Ao som da radiola, dançando bem juntinho: configurações e identidades no reggae midiático de São Luís do Maranhão

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rogério Costa de Oliveira, Paulo
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
dARK ID: ark:/64986/0013000012ngb
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/3119
Resumo: O trabalho traz em seu conteúdo uma análise do processo de constituição, configurações atuais e respectivas dinâmicas de identidade do chamado movimento reggae de São Luis do Maranhão. O reggae é uma música surgida na Jamaica em fins dos anos 60, tendo como principal referência mundial o cantor e compositor Bob Marley e a banda The Wailers. Em São Luis, a música chega em 1970 e passou a integrar a paisagem sonora ludovicense, nos bailes populares, em programas de rádio, bem como nas residências, através dos saudosos toca-discos e toca-fitas. Além da adoção festiva, o movimento negro incorporou a simbologia contida no reggae: os anseios étnicos, um mundo de igualdades, o retorno à África, enfim, a dignidade do povo afro-descendente. No entanto, hoje o reggae está mais difundido e com uma configuração muito específica em São Luis, haja vista constantes remodelamentos na estética das músicas, que são produzidas em São Luis, por maranhenses e com auxílio quase determinante, da tecnologia digital, que tem causado pensamentos contrários à idéia de uma música de raiz sendo superada pela música eletrônica. Neste processo atual, o repertório reggae tem circulado de maneira mais abrangente, através de uma página na Internet que visa proporcionar a divulgação do reggae além-Maranhão e de maneira instantânea. Considerado neste trabalho como o maior circuito cultural constituído no Maranhão, o reggae detém uma cadeia produtiva que envolve agentes, lugares e linguagens, que são unificados nas exibições dos programas de televisão e dos até então insuperáveis programas radiofônicos. Com isso, percebe-se o reggae como matéria de rearranjo, no que diz respeito à música e de remodelamento simbólico e cultural, no que diz respeito às configurações em São Luis, em que o tema identitário étnico torna-se secundário diante de uma nova proposição estética e de uma cultura de entretenimento urbano. Assim, percebe-se que no aspecto social, as propostas da essência reggae como a reivindicação de uma identidade étnica e a conscientização do povo afro-maranhense não foram até hoje repassadas, pelos magnatas, ao regueiro, que é o grande responsável pela manutenção e consolidação do reggae no meio cultural de São Luis
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Em São Luis, a música chega em 1970 e passou a integrar a paisagem sonora ludovicense, nos bailes populares, em programas de rádio, bem como nas residências, através dos saudosos toca-discos e toca-fitas. Além da adoção festiva, o movimento negro incorporou a simbologia contida no reggae: os anseios étnicos, um mundo de igualdades, o retorno à África, enfim, a dignidade do povo afro-descendente. No entanto, hoje o reggae está mais difundido e com uma configuração muito específica em São Luis, haja vista constantes remodelamentos na estética das músicas, que são produzidas em São Luis, por maranhenses e com auxílio quase determinante, da tecnologia digital, que tem causado pensamentos contrários à idéia de uma música de raiz sendo superada pela música eletrônica. Neste processo atual, o repertório reggae tem circulado de maneira mais abrangente, através de uma página na Internet que visa proporcionar a divulgação do reggae além-Maranhão e de maneira instantânea. Considerado neste trabalho como o maior circuito cultural constituído no Maranhão, o reggae detém uma cadeia produtiva que envolve agentes, lugares e linguagens, que são unificados nas exibições dos programas de televisão e dos até então insuperáveis programas radiofônicos. Com isso, percebe-se o reggae como matéria de rearranjo, no que diz respeito à música e de remodelamento simbólico e cultural, no que diz respeito às configurações em São Luis, em que o tema identitário étnico torna-se secundário diante de uma nova proposição estética e de uma cultura de entretenimento urbano. Assim, percebe-se que no aspecto social, as propostas da essência reggae como a reivindicação de uma identidade étnica e a conscientização do povo afro-maranhense não foram até hoje repassadas, pelos magnatas, ao regueiro, que é o grande responsável pela manutenção e consolidação do reggae no meio cultural de São LuisFundação de Amparo à Pesquisa do Estado do MaranhãoporUniversidade Federal de PernambucoAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessReggaeMúsica de massaIdentidadesMídiaSão LuisAo som da radiola, dançando bem juntinho: configurações e identidades no reggae midiático de São Luís do Maranhãoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILarquivo1905_1.pdf.jpgarquivo1905_1.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1946https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/3119/4/arquivo1905_1.pdf.jpg148ea41933c8eb0a6fdaefee2ef1b542MD54ORIGINALarquivo1905_1.pdfapplication/pdf2234323https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/3119/1/arquivo1905_1.pdf201eaa49e94d1d115febb31a83b12d61MD51LICENSElicense.txttext/plain1748https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/3119/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXTarquivo1905_1.pdf.txtarquivo1905_1.pdf.txtExtracted texttext/plain233234https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/3119/3/arquivo1905_1.pdf.txt9d3950e5d4aa428970e031e33f27aa19MD53123456789/31192019-10-25 13:36:48.336oai:repositorio.ufpe.br:123456789/3119Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-25T16:36:48Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false
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