LINGUAGEM, MEMÓRIA E EDUCAÇÃO CÍVICO-NACIONALISTA
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2020 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Linguagens, Educação e Sociedade (Online) |
Texto Completo: | https://periodicos.ufpi.br/index.php/lingedusoc/article/view/1054 |
Resumo: | Neste artigo, discute-se como as políticas de escolarização dos anos de 1937 a 1945, período do Estado Novo no Brasil, apropriaram-se da linguagem cívica, patriótica e religiosa como recurso para a construção de uma memória nacionalista na sua continuidade histórica. Partimos da perspectiva dialética e dialógica da linguagem e objetivamos perscrutar como os signos linguísticos organizaram-se em diferentes gêneros textuais e se apropriaram dos símbolos, dos ritos e de suas significações para construir uma memória positiva das bases nacionalistas que foram gestadas para durar. Respectiva e dialogicamente, o escopo teórico dessas categorias analíticas embasa-se nos estudos sobre quadros sociais da memória, memória social e coletiva de Maurice Halbwachs e sobre a linguagem em Mikhail Bakhtin. Sendo assim, este trabalho prioriza a língua em sua dimensão social dadas as circunstâncias de apropriação e produção discursiva tomadas como instrumento político durante períodos de governos ditatoriais no Brasil. Para isso, analisou-se como os mecanismos linguísticos foram utilizados como discursos ideológicos e sistematizados para construir uma memória social, coletiva e positiva do nacionalismo. Nosso marco de referência é a Escola Getúlio Vargas, situada na sede do município de Guanambi e inaugurada em 1938, uma instituição que subsiste do Estado Novo aos dias atuais. Os resultados da pesquisa apontaram que a memória construída na escola e no seu entorno por meio de discursos, símbolos nacionalistas e religiosos de caráter educativo permanecem em sua processualidade dialética na memória social e coletiva da cidade, consolidando-se como marco de referência social e político. |
id |
UFPI-5_fb7ffa862ca46f577b106f28cdd7286b |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:periodicos.ufpi.br:article/1054 |
network_acronym_str |
UFPI-5 |
network_name_str |
Linguagens, Educação e Sociedade (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
LINGUAGEM, MEMÓRIA E EDUCAÇÃO CÍVICO-NACIONALISTALinguagemEducaçãoMemóriaNeste artigo, discute-se como as políticas de escolarização dos anos de 1937 a 1945, período do Estado Novo no Brasil, apropriaram-se da linguagem cívica, patriótica e religiosa como recurso para a construção de uma memória nacionalista na sua continuidade histórica. Partimos da perspectiva dialética e dialógica da linguagem e objetivamos perscrutar como os signos linguísticos organizaram-se em diferentes gêneros textuais e se apropriaram dos símbolos, dos ritos e de suas significações para construir uma memória positiva das bases nacionalistas que foram gestadas para durar. Respectiva e dialogicamente, o escopo teórico dessas categorias analíticas embasa-se nos estudos sobre quadros sociais da memória, memória social e coletiva de Maurice Halbwachs e sobre a linguagem em Mikhail Bakhtin. Sendo assim, este trabalho prioriza a língua em sua dimensão social dadas as circunstâncias de apropriação e produção discursiva tomadas como instrumento político durante períodos de governos ditatoriais no Brasil. Para isso, analisou-se como os mecanismos linguísticos foram utilizados como discursos ideológicos e sistematizados para construir uma memória social, coletiva e positiva do nacionalismo. Nosso marco de referência é a Escola Getúlio Vargas, situada na sede do município de Guanambi e inaugurada em 1938, uma instituição que subsiste do Estado Novo aos dias atuais. Os resultados da pesquisa apontaram que a memória construída na escola e no seu entorno por meio de discursos, símbolos nacionalistas e religiosos de caráter educativo permanecem em sua processualidade dialética na memória social e coletiva da cidade, consolidando-se como marco de referência social e político.Universidade Federal do Piauí2020-11-17info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://periodicos.ufpi.br/index.php/lingedusoc/article/view/105410.26694/les.v0i45.11116Languages, Education and Society; No. 45 (2020); 141-164Lenguaje, Educación y Sociedad ; Núm. 45 (2020); 141-164Linguagens, Educação e Sociedade; n. 45 (2020); 141-1642526-8449reponame:Linguagens, Educação e Sociedade (Online)instname:Universidade Federal do Piauí (UFPI)instacron:UFPIporhttps://periodicos.ufpi.br/index.php/lingedusoc/article/view/1054/903Copyright (c) 2021 Linguagens, Educação e Sociedadeinfo:eu-repo/semantics/openAccessMALHEIROS ALVES, TATIANE ROCHA MAGALHÃES, LÍVIA DIANA 2021-12-13T17:12:20Zoai:periodicos.ufpi.br:article/1054Revistahttps://periodicos.ufpi.br/index.php/lingedusoc/PUBhttps://periodicos.ufpi.br/index.php/lingedusoc/oairevistales.ppged@ufpi.edu.br2526-84491518-0743opendoar:2021-12-13T17:12:20Linguagens, Educação e Sociedade (Online) - Universidade Federal do Piauí (UFPI)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
LINGUAGEM, MEMÓRIA E EDUCAÇÃO CÍVICO-NACIONALISTA |
title |
LINGUAGEM, MEMÓRIA E EDUCAÇÃO CÍVICO-NACIONALISTA |
spellingShingle |
LINGUAGEM, MEMÓRIA E EDUCAÇÃO CÍVICO-NACIONALISTA MALHEIROS ALVES, TATIANE Linguagem Educação Memória |
title_short |
LINGUAGEM, MEMÓRIA E EDUCAÇÃO CÍVICO-NACIONALISTA |
title_full |
LINGUAGEM, MEMÓRIA E EDUCAÇÃO CÍVICO-NACIONALISTA |
title_fullStr |
LINGUAGEM, MEMÓRIA E EDUCAÇÃO CÍVICO-NACIONALISTA |
title_full_unstemmed |
LINGUAGEM, MEMÓRIA E EDUCAÇÃO CÍVICO-NACIONALISTA |
title_sort |
LINGUAGEM, MEMÓRIA E EDUCAÇÃO CÍVICO-NACIONALISTA |
author |
MALHEIROS ALVES, TATIANE |
author_facet |
MALHEIROS ALVES, TATIANE ROCHA MAGALHÃES, LÍVIA DIANA |
author_role |
author |
author2 |
ROCHA MAGALHÃES, LÍVIA DIANA |
author2_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
MALHEIROS ALVES, TATIANE ROCHA MAGALHÃES, LÍVIA DIANA |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Linguagem Educação Memória |
topic |
Linguagem Educação Memória |
description |
Neste artigo, discute-se como as políticas de escolarização dos anos de 1937 a 1945, período do Estado Novo no Brasil, apropriaram-se da linguagem cívica, patriótica e religiosa como recurso para a construção de uma memória nacionalista na sua continuidade histórica. Partimos da perspectiva dialética e dialógica da linguagem e objetivamos perscrutar como os signos linguísticos organizaram-se em diferentes gêneros textuais e se apropriaram dos símbolos, dos ritos e de suas significações para construir uma memória positiva das bases nacionalistas que foram gestadas para durar. Respectiva e dialogicamente, o escopo teórico dessas categorias analíticas embasa-se nos estudos sobre quadros sociais da memória, memória social e coletiva de Maurice Halbwachs e sobre a linguagem em Mikhail Bakhtin. Sendo assim, este trabalho prioriza a língua em sua dimensão social dadas as circunstâncias de apropriação e produção discursiva tomadas como instrumento político durante períodos de governos ditatoriais no Brasil. Para isso, analisou-se como os mecanismos linguísticos foram utilizados como discursos ideológicos e sistematizados para construir uma memória social, coletiva e positiva do nacionalismo. Nosso marco de referência é a Escola Getúlio Vargas, situada na sede do município de Guanambi e inaugurada em 1938, uma instituição que subsiste do Estado Novo aos dias atuais. Os resultados da pesquisa apontaram que a memória construída na escola e no seu entorno por meio de discursos, símbolos nacionalistas e religiosos de caráter educativo permanecem em sua processualidade dialética na memória social e coletiva da cidade, consolidando-se como marco de referência social e político. |
publishDate |
2020 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2020-11-17 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://periodicos.ufpi.br/index.php/lingedusoc/article/view/1054 10.26694/les.v0i45.11116 |
url |
https://periodicos.ufpi.br/index.php/lingedusoc/article/view/1054 |
identifier_str_mv |
10.26694/les.v0i45.11116 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://periodicos.ufpi.br/index.php/lingedusoc/article/view/1054/903 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Copyright (c) 2021 Linguagens, Educação e Sociedade info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Copyright (c) 2021 Linguagens, Educação e Sociedade |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal do Piauí |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal do Piauí |
dc.source.none.fl_str_mv |
Languages, Education and Society; No. 45 (2020); 141-164 Lenguaje, Educación y Sociedad ; Núm. 45 (2020); 141-164 Linguagens, Educação e Sociedade; n. 45 (2020); 141-164 2526-8449 reponame:Linguagens, Educação e Sociedade (Online) instname:Universidade Federal do Piauí (UFPI) instacron:UFPI |
instname_str |
Universidade Federal do Piauí (UFPI) |
instacron_str |
UFPI |
institution |
UFPI |
reponame_str |
Linguagens, Educação e Sociedade (Online) |
collection |
Linguagens, Educação e Sociedade (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Linguagens, Educação e Sociedade (Online) - Universidade Federal do Piauí (UFPI) |
repository.mail.fl_str_mv |
revistales.ppged@ufpi.edu.br |
_version_ |
1796797441984430080 |