Análise da entropia de pacientes epilépticos refratários com e sem descargas epileptiformes

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: LUCENA, Marília Marinho de
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/39471
Resumo: A epilepsia é uma das doenças neurológicas mais comuns no mundo. Aproximadamente um terço dos pacientes é resistente ao esquema terapêutico proposto. O diagnóstico da epilepsia é realizado por neurologista experiente através de inspeção visual do eletroencefalograma. As descargas epileptiformes interictais (DEI) são considerados biomarcadores eletroencefalográficos da condição epiléptica. No entanto, um número expressivo de pacientes não apresenta essas descargas na avaliação do EEG ambulatorial, o que representa um enigma não resolvido na literatura. Não se sabe se registros eletroencefalográficos de pacientes epilépticos com ou sem DEI contém as mesmas propriedades gerais, ou diferem apenas quanto à presença ou ausência de DEI. Dado que o EEG possui a assinatura eletrofisiológica do tecido que o gerou, tal questão possui relevância, e pode vir a ser importante para a determinação de tratamentos. Ferramentas matemáticas estão sendo cada vez mais utilizadas tanto na pesquisa básica como a avaliação clínica. A entropia de sinais é um método estatístico que mensura o grau de desordem no sinal de EEG. Esta análise tem sido empregada pela literatura no contexto da epilepsia, em pacientes humanos e modelos animais, já que durante eventos epilépticos ocorre um aumento no sincronismo e consequente redução da desordem e da entropia. No entanto, até o presente momento, os registros de EEG de pacientes com ou sem DEI não foram comparados com respeito à sua entropia, e este é o objetivo do presente trabalho. Pacientes epilépticos refratários (n=16) foram recrutados no ambulatório de Neurologia do Hospital das Clínicas de Pernambuco, e submetidos à avaliação eletroencefalográfica. Dentre estes, 14 satisfizeram os critérios de elegibilidade sendo 04 apresentaram descargas epileptiformes interictais (G1) e 10 não apresentaram (G2). O registro eletroencefalográfico foi feito com 21 canais utilizando o sistema 10/20 e o protocolo de ativação (hiperventilação, fotoestimulação e sono) foi realizado para sensibilizar o paciente para o exame. Foi realizado também avaliação da qualidade de vida dos pacientes através do questionário QOLIE-31. A análise da entropia foi realizada no programa Matlab e a para o cálculo da estatística os dados foi utilizado o GraphPrisma através de testes estatísticos específicos. Na avaliação da entropia observou-se uma redução na entropia do G1 durante o sono comparado ao G2 (p=0,006). Quanto a análise da entropia durante a hiperventilação e fotoestimulação a diferença não foi significante. Na avaliação da qualidade de vida, o escore total do teste foi de 41,95 ± 2,8. Quanto aos domínios avaliados pelo teste, foi observado valores maiores nos quesitos de aspectos emocionais (63,33 ± 3,3) e efeitos adversos das drogas (54,38 ± 6,3), e valores reduzidos nos domínios de qualidade de vida global (34,79 ± 4,0), sociabilidade (36,18 ± 7,3) e aspectos cognitivos (37,65 ± 6,4). Em conclusão, apenas durante o período de sono a entropia dos pacientes com descargas epileptiformes interictais é menor do que os sem DEI, o que evidencia que há diferenças no EEG de pacientes com ou sem DEI. Tal fato pode implicar em formas diferenciadas de tratamento ou diagnóstico.
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No entanto, um número expressivo de pacientes não apresenta essas descargas na avaliação do EEG ambulatorial, o que representa um enigma não resolvido na literatura. Não se sabe se registros eletroencefalográficos de pacientes epilépticos com ou sem DEI contém as mesmas propriedades gerais, ou diferem apenas quanto à presença ou ausência de DEI. Dado que o EEG possui a assinatura eletrofisiológica do tecido que o gerou, tal questão possui relevância, e pode vir a ser importante para a determinação de tratamentos. Ferramentas matemáticas estão sendo cada vez mais utilizadas tanto na pesquisa básica como a avaliação clínica. A entropia de sinais é um método estatístico que mensura o grau de desordem no sinal de EEG. Esta análise tem sido empregada pela literatura no contexto da epilepsia, em pacientes humanos e modelos animais, já que durante eventos epilépticos ocorre um aumento no sincronismo e consequente redução da desordem e da entropia. No entanto, até o presente momento, os registros de EEG de pacientes com ou sem DEI não foram comparados com respeito à sua entropia, e este é o objetivo do presente trabalho. Pacientes epilépticos refratários (n=16) foram recrutados no ambulatório de Neurologia do Hospital das Clínicas de Pernambuco, e submetidos à avaliação eletroencefalográfica. Dentre estes, 14 satisfizeram os critérios de elegibilidade sendo 04 apresentaram descargas epileptiformes interictais (G1) e 10 não apresentaram (G2). O registro eletroencefalográfico foi feito com 21 canais utilizando o sistema 10/20 e o protocolo de ativação (hiperventilação, fotoestimulação e sono) foi realizado para sensibilizar o paciente para o exame. Foi realizado também avaliação da qualidade de vida dos pacientes através do questionário QOLIE-31. A análise da entropia foi realizada no programa Matlab e a para o cálculo da estatística os dados foi utilizado o GraphPrisma através de testes estatísticos específicos. Na avaliação da entropia observou-se uma redução na entropia do G1 durante o sono comparado ao G2 (p=0,006). Quanto a análise da entropia durante a hiperventilação e fotoestimulação a diferença não foi significante. Na avaliação da qualidade de vida, o escore total do teste foi de 41,95 ± 2,8. Quanto aos domínios avaliados pelo teste, foi observado valores maiores nos quesitos de aspectos emocionais (63,33 ± 3,3) e efeitos adversos das drogas (54,38 ± 6,3), e valores reduzidos nos domínios de qualidade de vida global (34,79 ± 4,0), sociabilidade (36,18 ± 7,3) e aspectos cognitivos (37,65 ± 6,4). Em conclusão, apenas durante o período de sono a entropia dos pacientes com descargas epileptiformes interictais é menor do que os sem DEI, o que evidencia que há diferenças no EEG de pacientes com ou sem DEI. Tal fato pode implicar em formas diferenciadas de tratamento ou diagnóstico.CNPqEpilepsy is one of the most common neurological diseases in the world. Approximately one-third of patients are resistant to the proposed treatment. Seizure control or their reduction impact in life quality of patients. The diagnosis of epilepsy is performed by an experienced neurologist through visual inspection of the electroencephalogram. Interictal epileptiform discharges (IED) are considered electroencephalographic biomarkers of the epileptic condition. However, a significant number of patients do not present these discharges in the EEG assessment, which represents an unresolved puzzle in the literature. It is not known whether electroencephalographic records of epileptic patients with or without IED contain the same general properties, or differ only in the presence or absence of IED. Since the EEG has the electrophysiological signature of the tissue that generated it, this issue has relevance and may be important for the determination of treatments. Mathematical tools are increasingly being used in both basic research and clinical assessment. Signal entropy is a statistical method that measures the degree of disorder in the EEG signal. This analysis has been used by the literature in the context of epilepsy in human patients and animal models since during epileptic events there is an increase in the synchronism and consequent reduction of the disorder and the entropy. However, to date, the EEG records of patients with or without IEDs have not been compared with respect to their entropy, and this is the purpose of this work. Refractory epileptic patients (n = 16) were recruited at the Neurology outpatient clinic of the Hospital das Clínicas of Pernambuco, and submitted to electroencephalographic evaluation. Of these, 14 met the eligibility criteria, of which 04 presented interictal epileptiform discharges (G1) and 10 did not present (G2). The electroencephalographic record was made with 21 channels using the 10/20 system and the activation protocol (hyperventilation, photostimulation, and sleep) was performed to sensitize the patient to the examination. The QOLIE-31 questionnaire was also evaluated for quality of life of the patients. The entropy analysis was performed in the Matlab program and for the calculation of the statistical data, the GraphPrisma was used through specific statistical tests. In the entropy evaluation, a reduction in G1 entropy during sleep compared to G2 (p = 0.006) was observed. As for the entropy analysis during hyperventilation and photostimulation, the difference was not significant. In the assessment of the quality of life, the total score of the test was 41.95 ± 2.8. Regarding the domains evaluated by the test, higher values were observed in the aspects of emotional aspects (63.33 ± 3.3) and adverse drug effects (54.38 ± 6.3), and reduced values in the domains of global quality of life (34.79 ± 4.0), sociability (36.18 ± 7.3) and cognitive aspects (37.65 ± 6.4). In conclusion, only during the sleep period the entropy of patients with IEDs is smaller than those without, which shows that there are differences in the EEG of patients with or without interictal IEDs. This may involve differential forms of treatment or diagnosis.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em Neuropsiquiatria e Ciencia do ComportamentoUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/embargoedAccessEpilepsiaEpilepsia resistente a medicamentosEletroencefalografiaEntropiaAnálise da entropia de pacientes epilépticos refratários com e sem descargas epileptiformesinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesismestradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPEORIGINALDISSERTAÇÃO Marília Marinho de Lucena.pdfDISSERTAÇÃO Marília Marinho de Lucena.pdfapplication/pdf1031958https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/39471/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Mar%c3%adlia%20Marinho%20de%20Lucena.pdf9270873fe539f32e5398cd86b9b40604MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/39471/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; 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