Tratamento cirurgico da malformação de Chiari do tipo I:importância da abertura do forame de Magendie e ressecção das tonsilas
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Data de Publicação: | 2014 |
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Resumo: | A alta prevalência de malformação da junção crânio-vertebral (JCV) no Nordeste do Brasil é historicamente associada ao biótipo braquicefálico também comum nessa região. A ectopia tonsilar, marco anatomopatológico da Malformação de Chiari tipo I (MC I), pode ser entendida no contexto de uma desproporção vigente entre o continente (crânio) e seu conteúdo (tecido nervoso) resultante de uma fossa posterior de pequenas dimensões. A forma mais adequada de se tratar a MC I é um dos tópicos mais controversos da neurocirurgia. O presente estudo se propôs a avaliar duas técnicas cirúrgicas comumente empregadas no tratamento da MC I. Métodos: Foram avaliados 32 indivíduos, distribuídos em dois grupos. No Grupo 1, 16 pacientes foram submetidos apenas à descompressão ósteodural da JCV, sem manipulação da membrana aracnoide. No Grupo 2, 16 pacientes foram submetidos à: descompressão ósteodural associada à abertura e dissecção da membrana aracnoide, e redução das tonsilas por termocoagulação e/ou aspiração. A comparação entre os grupos se fundamentou na avaliação de parâmetros clínicos e de Cine Ressonância Magnética do fluxo liquórico, nos períodos que antecederam e sucederam o ato cirúrgico. Resultados: Ambas as técnicas foram equivalentes (p>0,05) em proporcionar melhoria neurológica dos pacientes no período pós-operatório, porém o Grupo 2 cursou com mais complicações pós-operatórias, sendo o risco relativo de 2,45 (I.C.-1,55 a 3,86) para eventos adversos. No que tange à restauração do fluxo liquórico pela JCV no período pósoperatório, a quantidade de LCR que passa pela JCV do Grupo 1 foi maior que no Grupo 2 (p<0,05). Conclusão: A descompressão ósteodural da JCV sem manipulação da aracnoide é a forma mais adequada de tratamento da MC I entre as duas técnicas analisadas |
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Métodos: Foram avaliados 32 indivíduos, distribuídos em dois grupos. No Grupo 1, 16 pacientes foram submetidos apenas à descompressão ósteodural da JCV, sem manipulação da membrana aracnoide. No Grupo 2, 16 pacientes foram submetidos à: descompressão ósteodural associada à abertura e dissecção da membrana aracnoide, e redução das tonsilas por termocoagulação e/ou aspiração. A comparação entre os grupos se fundamentou na avaliação de parâmetros clínicos e de Cine Ressonância Magnética do fluxo liquórico, nos períodos que antecederam e sucederam o ato cirúrgico. Resultados: Ambas as técnicas foram equivalentes (p>0,05) em proporcionar melhoria neurológica dos pacientes no período pós-operatório, porém o Grupo 2 cursou com mais complicações pós-operatórias, sendo o risco relativo de 2,45 (I.C.-1,55 a 3,86) para eventos adversos. No que tange à restauração do fluxo liquórico pela JCV no período pósoperatório, a quantidade de LCR que passa pela JCV do Grupo 1 foi maior que no Grupo 2 (p<0,05). Conclusão: A descompressão ósteodural da JCV sem manipulação da aracnoide é a forma mais adequada de tratamento da MC I entre as duas técnicas analisadasAbnormalities of the craniovertebral junction (CVJ) are highly prevalent in Northeast of Brazil, where it is linked to braquicefalic biotype, also common in this region. The ectopic tonsils are the main anatomopathological feature of the type 1 Chiari Malformation (CM 1) and derived from a small posterior fossa. The best way to treat the CM 1 is one of the most controversial topics in the neurosurgical field. The present study evaluated the two most applied techniques to treat CM 1, by means of clinical and radiological parameters. Methods: A total of 32 patients were evaluated. They were divided in two groups: Group 1 had 16 patients that were submitted to cranio-dural decompression of the CVJ; Group 2 also had 16 patients and in addition to cranio-dural decompression of the CVJ, they also had intra-arachnoid manipulation, including tonsils reductions. These groups were analyzed and compared in terms of neurological exam and cerebrospinal fluid flow imaging by using phase-contrast magnetic resonance technique, in two different times: pre and postoperative periods. Results: Both techniques were equivalents in terms of neurological improvement of the patients (p>0,05), but the Group 2 had more surgical complications, with relative risk for this kind of event, of 2,5. Whatever the cerebrospinal fluid flow at CVJ, the patients of the Group 1 achieved greater amount of flow than the Group 2 (p<0,05) in the postoperative period. Conclusion: The exclusive cranio-dural decompression of the CVJ for treatment of CM 1 had better general results when compared to the addition of intra-arachnoid manipulation to the procedure.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em Neuropsiquiatria e Ciencia do ComportamentoUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessFossa craniana posteriorCerebeloForame magnoMalformação de Arnold- ChiariSiringomieliaCranial fossaCerebellumForamen magnumArnold-Chiari malformationSyringomyeliaTratamento cirurgico da malformação de Chiari do tipo I:importância da abertura do forame de Magendie e ressecção das tonsilasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisdoutoradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPEORIGINALCLAUDIO VIDAL - COLACAO.pdfCLAUDIO VIDAL - COLACAO.pdfapplication/pdf6023190https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/17973/1/CLAUDIO%20VIDAL%20-%20COLACAO.pdfd165c8659f0d2b209cb4a7a228a33bd7MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; 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