DA PEQUENA À GRANDE PROPRIEDADE EM MIRASSOL D’ OESTE-MT: O ESPAÇO AGRÁRIO E A SUA (RE) ESTRUTURAÇÃO
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Data de Publicação: | 2024 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Equador |
Texto Completo: | https://revistas.ufpi.br/index.php/equador/article/view/14223 |
Resumo: | A partir de 1970, a região Sudoeste de Mato Grosso passou por uma intensa ocupação de famílias que se estabeleceram no campo, principalmente oriundas do Sudeste do Brasil. Elas se dedicaram à atividade familiar em pequenas propriedades. No entanto, ao final da década de 1980, a região passou por transformações significativas que modificaram o cenário das pequenas propriedades de subsistência, transmutando-as em áreas destinadas à agricultura moderna, com foco na produção de cana-de-açúcar, e também em grandes fazendas dedicadas à criação de gado. Com base nesse contexto, o objetivo desta pesquisa foi compreender o processo de reestruturação do espaço agrário no município de Mirassol D’oeste-MT, examinando os impactos no uso da terra, na produção socioeconômica e na organização produtiva das propriedades. Para tanto, teoricamente, a discussão teve como ponto de partida a Categoria da Seletividade (MOREIRA, 2010) e o conceito da Formação Socioespacial (SANTOS, 1982). As etapas e procedimentos metodológicos foram: empiria para colher as impressões/geoindicadores levantadas na problematização; volta ao gabinete para: a) sistematização da base teórica; b) levantamento bibliográfico sobre o processo de produção do espaço agrário na região; c) checagem em documentos e dados oficiais; correlação entre os dados levantados e sistematização do texto. Os resultados obtidos revelaram transformações profundas no que se refere ao uso da terra e à reconfiguração no tamanho das propriedades, o que impacta diretamente nas atividades agrárias desenvolvidas no município. As principais evidências acentuam-se na reconcentração fundiária, no abandono da agricultura familiar em detrimento da pecuarização e da cultura de cana-de-açúcar para a produção do etanol. Essas mudanças têm repercussões na ocupação da mão de obra, resultando em uma diminuição no cenário agrário, bem como na migração intra e inter-regional e no ambiente urbano do município, com os efeitos do êxodo rural. |
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DA PEQUENA À GRANDE PROPRIEDADE EM MIRASSOL D’ OESTE-MT: O ESPAÇO AGRÁRIO E A SUA (RE) ESTRUTURAÇÃOGeografia HumanaEspaço agrário. Uso da terra. Propriedades rurais. Dinâmica Socioeconômica. Mirassol D’oeste-MTA partir de 1970, a região Sudoeste de Mato Grosso passou por uma intensa ocupação de famílias que se estabeleceram no campo, principalmente oriundas do Sudeste do Brasil. Elas se dedicaram à atividade familiar em pequenas propriedades. No entanto, ao final da década de 1980, a região passou por transformações significativas que modificaram o cenário das pequenas propriedades de subsistência, transmutando-as em áreas destinadas à agricultura moderna, com foco na produção de cana-de-açúcar, e também em grandes fazendas dedicadas à criação de gado. Com base nesse contexto, o objetivo desta pesquisa foi compreender o processo de reestruturação do espaço agrário no município de Mirassol D’oeste-MT, examinando os impactos no uso da terra, na produção socioeconômica e na organização produtiva das propriedades. Para tanto, teoricamente, a discussão teve como ponto de partida a Categoria da Seletividade (MOREIRA, 2010) e o conceito da Formação Socioespacial (SANTOS, 1982). As etapas e procedimentos metodológicos foram: empiria para colher as impressões/geoindicadores levantadas na problematização; volta ao gabinete para: a) sistematização da base teórica; b) levantamento bibliográfico sobre o processo de produção do espaço agrário na região; c) checagem em documentos e dados oficiais; correlação entre os dados levantados e sistematização do texto. Os resultados obtidos revelaram transformações profundas no que se refere ao uso da terra e à reconfiguração no tamanho das propriedades, o que impacta diretamente nas atividades agrárias desenvolvidas no município. As principais evidências acentuam-se na reconcentração fundiária, no abandono da agricultura familiar em detrimento da pecuarização e da cultura de cana-de-açúcar para a produção do etanol. Essas mudanças têm repercussões na ocupação da mão de obra, resultando em uma diminuição no cenário agrário, bem como na migração intra e inter-regional e no ambiente urbano do município, com os efeitos do êxodo rural.UFPICalixto, Andreia PereiraSoares, José Carlos OliveiraSantos, Leandro dos2024-04-02info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revistas.ufpi.br/index.php/equador/article/view/1422310.26694/equador.v12i3.14223REVISTA EQUADOR; v. 12, n. 3 (2023); 279-3012317-349110.26694/equador.v12i3reponame:Revista Equadorinstname:Universidade Federal do Piauí (UFPI)instacron:UFPIporhttps://revistas.ufpi.br/index.php/equador/article/view/14223/8757https://revistas.ufpi.br/index.php/equador/article/downloadSuppFile/14223/3987Direitos autorais 2024 REVISTA EQUADORinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-04-02T19:00:43Zoai:ojs.10.22.15.19:article/14223Revistahttps://revistas.ufpi.br/index.php/equadorPUBhttps://revistas.ufpi.br/index.php/equador/oaicmsaboia@gmail.com||revistaequador@ufpi.edu.br2317-34912317-3491opendoar:2024-04-02T19:00:43Revista Equador - Universidade Federal do Piauí (UFPI)false |
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A partir de 1970, a região Sudoeste de Mato Grosso passou por uma intensa ocupação de famílias que se estabeleceram no campo, principalmente oriundas do Sudeste do Brasil. Elas se dedicaram à atividade familiar em pequenas propriedades. No entanto, ao final da década de 1980, a região passou por transformações significativas que modificaram o cenário das pequenas propriedades de subsistência, transmutando-as em áreas destinadas à agricultura moderna, com foco na produção de cana-de-açúcar, e também em grandes fazendas dedicadas à criação de gado. Com base nesse contexto, o objetivo desta pesquisa foi compreender o processo de reestruturação do espaço agrário no município de Mirassol D’oeste-MT, examinando os impactos no uso da terra, na produção socioeconômica e na organização produtiva das propriedades. Para tanto, teoricamente, a discussão teve como ponto de partida a Categoria da Seletividade (MOREIRA, 2010) e o conceito da Formação Socioespacial (SANTOS, 1982). As etapas e procedimentos metodológicos foram: empiria para colher as impressões/geoindicadores levantadas na problematização; volta ao gabinete para: a) sistematização da base teórica; b) levantamento bibliográfico sobre o processo de produção do espaço agrário na região; c) checagem em documentos e dados oficiais; correlação entre os dados levantados e sistematização do texto. Os resultados obtidos revelaram transformações profundas no que se refere ao uso da terra e à reconfiguração no tamanho das propriedades, o que impacta diretamente nas atividades agrárias desenvolvidas no município. As principais evidências acentuam-se na reconcentração fundiária, no abandono da agricultura familiar em detrimento da pecuarização e da cultura de cana-de-açúcar para a produção do etanol. Essas mudanças têm repercussões na ocupação da mão de obra, resultando em uma diminuição no cenário agrário, bem como na migração intra e inter-regional e no ambiente urbano do município, com os efeitos do êxodo rural. |
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