CARACTERIZAÇÃO DA PISCICULTURA NO PANTANAL MATO-GROSSENSE DO MUNICÍPIO DE CÁCERES: PROCESSOS PRODUTIVOS E PRODUTIVIDADE
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2024 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Equador |
Texto Completo: | https://revistas.ufpi.br/index.php/equador/article/view/14233 |
Resumo: | A cadeia produtiva da piscicultura em Mato Grosso carece de mão de obra qualificada, assistência técnica e análise de custos de produção. Pensando nisso, para contribuir com conhecimento sobre o perfil produtivo e rendimento associados aos produtos, como forma de reconhecer e melhorar a atividade, este trabalho tem como objetivo caracterizar a piscicultura no município de Cáceres, no estado de Mato Grosso. Para isso, adotou-se uma abordagem quali-quantitativa descritiva, por meio de dados obtidos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, no período de 2013 a 2019 e pelo Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso. Foram registrados 54 empreendimentos de piscicultura, no ano de 2019 (24,3% das pisciculturas da região pantaneira). A piscicultura em Cáceres é desenvolvida em sistemas extensivo (20%), superintensivo (20%) e semi-intensivo (60%). Sua produção ocorre em viveiros escavados, sendo utilizados como fontes de água, nos sistemas semi-intensivo, nascentes (20%), poço (20%) e água de chuva (20%), e nos demais água de ambientes lóticos da região. A produção decresceu 80,37% no período de 2013 a 2016, e com crescimento nos anos seguintes, entre os anos de 2016 a 2019, em 182%. O tambacu/tambatinga e tambaqui são os principais peixes cultivados no pantanal, representando 57,75% do total das espécies produzidas. O valor da produção da piscicultura estava em alta no ano de 2013 (3,44 milhões de reais), e queda nos anos seguintes, com 1,90 milhões de reais em 2019. De acordo com esses resultados, a piscicultura em Cáceres destaca-se como uma atividade de potencial geradora de renda, podendo ser mais bem explorada a partir da adoção de práticas de manejo eficientes dos empreendimentos, como tratamentos dos efluentes e diversificação dos sistemas produtivos. É importante destacar que a atividade de piscicultura não deve ser uma substituição da pesca artesanal na região, a qual é fruto de uma cultura regional. Assim, a piscicultura deve ser pensada de forma sustentável sem prejudicar outras atividades. |
id |
UFPI-2_050f699e2cd092c4ac8c4a5f9f64db7b |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ojs.10.22.15.19:article/14233 |
network_acronym_str |
UFPI-2 |
network_name_str |
Revista Equador |
repository_id_str |
|
spelling |
CARACTERIZAÇÃO DA PISCICULTURA NO PANTANAL MATO-GROSSENSE DO MUNICÍPIO DE CÁCERES: PROCESSOS PRODUTIVOS E PRODUTIVIDADEGeografia Humana.Área alagável, aquicultura, potencial econômico.A cadeia produtiva da piscicultura em Mato Grosso carece de mão de obra qualificada, assistência técnica e análise de custos de produção. Pensando nisso, para contribuir com conhecimento sobre o perfil produtivo e rendimento associados aos produtos, como forma de reconhecer e melhorar a atividade, este trabalho tem como objetivo caracterizar a piscicultura no município de Cáceres, no estado de Mato Grosso. Para isso, adotou-se uma abordagem quali-quantitativa descritiva, por meio de dados obtidos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, no período de 2013 a 2019 e pelo Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso. Foram registrados 54 empreendimentos de piscicultura, no ano de 2019 (24,3% das pisciculturas da região pantaneira). A piscicultura em Cáceres é desenvolvida em sistemas extensivo (20%), superintensivo (20%) e semi-intensivo (60%). Sua produção ocorre em viveiros escavados, sendo utilizados como fontes de água, nos sistemas semi-intensivo, nascentes (20%), poço (20%) e água de chuva (20%), e nos demais água de ambientes lóticos da região. A produção decresceu 80,37% no período de 2013 a 2016, e com crescimento nos anos seguintes, entre os anos de 2016 a 2019, em 182%. O tambacu/tambatinga e tambaqui são os principais peixes cultivados no pantanal, representando 57,75% do total das espécies produzidas. O valor da produção da piscicultura estava em alta no ano de 2013 (3,44 milhões de reais), e queda nos anos seguintes, com 1,90 milhões de reais em 2019. De acordo com esses resultados, a piscicultura em Cáceres destaca-se como uma atividade de potencial geradora de renda, podendo ser mais bem explorada a partir da adoção de práticas de manejo eficientes dos empreendimentos, como tratamentos dos efluentes e diversificação dos sistemas produtivos. É importante destacar que a atividade de piscicultura não deve ser uma substituição da pesca artesanal na região, a qual é fruto de uma cultura regional. Assim, a piscicultura deve ser pensada de forma sustentável sem prejudicar outras atividades.UFPIConselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/Brasil)Ministério Público.Ferreira, Valéria FernandesMuniz, Claumir CésarOliveira Junior, Ernandes Sobreira2024-04-02info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revistas.ufpi.br/index.php/equador/article/view/1423310.26694/equador.v12i3.14233REVISTA EQUADOR; v. 12, n. 3 (2023); 262-2782317-349110.26694/equador.v12i3reponame:Revista Equadorinstname:Universidade Federal do Piauí (UFPI)instacron:UFPIporhttps://revistas.ufpi.br/index.php/equador/article/view/14233/8756https://revistas.ufpi.br/index.php/equador/article/downloadSuppFile/14233/3991Direitos autorais 2024 REVISTA EQUADORinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-04-02T19:00:43Zoai:ojs.10.22.15.19:article/14233Revistahttps://revistas.ufpi.br/index.php/equadorPUBhttps://revistas.ufpi.br/index.php/equador/oaicmsaboia@gmail.com||revistaequador@ufpi.edu.br2317-34912317-3491opendoar:2024-04-02T19:00:43Revista Equador - Universidade Federal do Piauí (UFPI)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
CARACTERIZAÇÃO DA PISCICULTURA NO PANTANAL MATO-GROSSENSE DO MUNICÍPIO DE CÁCERES: PROCESSOS PRODUTIVOS E PRODUTIVIDADE |
title |
CARACTERIZAÇÃO DA PISCICULTURA NO PANTANAL MATO-GROSSENSE DO MUNICÍPIO DE CÁCERES: PROCESSOS PRODUTIVOS E PRODUTIVIDADE |
spellingShingle |
CARACTERIZAÇÃO DA PISCICULTURA NO PANTANAL MATO-GROSSENSE DO MUNICÍPIO DE CÁCERES: PROCESSOS PRODUTIVOS E PRODUTIVIDADE Ferreira, Valéria Fernandes Geografia Humana. Área alagável, aquicultura, potencial econômico. |
title_short |
CARACTERIZAÇÃO DA PISCICULTURA NO PANTANAL MATO-GROSSENSE DO MUNICÍPIO DE CÁCERES: PROCESSOS PRODUTIVOS E PRODUTIVIDADE |
title_full |
CARACTERIZAÇÃO DA PISCICULTURA NO PANTANAL MATO-GROSSENSE DO MUNICÍPIO DE CÁCERES: PROCESSOS PRODUTIVOS E PRODUTIVIDADE |
title_fullStr |
CARACTERIZAÇÃO DA PISCICULTURA NO PANTANAL MATO-GROSSENSE DO MUNICÍPIO DE CÁCERES: PROCESSOS PRODUTIVOS E PRODUTIVIDADE |
title_full_unstemmed |
CARACTERIZAÇÃO DA PISCICULTURA NO PANTANAL MATO-GROSSENSE DO MUNICÍPIO DE CÁCERES: PROCESSOS PRODUTIVOS E PRODUTIVIDADE |
title_sort |
CARACTERIZAÇÃO DA PISCICULTURA NO PANTANAL MATO-GROSSENSE DO MUNICÍPIO DE CÁCERES: PROCESSOS PRODUTIVOS E PRODUTIVIDADE |
author |
Ferreira, Valéria Fernandes |
author_facet |
Ferreira, Valéria Fernandes Muniz, Claumir César Oliveira Junior, Ernandes Sobreira |
author_role |
author |
author2 |
Muniz, Claumir César Oliveira Junior, Ernandes Sobreira |
author2_role |
author author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/Brasil) Ministério Público. |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Ferreira, Valéria Fernandes Muniz, Claumir César Oliveira Junior, Ernandes Sobreira |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Geografia Humana. Área alagável, aquicultura, potencial econômico. |
topic |
Geografia Humana. Área alagável, aquicultura, potencial econômico. |
description |
A cadeia produtiva da piscicultura em Mato Grosso carece de mão de obra qualificada, assistência técnica e análise de custos de produção. Pensando nisso, para contribuir com conhecimento sobre o perfil produtivo e rendimento associados aos produtos, como forma de reconhecer e melhorar a atividade, este trabalho tem como objetivo caracterizar a piscicultura no município de Cáceres, no estado de Mato Grosso. Para isso, adotou-se uma abordagem quali-quantitativa descritiva, por meio de dados obtidos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, no período de 2013 a 2019 e pelo Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso. Foram registrados 54 empreendimentos de piscicultura, no ano de 2019 (24,3% das pisciculturas da região pantaneira). A piscicultura em Cáceres é desenvolvida em sistemas extensivo (20%), superintensivo (20%) e semi-intensivo (60%). Sua produção ocorre em viveiros escavados, sendo utilizados como fontes de água, nos sistemas semi-intensivo, nascentes (20%), poço (20%) e água de chuva (20%), e nos demais água de ambientes lóticos da região. A produção decresceu 80,37% no período de 2013 a 2016, e com crescimento nos anos seguintes, entre os anos de 2016 a 2019, em 182%. O tambacu/tambatinga e tambaqui são os principais peixes cultivados no pantanal, representando 57,75% do total das espécies produzidas. O valor da produção da piscicultura estava em alta no ano de 2013 (3,44 milhões de reais), e queda nos anos seguintes, com 1,90 milhões de reais em 2019. De acordo com esses resultados, a piscicultura em Cáceres destaca-se como uma atividade de potencial geradora de renda, podendo ser mais bem explorada a partir da adoção de práticas de manejo eficientes dos empreendimentos, como tratamentos dos efluentes e diversificação dos sistemas produtivos. É importante destacar que a atividade de piscicultura não deve ser uma substituição da pesca artesanal na região, a qual é fruto de uma cultura regional. Assim, a piscicultura deve ser pensada de forma sustentável sem prejudicar outras atividades. |
publishDate |
2024 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2024-04-02 |
dc.type.none.fl_str_mv |
|
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://revistas.ufpi.br/index.php/equador/article/view/14233 10.26694/equador.v12i3.14233 |
url |
https://revistas.ufpi.br/index.php/equador/article/view/14233 |
identifier_str_mv |
10.26694/equador.v12i3.14233 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://revistas.ufpi.br/index.php/equador/article/view/14233/8756 https://revistas.ufpi.br/index.php/equador/article/downloadSuppFile/14233/3991 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Direitos autorais 2024 REVISTA EQUADOR info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Direitos autorais 2024 REVISTA EQUADOR |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
UFPI |
publisher.none.fl_str_mv |
UFPI |
dc.source.none.fl_str_mv |
REVISTA EQUADOR; v. 12, n. 3 (2023); 262-278 2317-3491 10.26694/equador.v12i3 reponame:Revista Equador instname:Universidade Federal do Piauí (UFPI) instacron:UFPI |
instname_str |
Universidade Federal do Piauí (UFPI) |
instacron_str |
UFPI |
institution |
UFPI |
reponame_str |
Revista Equador |
collection |
Revista Equador |
repository.name.fl_str_mv |
Revista Equador - Universidade Federal do Piauí (UFPI) |
repository.mail.fl_str_mv |
cmsaboia@gmail.com||revistaequador@ufpi.edu.br |
_version_ |
1799756063617056768 |