bolsões magmáticos, formados por mistura em profundidade de magmas mantélicos e crustais. Subsequente homogeneização química e isotópica dos magmas híbridos gerou as características cálcio-alcalinas das intrusões do CGE. Estes processos de mistura de magma em profundidade seriam responsáveis pela evolução das intrusões constituintes do CGE, exceto pelo plúton tipo A Pocinhos, originado a posteriori por fusão desidratada de um protólito granitóide cálcioalcalino portador de hornblenda e biotita, a baixas profundidades (inferiores a 15 Km), em condições de pressão ≤ 4 kbar
id UFPE_f8a9248d8a6b16c6d32db2591cc6d14d
oai_identifier_str oai:repositorio.ufpe.br:123456789/6161
network_acronym_str UFPE
network_name_str Repositório Institucional da UFPE
repository_id_str 2221
spelling SAMPAIO, Maria Angélica FonsecaGUIMARAES, Ignez de Pinho2014-06-12T18:02:31Z2014-06-12T18:02:31Z2005Angélica Fonseca Sampaio, Maria; de Pinho Guimaraes, Ignez. Petrologia, Geoquímica e Evolução Crustal do Complexo Granítico Esperança, Terreno Alto Pajeú, do Domínio da Zona Transversal, Província Borborema, Nordeste Brasileiro. 2005. Tese (Doutorado). Programa de Pós-Graduação em Geociências, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2005.https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/6161O Complexo Granítico Esperança (CGE) situa-se no Terreno Alto Pajeú (TAP), Domínio da Zona Transversal (DZT) da Província Borborema (PB), na porção centro-norte do Estado da Paraíba. Aflora em uma área de cerca de 500 Km2, encaixado em rochas Mesoproterozóicas alongadas no sentido SW-NE, limitadas a norte pelo Lineamento Patos transcorrente de cinemática dextral e a sul pela Zona de Cisalhamento Puxinanã-São Sebastião de Lagoa de Roça. Estas intrusões exibem petrografia, geoquímica, química mineral e isotópica distintas, sugerindo fontes distintas para pelo menos uma delas (Plúton Areial) e as demais intrusões (Puxinanã, Remígio, Pocinhos e Serrote da Cobra). São granitos metaluminosos a fracamente peraluminosos, cálcio-alcalinos de alto-K (Puxinanã, Remígio e Serrote da Cobra) a shoshoníticos (Areial), caracterizados geoquimicamente por elevados teores de álcalis (Na2O + K2O > 7%) e razões K2O/Na2O>1. Exibem coexistência e mistura parcial ou incompleta de magmas máficos e félsicos, com porções dos plútons apresentando hibridização em variados graus de combinações, com exceção de Pocinhos. Petrograficamente são biotita sienogranitos a monzogranitos associados a granodioritos, exibindo enclaves ou diques sin-plutônicos máficos (Areial, Puxinanã e Remígio), biotita tonalitos associados a diques tardi-plutônicos máficos (Serrote da Cobra) e biotita sienogranitos não-associados a enclaves ou diques máficos (Pocinhos). Estes plútons mostram características de granitos sin a tardi-orogênicos tipo I, menos o Plúton Pocinhos que possui características de granitos tipo A. Nas intrusões do CGE ocorrem as seguintes fases minerais: plagioclásio (oligoclásio a andesina), feldspato potássico (microclina pertítica), biotita (siderofilita a anita), anfibólio cálcico (edenita a ferro-edenita, com um fácies mostrando composições na série magnésiohornblenda a ferro-hornblenda no Plúton Areial), titanita e epidoto (com teor de pistacita variando de 0,25 a 0,24 para o Plúton Serrote da Cobra, e 0,28 a 0,31 para o Plúton Areial). Dados de química mineral, geotermometria e geobarometria mostraram condições de cristalização com temperaturas moderadas a altas (774 a 780° C) e pressões moderadas (5.6 e 6.0 Kbar) para o Plúton Areial do CGE. Geocronologia pelo método U/Pb em zircão forneceu idade de 581.3±7 Ma para o Plúton Puxinanã. Os dados isotópicos mostraram para o Plúton Areial valores fortemente negativos de εNd iniciais (-15.08 a -16.53) e idades modelo TDM Paleoproterozóicas (1.8 a 2.1 Ga), e para os demais plútons valores menos negativos de εNd iniciais (-7.19 a -3.46) e idades modelo TDM mistas de material Paleoproterozóico e Neoproterozóico (Brasiliano) ou Mesoproterozóico (Cariris Velhos), variando de 1.34 a 1.59 Ga. Os diagramas petrogenéticos de Patiño-Douce (1995) sugerem que os granitóides constituintes do CGE foram todos gerados a partir de fusões de rochas cálcio-alcalinas, possivelmente envolvendo fusão de rochas da crosta inferior, por ação do calor transmitido por magmas mantélicos alojados por underplating, seguido de assimilação das rochas encaixantes e armazenamento dos magmas híbridos em bolsões magmáticos, formados por mistura em profundidade de magmas mantélicos e crustais. Subsequente homogeneização química e isotópica dos magmas híbridos gerou as características cálcio-alcalinas das intrusões do CGE. Estes processos de mistura de magma em profundidade seriam responsáveis pela evolução das intrusões constituintes do CGE, exceto pelo plúton tipo A Pocinhos, originado a posteriori por fusão desidratada de um protólito granitóide cálcioalcalino portador de hornblenda e biotita, a baixas profundidades (inferiores a 15 Km), em condições de pressão ≤ 4 kbarConselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoporUniversidade Federal de PernambucoAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessGranitóides BrasilianosMistura de magmaDomínio da Zona TransversalProvíncia BorboremaPetrologia, Geoquímica e Evolução Crustal do Complexo Granítico Esperança, Terreno Alto Pajeú, do Domínio da Zona Transversal, Província Borborema, Nordeste Brasileiroinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILarquivo2589_1.pdf.jpgarquivo2589_1.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1169https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/6161/4/arquivo2589_1.pdf.jpg2b7c329cb03a121b8fcbf2f2ae078ba5MD54ORIGINALarquivo2589_1.pdfapplication/pdf4302212https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/6161/1/arquivo2589_1.pdfcd4f4248722b5820033caf825827a6d7MD51LICENSElicense.txttext/plain1748https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/6161/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXTarquivo2589_1.pdf.txtarquivo2589_1.pdf.txtExtracted texttext/plain519848https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/6161/3/arquivo2589_1.pdf.txt248b1b9d80bc0649c911f9106192b2b7MD53123456789/61612019-10-25 06:40:21.086oai:repositorio.ufpe.br:123456789/6161Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-25T09:40:21Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Petrologia, Geoquímica e Evolução Crustal do Complexo Granítico Esperança, Terreno Alto Pajeú, do Domínio da Zona Transversal, Província Borborema, Nordeste Brasileiro
title Petrologia, Geoquímica e Evolução Crustal do Complexo Granítico Esperança, Terreno Alto Pajeú, do Domínio da Zona Transversal, Província Borborema, Nordeste Brasileiro
spellingShingle Petrologia, Geoquímica e Evolução Crustal do Complexo Granítico Esperança, Terreno Alto Pajeú, do Domínio da Zona Transversal, Província Borborema, Nordeste Brasileiro
SAMPAIO, Maria Angélica Fonseca
Granitóides Brasilianos
Mistura de magma
Domínio da Zona Transversal
Província Borborema
title_short Petrologia, Geoquímica e Evolução Crustal do Complexo Granítico Esperança, Terreno Alto Pajeú, do Domínio da Zona Transversal, Província Borborema, Nordeste Brasileiro
title_full Petrologia, Geoquímica e Evolução Crustal do Complexo Granítico Esperança, Terreno Alto Pajeú, do Domínio da Zona Transversal, Província Borborema, Nordeste Brasileiro
title_fullStr Petrologia, Geoquímica e Evolução Crustal do Complexo Granítico Esperança, Terreno Alto Pajeú, do Domínio da Zona Transversal, Província Borborema, Nordeste Brasileiro
title_full_unstemmed Petrologia, Geoquímica e Evolução Crustal do Complexo Granítico Esperança, Terreno Alto Pajeú, do Domínio da Zona Transversal, Província Borborema, Nordeste Brasileiro
title_sort Petrologia, Geoquímica e Evolução Crustal do Complexo Granítico Esperança, Terreno Alto Pajeú, do Domínio da Zona Transversal, Província Borborema, Nordeste Brasileiro
author SAMPAIO, Maria Angélica Fonseca
author_facet SAMPAIO, Maria Angélica Fonseca
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv SAMPAIO, Maria Angélica Fonseca
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv GUIMARAES, Ignez de Pinho
contributor_str_mv GUIMARAES, Ignez de Pinho
dc.subject.por.fl_str_mv Granitóides Brasilianos
Mistura de magma
Domínio da Zona Transversal
Província Borborema
topic Granitóides Brasilianos
Mistura de magma
Domínio da Zona Transversal
Província Borborema
description O Complexo Granítico Esperança (CGE) situa-se no Terreno Alto Pajeú (TAP), Domínio da Zona Transversal (DZT) da Província Borborema (PB), na porção centro-norte do Estado da Paraíba. Aflora em uma área de cerca de 500 Km2, encaixado em rochas Mesoproterozóicas alongadas no sentido SW-NE, limitadas a norte pelo Lineamento Patos transcorrente de cinemática dextral e a sul pela Zona de Cisalhamento Puxinanã-São Sebastião de Lagoa de Roça. Estas intrusões exibem petrografia, geoquímica, química mineral e isotópica distintas, sugerindo fontes distintas para pelo menos uma delas (Plúton Areial) e as demais intrusões (Puxinanã, Remígio, Pocinhos e Serrote da Cobra). São granitos metaluminosos a fracamente peraluminosos, cálcio-alcalinos de alto-K (Puxinanã, Remígio e Serrote da Cobra) a shoshoníticos (Areial), caracterizados geoquimicamente por elevados teores de álcalis (Na2O + K2O > 7%) e razões K2O/Na2O>1. Exibem coexistência e mistura parcial ou incompleta de magmas máficos e félsicos, com porções dos plútons apresentando hibridização em variados graus de combinações, com exceção de Pocinhos. Petrograficamente são biotita sienogranitos a monzogranitos associados a granodioritos, exibindo enclaves ou diques sin-plutônicos máficos (Areial, Puxinanã e Remígio), biotita tonalitos associados a diques tardi-plutônicos máficos (Serrote da Cobra) e biotita sienogranitos não-associados a enclaves ou diques máficos (Pocinhos). Estes plútons mostram características de granitos sin a tardi-orogênicos tipo I, menos o Plúton Pocinhos que possui características de granitos tipo A. Nas intrusões do CGE ocorrem as seguintes fases minerais: plagioclásio (oligoclásio a andesina), feldspato potássico (microclina pertítica), biotita (siderofilita a anita), anfibólio cálcico (edenita a ferro-edenita, com um fácies mostrando composições na série magnésiohornblenda a ferro-hornblenda no Plúton Areial), titanita e epidoto (com teor de pistacita variando de 0,25 a 0,24 para o Plúton Serrote da Cobra, e 0,28 a 0,31 para o Plúton Areial). Dados de química mineral, geotermometria e geobarometria mostraram condições de cristalização com temperaturas moderadas a altas (774 a 780° C) e pressões moderadas (5.6 e 6.0 Kbar) para o Plúton Areial do CGE. Geocronologia pelo método U/Pb em zircão forneceu idade de 581.3±7 Ma para o Plúton Puxinanã. Os dados isotópicos mostraram para o Plúton Areial valores fortemente negativos de εNd iniciais (-15.08 a -16.53) e idades modelo TDM Paleoproterozóicas (1.8 a 2.1 Ga), e para os demais plútons valores menos negativos de εNd iniciais (-7.19 a -3.46) e idades modelo TDM mistas de material Paleoproterozóico e Neoproterozóico (Brasiliano) ou Mesoproterozóico (Cariris Velhos), variando de 1.34 a 1.59 Ga. Os diagramas petrogenéticos de Patiño-Douce (1995) sugerem que os granitóides constituintes do CGE foram todos gerados a partir de fusões de rochas cálcio-alcalinas, possivelmente envolvendo fusão de rochas da crosta inferior, por ação do calor transmitido por magmas mantélicos alojados por underplating, seguido de assimilação das rochas encaixantes e armazenamento dos magmas híbridos em bolsões magmáticos, formados por mistura em profundidade de magmas mantélicos e crustais. Subsequente homogeneização química e isotópica dos magmas híbridos gerou as características cálcio-alcalinas das intrusões do CGE. Estes processos de mistura de magma em profundidade seriam responsáveis pela evolução das intrusões constituintes do CGE, exceto pelo plúton tipo A Pocinhos, originado a posteriori por fusão desidratada de um protólito granitóide cálcioalcalino portador de hornblenda e biotita, a baixas profundidades (inferiores a 15 Km), em condições de pressão ≤ 4 kbar
publishDate 2005
dc.date.issued.fl_str_mv 2005
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2014-06-12T18:02:31Z
dc.date.available.fl_str_mv 2014-06-12T18:02:31Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv Angélica Fonseca Sampaio, Maria; de Pinho Guimaraes, Ignez. Petrologia, Geoquímica e Evolução Crustal do Complexo Granítico Esperança, Terreno Alto Pajeú, do Domínio da Zona Transversal, Província Borborema, Nordeste Brasileiro. 2005. Tese (Doutorado). Programa de Pós-Graduação em Geociências, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2005.
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/6161
identifier_str_mv Angélica Fonseca Sampaio, Maria; de Pinho Guimaraes, Ignez. Petrologia, Geoquímica e Evolução Crustal do Complexo Granítico Esperança, Terreno Alto Pajeú, do Domínio da Zona Transversal, Província Borborema, Nordeste Brasileiro. 2005. Tese (Doutorado). Programa de Pós-Graduação em Geociências, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2005.
url https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/6161
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFPE
instname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron:UFPE
instname_str Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron_str UFPE
institution UFPE
reponame_str Repositório Institucional da UFPE
collection Repositório Institucional da UFPE
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/6161/4/arquivo2589_1.pdf.jpg
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/6161/1/arquivo2589_1.pdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/6161/2/license.txt
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/6161/3/arquivo2589_1.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 2b7c329cb03a121b8fcbf2f2ae078ba5
cd4f4248722b5820033caf825827a6d7
8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33
248b1b9d80bc0649c911f9106192b2b7
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
repository.mail.fl_str_mv attena@ufpe.br
_version_ 1802310714944126976