Fatores relacionados à variação da contagem de Linfócitos T- CD4+ ao longo do tempo, em uma coorte de pessoas vivendo com HIV

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Montarroyos, Ulisses Ramos
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
dARK ID: ark:/64986/001300000dbg2
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/11151
Resumo: A contagem de linfócitos CD4 é um importante preditor de risco de progressão para a AIDS e monitorar a resposta ao tratamento antirretroviral (TARV) em Pessoas Vivendo com HIV (PVHIV). Baixa contagem de CD4 está associada a um aumento do risco de doenças oportunistas e de evolução para óbito. A variação do CD4 pode estar relacionada a fatores do individuo e assistência a saúde. Com o objetivo de identificar os fatores associados à variação do CD4 em PVHIV ao longo do tempo foi acompanhada prospectivamente uma coorte de pacientes atendidos em dois hospitais em Pernambuco. Para isso, foram realizados dois estudos: No primeiro utilizou-se como desfecho a contagem de CD4 para identificação dos fatores que interferem na variação dessas células; no segundo avaliou-se a resposta virológica e imunológica dos pacientes no primeiro ano de TARV, para identificação dos fatores associados às diferentes respostas ao TARV. Para o primeiro estudo, um total de 1.870 pacientes foi selecionado. Foi estimado uma média de CD4 no início da coorte de 393 cel/mm3 e aumento médio de 1,529 cel/mm3 ao mês. Verificou-se que a idade, o tabagismo, o uso de drogas ilícitas, o serviço no qual o paciente é acompanhado, a condição de mudança de médico, assim como o uso de TARV, foram fatores que interferiram na variação da contagem do CD4 ao longo do tempo. Para o segundo estudo, foram incluídos 1.184 pacientes, dos quais 678 apresentaram resposta imunológica e virológica no primeiro ano de TARV, correspondendo a uma freqüência de 57,3%; a não resposta imunológica e virológica foi observada em 15% dos pacientes e 27,7% tiveram apenas uma resposta, seja imunológica ou virológica. Os fatores associados à apenas uma resposta foram: uso de drogas ilícitas, história de câncer, CD4 no início da TARV acima de 350 cel/mm3, carga viral acima de 100.000 cópias e esquema de TARV inicial com duas drogas da classe de inibidoras de transcriptase reversa nucleosidea mais uma droga da classe de inibidoras de protease (2ITRN+IP). No modelo explicativo da não resposta total, não saber ler e contagem de CD4 acima de 350 cel/mm3 no início da TARV foram fatores preditivos para a não resposta; o esquema inicial com duas drogas ITRN e um IP/r foi fator de proteção para a não resposta total. Os resultados dos dois estudos evidenciaram contagens crescentes de CD4 ao longo do tempo e redução da carga viral nos 12 primeiros meses de TARV. Essas variações foram influenciadas por diferentes fatores, entre os quais, são passíveis de intervenção o tabagismo e o uso de drogas ilícitas. Os fatores ligados à assistência – diferenças entre serviços e mudança de médico – e a condições socioeconômicas precisam ser melhores estudados e compreendidos para que se proponham estratégias que possam contribuir para uma melhor resposta do paciente à terapêutica. Os achados reforçam, a partir da avaliação da resposta terapêutica em condições de rotina, as recomendações do uso de esquemas de TARV inicial com duas drogas ITRN e uma droga ITRNN ou duas drogas ITRN associadas a um IP/r.
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Para isso, foram realizados dois estudos: No primeiro utilizou-se como desfecho a contagem de CD4 para identificação dos fatores que interferem na variação dessas células; no segundo avaliou-se a resposta virológica e imunológica dos pacientes no primeiro ano de TARV, para identificação dos fatores associados às diferentes respostas ao TARV. Para o primeiro estudo, um total de 1.870 pacientes foi selecionado. Foi estimado uma média de CD4 no início da coorte de 393 cel/mm3 e aumento médio de 1,529 cel/mm3 ao mês. Verificou-se que a idade, o tabagismo, o uso de drogas ilícitas, o serviço no qual o paciente é acompanhado, a condição de mudança de médico, assim como o uso de TARV, foram fatores que interferiram na variação da contagem do CD4 ao longo do tempo. 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Os achados reforçam, a partir da avaliação da resposta terapêutica em condições de rotina, as recomendações do uso de esquemas de TARV inicial com duas drogas ITRN e uma droga ITRNN ou duas drogas ITRN associadas a um IP/r.porUniversidade Federal de PernambucoAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessLinfócitos T CD4-PositivosHIVFatores de riscoAnálise multinívelImunologiaAnálise virológicaFatores relacionados à variação da contagem de Linfócitos T- CD4+ ao longo do tempo, em uma coorte de pessoas vivendo com HIVinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILULISSES RAMOS MONTARROYOS PGMEDICINA TROPICAL 2012.pdf.jpgULISSES RAMOS MONTARROYOS PGMEDICINA TROPICAL 2012.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1279https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/11151/5/ULISSES%20RAMOS%20MONTARROYOS%20PGMEDICINA%20TROPICAL%202012.pdf.jpga7c135628de230d2c2c571b6a4ebb74fMD55ORIGINALULISSES RAMOS MONTARROYOS PGMEDICINA TROPICAL 2012.pdfULISSES RAMOS MONTARROYOS PGMEDICINA TROPICAL 2012.pdfapplication/pdf2686992https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/11151/1/ULISSES%20RAMOS%20MONTARROYOS%20PGMEDICINA%20TROPICAL%202012.pdf3ecb0294a790e83bd1668c6611de2ac0MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; 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