Teresina 164 anos: Espaços, olhares e interpretações da cidade
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Equador |
Texto Completo: | https://revistas.ufpi.br/index.php/equador/article/view/5187 |
Resumo: | A Revista Equador possibilita a abertura de um diálogo com o Grupo de Estudos Regionais e Urbanos (GERUR) proporciona a comunidade científica e a sociedade em geral, um conjunto de artigos científicos organizados em forma de um Dossiê Temático. O referido dossiê intitulado “Teresina 164 anos: espaços, olhares e interpretações” é um produto que visa refletir sobre o aniversário da cidade de Teresina no dia 16 de agosto de 2016, data em que se comemora 164 anos de Teresina, suscitando assim diversos olhares, oriundos das disciplinas de ciências humanas e naturais sobre o espaço da cidade, apoiados em interpretações e perspectivas que podem contribuir no entendimento desta cidade. A justificativa desse conjunto de olhares e interpretações da cidade, baseia-se na necessidade de compreender como se deu a evolução urbana de Teresina ao longo das últimas décadas, portanto, entender essas transformações sociais, econômicas, políticas e ambientais recentes no espaço. Dessa forma, Teresina, cidade importante do Nordeste brasileiro, vivencia de forma mais intensa as transformações e influências do cenário do território brasileiro, acumulando inúmeras atividades do setor terciário que impõem mudanças significativas nas relações de trabalho, bem como no tecido urbano. Assim, o referido Dossiê lança “quatro dimensões do urbano” para entender a sociedade teresinense em seu mês de aniversário. A primeira dimensão do urbano tratou de discutir a importância de que se tenha uma atenção especial ao tema do “Meio ambiente” como um componente e/ou substrato de base para a construção de uma cidade atenta a qualidade de vida urbana. São preocupações voltadas a necessidade de se olhar mais para a Natureza que envolve a cidade, tais como a preocupação socioambiental, a necessidade de inclusão de políticas para a conservação dos parques ambientais, as formas de extração de material para a construção civil e, por fim, a reflexão que envolve a discussão conceitual sobre o processo de vulnerabilidade socioambiental. Alerta-se, ainda, para que se a cidade se redescubra e se reaproxime dos rios Parnaíba e Poti, reafirmando o debate sobre o meio ambiente urbano. A segunda dimensão do urbano revela a enorme complexidade que a “Vida cotidiana” dos teresinenses que vivem na cidade, lutando para se manter na cidade, vida cotidiana essa marcada pelas mudanças no espaços de vivência e/ou de seus lugares. As transformações que ocorrem no âmbito da cultura, em razão dos desejos de consumo, marca forte dessa cidade-mercadoria, que interfere nos meios de circulação entre os indivíduos e seus espaços de vivência, via os eixos de mobilidade urbana, bem como pelos usos nos espaços de lazer. O consumo é um eixo importante e que precisa ser amplamente discutido. A terceira dimensão do urbano é a que trata do “Planejamento urbano”, alertando para a intenção de que a gestão pública municipal procure construir um conjunto de políticas públicas, devidamente articulada com a gestão urbana objetivando acompanhar as transformações espaciais ocorridas nessa cidade em seus diversos vetores de expansão urbana. As reflexões nos alerta para a necessidade de entendimento dos processos e formas espaciais que estão ocorrendo no tecido urbano da cidade, resultante das ações de agentes e atores sociais que promovem radicais rupturas no solo urbano, fruto de necessidades econômicas dos interesses privados em detrimento das necessidades públicas. Chama-se, ainda, atenção em relação a urgência em se discutir sobre o perímetro urbano, frente as novas legislações em vigor e o entendimento dos vetores de expansão da cidade, chamando a gestão pública para que amplie os canais de participação da sociedade, aumentando assim o grau de transparência pública. A quarta, e última dimensão do urbano é sobre a “Cidade entre olhares” que visou compreender a cidade de Teresina em diversas perspectivas, compreendendo e chamando a atenção para os riscos de se rotular Teresina de cidade “isso ou aquilo”. As reflexões foram construídas a partir das definições de Teresina-Cidade Verde, de Teresina-Cidade Quente e de Teresina-Cidade Futuro, discutindo os valores simbólicos e as necessidades de definição de identidades de seus moradores em relação a compreensão de nossas vidas cotidianas. Ressalta-se o cuidado em definir essa cidade, somente a partir da gestão pública, a exemplo de Teresina-Polo de Saúde ou Teresina-Cidade de Eventos. Teresina é muito mais que isso, Teresina é uma cidade construída e produzida por todos e todas que nele vivem e se reproduzem enquanto cidadãos públicos. Dessa forma, agradecemos a Revista Equador pelo espaço cedido e convidamos a todos e todas que façam a leitura da cidade de Teresina a partir dos olhares e interpretações de profissionais de diversas disciplinas de conhecimento, frisando que a diversidade de leituras sobre o que acontece em nossa cidade, possibilita uma aproximação com a própria realidade urbana em que vivemos. Uma boa leitura, uma ótima reflexão e parabéns a Teresina pelos seus 164 anos. |
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A justificativa desse conjunto de olhares e interpretações da cidade, baseia-se na necessidade de compreender como se deu a evolução urbana de Teresina ao longo das últimas décadas, portanto, entender essas transformações sociais, econômicas, políticas e ambientais recentes no espaço. Dessa forma, Teresina, cidade importante do Nordeste brasileiro, vivencia de forma mais intensa as transformações e influências do cenário do território brasileiro, acumulando inúmeras atividades do setor terciário que impõem mudanças significativas nas relações de trabalho, bem como no tecido urbano. Assim, o referido Dossiê lança “quatro dimensões do urbano” para entender a sociedade teresinense em seu mês de aniversário. A primeira dimensão do urbano tratou de discutir a importância de que se tenha uma atenção especial ao tema do “Meio ambiente” como um componente e/ou substrato de base para a construção de uma cidade atenta a qualidade de vida urbana. São preocupações voltadas a necessidade de se olhar mais para a Natureza que envolve a cidade, tais como a preocupação socioambiental, a necessidade de inclusão de políticas para a conservação dos parques ambientais, as formas de extração de material para a construção civil e, por fim, a reflexão que envolve a discussão conceitual sobre o processo de vulnerabilidade socioambiental. Alerta-se, ainda, para que se a cidade se redescubra e se reaproxime dos rios Parnaíba e Poti, reafirmando o debate sobre o meio ambiente urbano. A segunda dimensão do urbano revela a enorme complexidade que a “Vida cotidiana” dos teresinenses que vivem na cidade, lutando para se manter na cidade, vida cotidiana essa marcada pelas mudanças no espaços de vivência e/ou de seus lugares. As transformações que ocorrem no âmbito da cultura, em razão dos desejos de consumo, marca forte dessa cidade-mercadoria, que interfere nos meios de circulação entre os indivíduos e seus espaços de vivência, via os eixos de mobilidade urbana, bem como pelos usos nos espaços de lazer. O consumo é um eixo importante e que precisa ser amplamente discutido. A terceira dimensão do urbano é a que trata do “Planejamento urbano”, alertando para a intenção de que a gestão pública municipal procure construir um conjunto de políticas públicas, devidamente articulada com a gestão urbana objetivando acompanhar as transformações espaciais ocorridas nessa cidade em seus diversos vetores de expansão urbana. As reflexões nos alerta para a necessidade de entendimento dos processos e formas espaciais que estão ocorrendo no tecido urbano da cidade, resultante das ações de agentes e atores sociais que promovem radicais rupturas no solo urbano, fruto de necessidades econômicas dos interesses privados em detrimento das necessidades públicas. Chama-se, ainda, atenção em relação a urgência em se discutir sobre o perímetro urbano, frente as novas legislações em vigor e o entendimento dos vetores de expansão da cidade, chamando a gestão pública para que amplie os canais de participação da sociedade, aumentando assim o grau de transparência pública. A quarta, e última dimensão do urbano é sobre a “Cidade entre olhares” que visou compreender a cidade de Teresina em diversas perspectivas, compreendendo e chamando a atenção para os riscos de se rotular Teresina de cidade “isso ou aquilo”. As reflexões foram construídas a partir das definições de Teresina-Cidade Verde, de Teresina-Cidade Quente e de Teresina-Cidade Futuro, discutindo os valores simbólicos e as necessidades de definição de identidades de seus moradores em relação a compreensão de nossas vidas cotidianas. Ressalta-se o cuidado em definir essa cidade, somente a partir da gestão pública, a exemplo de Teresina-Polo de Saúde ou Teresina-Cidade de Eventos. Teresina é muito mais que isso, Teresina é uma cidade construída e produzida por todos e todas que nele vivem e se reproduzem enquanto cidadãos públicos. Dessa forma, agradecemos a Revista Equador pelo espaço cedido e convidamos a todos e todas que façam a leitura da cidade de Teresina a partir dos olhares e interpretações de profissionais de diversas disciplinas de conhecimento, frisando que a diversidade de leituras sobre o que acontece em nossa cidade, possibilita uma aproximação com a própria realidade urbana em que vivemos. 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Dessa forma, Teresina, cidade importante do Nordeste brasileiro, vivencia de forma mais intensa as transformações e influências do cenário do território brasileiro, acumulando inúmeras atividades do setor terciário que impõem mudanças significativas nas relações de trabalho, bem como no tecido urbano. Assim, o referido Dossiê lança “quatro dimensões do urbano” para entender a sociedade teresinense em seu mês de aniversário. A primeira dimensão do urbano tratou de discutir a importância de que se tenha uma atenção especial ao tema do “Meio ambiente” como um componente e/ou substrato de base para a construção de uma cidade atenta a qualidade de vida urbana. São preocupações voltadas a necessidade de se olhar mais para a Natureza que envolve a cidade, tais como a preocupação socioambiental, a necessidade de inclusão de políticas para a conservação dos parques ambientais, as formas de extração de material para a construção civil e, por fim, a reflexão que envolve a discussão conceitual sobre o processo de vulnerabilidade socioambiental. Alerta-se, ainda, para que se a cidade se redescubra e se reaproxime dos rios Parnaíba e Poti, reafirmando o debate sobre o meio ambiente urbano. A segunda dimensão do urbano revela a enorme complexidade que a “Vida cotidiana” dos teresinenses que vivem na cidade, lutando para se manter na cidade, vida cotidiana essa marcada pelas mudanças no espaços de vivência e/ou de seus lugares. As transformações que ocorrem no âmbito da cultura, em razão dos desejos de consumo, marca forte dessa cidade-mercadoria, que interfere nos meios de circulação entre os indivíduos e seus espaços de vivência, via os eixos de mobilidade urbana, bem como pelos usos nos espaços de lazer. O consumo é um eixo importante e que precisa ser amplamente discutido. A terceira dimensão do urbano é a que trata do “Planejamento urbano”, alertando para a intenção de que a gestão pública municipal procure construir um conjunto de políticas públicas, devidamente articulada com a gestão urbana objetivando acompanhar as transformações espaciais ocorridas nessa cidade em seus diversos vetores de expansão urbana. As reflexões nos alerta para a necessidade de entendimento dos processos e formas espaciais que estão ocorrendo no tecido urbano da cidade, resultante das ações de agentes e atores sociais que promovem radicais rupturas no solo urbano, fruto de necessidades econômicas dos interesses privados em detrimento das necessidades públicas. Chama-se, ainda, atenção em relação a urgência em se discutir sobre o perímetro urbano, frente as novas legislações em vigor e o entendimento dos vetores de expansão da cidade, chamando a gestão pública para que amplie os canais de participação da sociedade, aumentando assim o grau de transparência pública. A quarta, e última dimensão do urbano é sobre a “Cidade entre olhares” que visou compreender a cidade de Teresina em diversas perspectivas, compreendendo e chamando a atenção para os riscos de se rotular Teresina de cidade “isso ou aquilo”. As reflexões foram construídas a partir das definições de Teresina-Cidade Verde, de Teresina-Cidade Quente e de Teresina-Cidade Futuro, discutindo os valores simbólicos e as necessidades de definição de identidades de seus moradores em relação a compreensão de nossas vidas cotidianas. Ressalta-se o cuidado em definir essa cidade, somente a partir da gestão pública, a exemplo de Teresina-Polo de Saúde ou Teresina-Cidade de Eventos. Teresina é muito mais que isso, Teresina é uma cidade construída e produzida por todos e todas que nele vivem e se reproduzem enquanto cidadãos públicos. Dessa forma, agradecemos a Revista Equador pelo espaço cedido e convidamos a todos e todas que façam a leitura da cidade de Teresina a partir dos olhares e interpretações de profissionais de diversas disciplinas de conhecimento, frisando que a diversidade de leituras sobre o que acontece em nossa cidade, possibilita uma aproximação com a própria realidade urbana em que vivemos. 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