Voluntariado e Terceiro Setor
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Data de Publicação: | 2003 |
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Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/10000 |
Resumo: | A dissertação ora apresentada insere-se na discussão em torno do trabalho voluntário. Procuramos tomar como ponto de partida a ação voluntária no interior da reestruturação do sistema capitalista empreendida nas últimas décadas do século XX e conseqüentemente a precarização do trabalho. Discutimos a reforma do Estado Brasileiro, o processo de desresponsabilização do Estado e a emergência do chamado terceiro setor com sua nova função social de intervenção, marcada por valores de solidariedade individual e altruísmo, aos quais se contrapõe a lógica da solidariedade sistêmica, assegurada na Constituição de 1988, típica do modelo de intervenção do Estado de Bem Estar Social. Analisamos na Região Metropolitana do Recife (RMR), 5 (cinco) instituições do terceiro setor que trabalham com voluntários: Grupo de Apoio à Criança Carente Com Câncer (GAC), Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD), Núcleo de Apoio à Criança Carente com Câncer (NACC), Instituto Materno Infantil de Pernambuco (IMIP), e Hospital do Câncer de Pernambuco (HCP). Através de um estudo analítico de base qualitativa, realizamos análise dos dados coletados nos documentos institucionais; relatórios das ações desenvolvidas pelos voluntários; através de observação, entrevistas semi estruturadas com os coordenadores dos voluntários e os próprios voluntários. Como resultado observamos a existência de diferentes tendências da participação desses voluntários: 1) captação de recursos para a entidade; 2) substituição mão-de-obra assalariada; 3) responsabilidade de oferecer, garantir bens e serviços para a sociedade; 4) marketing institucional; 5) humanização dos serviços de saúde. Podemos dizer que o trabalho dos voluntários tende a descaracterizar a assistência como um direito, em entidades do terceiro setor que prestam serviços de saúde, marcadas por uma solidariedade permeada por valores característicos de filantropia. A questão social deixa de ser responsabilidade do Estado, um direito do cidadão, tornando-se auto responsabilização dos indivíduos |
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Discutimos a reforma do Estado Brasileiro, o processo de desresponsabilização do Estado e a emergência do chamado terceiro setor com sua nova função social de intervenção, marcada por valores de solidariedade individual e altruísmo, aos quais se contrapõe a lógica da solidariedade sistêmica, assegurada na Constituição de 1988, típica do modelo de intervenção do Estado de Bem Estar Social. Analisamos na Região Metropolitana do Recife (RMR), 5 (cinco) instituições do terceiro setor que trabalham com voluntários: Grupo de Apoio à Criança Carente Com Câncer (GAC), Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD), Núcleo de Apoio à Criança Carente com Câncer (NACC), Instituto Materno Infantil de Pernambuco (IMIP), e Hospital do Câncer de Pernambuco (HCP). Através de um estudo analítico de base qualitativa, realizamos análise dos dados coletados nos documentos institucionais; relatórios das ações desenvolvidas pelos voluntários; através de observação, entrevistas semi estruturadas com os coordenadores dos voluntários e os próprios voluntários. Como resultado observamos a existência de diferentes tendências da participação desses voluntários: 1) captação de recursos para a entidade; 2) substituição mão-de-obra assalariada; 3) responsabilidade de oferecer, garantir bens e serviços para a sociedade; 4) marketing institucional; 5) humanização dos serviços de saúde. Podemos dizer que o trabalho dos voluntários tende a descaracterizar a assistência como um direito, em entidades do terceiro setor que prestam serviços de saúde, marcadas por uma solidariedade permeada por valores característicos de filantropia. 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