O FIM DA FILOSOFIA NA MODERNIDADE COM O SURGIMENTO DA HERMENÊUTICA HEIDEGGERIANA
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Pensando |
Texto Completo: | https://periodicos.ufpi.br/index.php/pensando/article/view/3208 |
Resumo: | Para Heidegger a filosofia até então fora metafísica e enquanto tal chega a seu acabamento na era tecnológica, ou seja, a modernidade atinge seu auge com a inauguração da autonomia das ciências particulares pela linguagem cibernética. O filósofo chama a atenção para um pensamento capaz de pensar além da metafisica e da essência da técnica (gestell) que tem dominado a compreensão do habitar humano no mundo. Redescobrir um pensar que não seja nem metafísico nem técnico é o que Heidegger chama de a tarefa do pensamento. Vejamos que tanto a metafísica quanto a técnica estão acentuadas em um mesmo fundamento, consequentemente em uma mesma noção de verdade, a verdade enquanto concordância, enunciativa e enquanto ente. Nesta concepção de verdade também a filosofia habita enquanto metafísica, por isso na tarefa do pensamento a filosofia deve superar-se e buscar uma nova compreensão para o que é verdadeiro, deve ir às origens do pensamento grego e resgatar o significado de alétheia, desvelamento. Pensar é desvelar o que está velado. A tarefa do pensamento passa a ser encaminhada à hermenêutica, não por mera arbitrariedade, mas sim pela própria necessidade de se pensar originariamente. Só a hermenêutica pode ainda pensar o que é digno de ser pensado, o que ainda não foi alcançado pelo pensamento metafísico e pelo enquadramento técnico que move a habitação do homem no mundo, pois é a abertura que possibilita todo apresentar-se, essa abertura é a clareira do Ser. |
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