Agroecologia e desenvolvimento rural: perspectivas do sistema agroflorestal em Bom jardim Pernambuco.
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Data de Publicação: | 2006 |
Tipo de documento: | Dissertação |
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Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/6903 |
Resumo: | A presente dissertação é uma tentativa de abordar o desenvolvimento rural na ótica agroecológica, tendo como objeto a agricultura familiar. Partindo de uma revisão da discussão sobre os modelos tecnológicos utilizados na agricultura e as políticas que orientaram o modelo agrícola nacional, procura-se identificar as relações desses instrumentos com o desenvolvimento da agricultura familiar no Brasil e o papel a ser desempenhado pelas tecnologias agroecológicas num processo de mudança dos paradigmas de desenvolvimento. Tenta-se associar a proposta agroecológica como modelo agrícola dentro dos pressupostos da economia ecológica e da sustentabilidade e compreender o desenvolvimento rural com foco no território. Logo em seguida, intenta-se perceber quais os principais desafios para a agricultura familiar, a partir das mudanças tecnológicas no espaço rural, incluindo nesse rol a participação dos agricultores assentados da reforma agrária no processo de produção social no meio rural. Objetiva-se, assim, entender como estão posicionando-se os grupos sociais da agricultura familiar num cenário de crise do modelo produtivo fundado na tecnologia agrícola convencional ou industrial. Posteriormente, faz-se uma leitura das experiências dos agricultores e agricultoras agroflorestais de Bom Jardim-Pernambuco com o objetivo de analisar como se dá a reprodução social dos mesmos, com base em modelos agroecológicos como estratégia de mudança do paradigma produtivo agrícola convencional . O fio condutor dessa análise foi o debate vigente sobre modelos de produção rural e a trajetória social e econômica das famílias agricultoras que utilizam a agrofloresta como prática de produção agrícola no município de Bom Jardim-Pernambuco. Além de ser um estudo fundamentado na temática agroecologia, revela-se como uma oportunidade de aprofundar aspectos do desenvolvimento rural local e territorial a partir da agricultura familiar. O aprofundamento das discussões sobre a questão agroecológica remeteu o debate às possibilidades que essa prática, enquanto alternativa de produção social no meio rural, pode não só representar à transformação dos modelos de produção agrícola frente às demandas suscitadas pela crise do modelo produtivista, como também no que tange à degradação ambiental que vem comprometendo a produtividade e lucratividade das atividades agrícolas, e que também compromete o estabelecimento de padrões de qualidade alimentar dos produtos agrícolas com desdobramentos no processo de comercialização e, finalmente, como um passo importante para a sustentabilidade. Vê-se, assim, o potencial existente nas agriculturas que não fazem uso do pacote tecnológico da chamada Revolução Verde, mas de princípios ecológicos para, a partir destes, utilizarem as relações endógenas da natureza como estratégia capaz de garantir a sustentabilidade dos cultivos |
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ROCHA, Everaldo BatistaSILVA, Marlene Maria da2014-06-12T18:08:21Z2014-06-12T18:08:21Z2006Batista Rocha, Everaldo; Maria da Silva, Marlene. Agroecologia e desenvolvimento rural: perspectivas do sistema agroflorestal em Bom jardim Pernambuco.. 2006. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Geografia, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2006.https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/6903ark:/64986/001300000g1pmA presente dissertação é uma tentativa de abordar o desenvolvimento rural na ótica agroecológica, tendo como objeto a agricultura familiar. Partindo de uma revisão da discussão sobre os modelos tecnológicos utilizados na agricultura e as políticas que orientaram o modelo agrícola nacional, procura-se identificar as relações desses instrumentos com o desenvolvimento da agricultura familiar no Brasil e o papel a ser desempenhado pelas tecnologias agroecológicas num processo de mudança dos paradigmas de desenvolvimento. Tenta-se associar a proposta agroecológica como modelo agrícola dentro dos pressupostos da economia ecológica e da sustentabilidade e compreender o desenvolvimento rural com foco no território. Logo em seguida, intenta-se perceber quais os principais desafios para a agricultura familiar, a partir das mudanças tecnológicas no espaço rural, incluindo nesse rol a participação dos agricultores assentados da reforma agrária no processo de produção social no meio rural. Objetiva-se, assim, entender como estão posicionando-se os grupos sociais da agricultura familiar num cenário de crise do modelo produtivo fundado na tecnologia agrícola convencional ou industrial. Posteriormente, faz-se uma leitura das experiências dos agricultores e agricultoras agroflorestais de Bom Jardim-Pernambuco com o objetivo de analisar como se dá a reprodução social dos mesmos, com base em modelos agroecológicos como estratégia de mudança do paradigma produtivo agrícola convencional . O fio condutor dessa análise foi o debate vigente sobre modelos de produção rural e a trajetória social e econômica das famílias agricultoras que utilizam a agrofloresta como prática de produção agrícola no município de Bom Jardim-Pernambuco. Além de ser um estudo fundamentado na temática agroecologia, revela-se como uma oportunidade de aprofundar aspectos do desenvolvimento rural local e territorial a partir da agricultura familiar. O aprofundamento das discussões sobre a questão agroecológica remeteu o debate às possibilidades que essa prática, enquanto alternativa de produção social no meio rural, pode não só representar à transformação dos modelos de produção agrícola frente às demandas suscitadas pela crise do modelo produtivista, como também no que tange à degradação ambiental que vem comprometendo a produtividade e lucratividade das atividades agrícolas, e que também compromete o estabelecimento de padrões de qualidade alimentar dos produtos agrícolas com desdobramentos no processo de comercialização e, finalmente, como um passo importante para a sustentabilidade. Vê-se, assim, o potencial existente nas agriculturas que não fazem uso do pacote tecnológico da chamada Revolução Verde, mas de princípios ecológicos para, a partir destes, utilizarem as relações endógenas da natureza como estratégia capaz de garantir a sustentabilidade dos cultivosConselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoporUniversidade Federal de PernambucoAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessAgroflorestalDesenvolvimento ruralAgroecologiaAgroecologia e desenvolvimento rural: perspectivas do sistema agroflorestal em Bom jardim Pernambuco.info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILarquivo6928_1.pdf.jpgarquivo6928_1.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1261https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/6903/4/arquivo6928_1.pdf.jpgdc7a21b49d71d22cb725de37543c4f9bMD54ORIGINALarquivo6928_1.pdfapplication/pdf735023https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/6903/1/arquivo6928_1.pdfd3849e1518841029234e9a77ad53ebb6MD51LICENSElicense.txttext/plain1748https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/6903/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXTarquivo6928_1.pdf.txtarquivo6928_1.pdf.txtExtracted texttext/plain181398https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/6903/3/arquivo6928_1.pdf.txt4877532ed1d6324a5b0cc174f26181b8MD53123456789/69032019-10-25 12:17:52.747oai:repositorio.ufpe.br:123456789/6903Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-25T15:17:52Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false |
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A presente dissertação é uma tentativa de abordar o desenvolvimento rural na ótica agroecológica, tendo como objeto a agricultura familiar. Partindo de uma revisão da discussão sobre os modelos tecnológicos utilizados na agricultura e as políticas que orientaram o modelo agrícola nacional, procura-se identificar as relações desses instrumentos com o desenvolvimento da agricultura familiar no Brasil e o papel a ser desempenhado pelas tecnologias agroecológicas num processo de mudança dos paradigmas de desenvolvimento. Tenta-se associar a proposta agroecológica como modelo agrícola dentro dos pressupostos da economia ecológica e da sustentabilidade e compreender o desenvolvimento rural com foco no território. Logo em seguida, intenta-se perceber quais os principais desafios para a agricultura familiar, a partir das mudanças tecnológicas no espaço rural, incluindo nesse rol a participação dos agricultores assentados da reforma agrária no processo de produção social no meio rural. Objetiva-se, assim, entender como estão posicionando-se os grupos sociais da agricultura familiar num cenário de crise do modelo produtivo fundado na tecnologia agrícola convencional ou industrial. Posteriormente, faz-se uma leitura das experiências dos agricultores e agricultoras agroflorestais de Bom Jardim-Pernambuco com o objetivo de analisar como se dá a reprodução social dos mesmos, com base em modelos agroecológicos como estratégia de mudança do paradigma produtivo agrícola convencional . O fio condutor dessa análise foi o debate vigente sobre modelos de produção rural e a trajetória social e econômica das famílias agricultoras que utilizam a agrofloresta como prática de produção agrícola no município de Bom Jardim-Pernambuco. Além de ser um estudo fundamentado na temática agroecologia, revela-se como uma oportunidade de aprofundar aspectos do desenvolvimento rural local e territorial a partir da agricultura familiar. O aprofundamento das discussões sobre a questão agroecológica remeteu o debate às possibilidades que essa prática, enquanto alternativa de produção social no meio rural, pode não só representar à transformação dos modelos de produção agrícola frente às demandas suscitadas pela crise do modelo produtivista, como também no que tange à degradação ambiental que vem comprometendo a produtividade e lucratividade das atividades agrícolas, e que também compromete o estabelecimento de padrões de qualidade alimentar dos produtos agrícolas com desdobramentos no processo de comercialização e, finalmente, como um passo importante para a sustentabilidade. Vê-se, assim, o potencial existente nas agriculturas que não fazem uso do pacote tecnológico da chamada Revolução Verde, mas de princípios ecológicos para, a partir destes, utilizarem as relações endógenas da natureza como estratégia capaz de garantir a sustentabilidade dos cultivos |
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