UM PONTO CEGO NA TEORIA DO JOVEM HABERMAS: A PROBLEMÁTICA RELAÇÃO ENTRE ESFERA PÚBLICA E EMANCIPAÇÃO
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Pensando |
Texto Completo: | https://periodicos.ufpi.br/index.php/pensando/article/view/3299 |
Resumo: | O objetivo deste artigo é apontar alguns problemas na relação entre esfera pública e emancipação na teoria do jovem Habermas. Para tanto, o recurso a dois trabalhos habermasianos da década de 1960 será imprescindível: Mudança estrutural da esfera pública e Trabalho e Interação. No primeiro, o livro Mudança estrutural da esfera pública de 1962, Habermas fundamenta sua teoria pela perspectiva de uma esfera pública normativa, possibilitada pela configuração do período pós-guerra; ao passo que no ensaio Trabalho e Interação de 1967, além de utilizar outra categoria esfera pública, diferente daquela normativa, sua intenção é demonstrar como os indivíduos se formam no âmbito privado de suas existências. Todavia, em ambos, tanto no livro de 1962 quanto no texto de 1967, há uma linearidade acerca da fundamentação teórica: trabalho e interação simbólica são separados no que tange aos desenvolvimentos da humanidade. A emancipação estaria a cargo da interação, enquanto o trabalho somente proviria a subsistência genérica. Isto é decorrente de uma reformulação problemática na teoria marxiana no que tange ao trabalho social e à perspectiva da totalidade. É nesse imbróglio que a pretensão deste artigo se situa: verificar até que ponto o que Habermas compreende por trabalho poderia desbancar, de fato, a teoria de Marx; e, por outro lado, mostrar que a crítica dialética marxiana acerca do trabalho social, caso levada em consideração por Habermas, faria a teoria deste perder a lógica de seus fundamentos, deslocando sua ideia de emancipação para uma aceitação da realidade efetiva vigente. |
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