The operational research in leprosy
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista de Enfermagem da UFPI |
Texto Completo: | https://periodicos.ufpi.br/index.php/reufpi/article/view/464 |
Resumo: | DOI: https://doi.org/10.26694/2238-7234.640-0 A hanseníase configura-se ainda como um relevante problema de saúde pública entre alguns países em desenvolvimento. Índia, Brasil e Indonésia concentram a maior carga relativa à produção de casos novos da doença no mundo. A atenção integral com qualidade e a redução do estigma e da exclusão social para a pessoa com hanseníase na Atenção Primária em Saúde (APS) representam estratégias-chave para o enfrentamento da doença, dentre outras ações que visem orientar os diferentes níveis de atenção à saúde, segundo os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS). Atualmente para o controle da hanseníase recomenda-se uma prestação integrada de serviços de saúde básicos no nível de APS. A principal estratégia é integrar todos os componentes essenciais das atividades de controle da hanseníase no SUS a partir da APS. Isso inclui os serviços de referência, promoção e fortalecimento de estratégias inovadoras sustentáveis, prevenção de ocorrência e agravos de incapacidades, promoção da utilização de reabilitação baseada na comunidade (RBC), dentre outras (BRASIL, 2016). A atual meta mundial para a redução da carga da hanseníase denominada “Estratégia Global para Hanseníase: 2016-2020” propõe um mundo livre de hanseníase, com doença zero, transmissão da infecção zero, incapacidade pela doença zero, estigma e discriminação zero (WHO, 2016). Portanto, a magnitude, a gravidade e a transcendência da hanseníase tornam estudos com a temática hanseníase de grande relevância, pois podem suscitar a avaliação de novas estratégias no enfrentamento do agravo, subsidiando políticas e práticas educativas. Nesse contexto a Pesquisa Operacional consolidou-se como uma alternativa inovadora, com abordagem multidisciplinar com a utilização de métodos científicos como ferramentas para tomada de decisões e formação de políticas públicas, passando a ser amplamente utilizada não somente na hanseníase, mas também para dar respostas a outros agravos à saúde, empoderando equipes de profissionais, gestores e usuários. A pesquisa operacional tem sido implementada fundamentalmente, com vistas a melhorar os programas e serviços de saúde pública, tornando-se cada vez mais necessária e ganhando reconhecimento pelos profissionais de saúde e pesquisadores em âmbito mundial. Ela é considerada essencial para o desenvolvimento de uma base consistente de conhecimento e identificação de estratégias e ferramentas para melhorar o desempenho do controle de doenças e, por conseguinte, melhorar o atendimento ao paciente e a prevenção e gestão de doenças. Assim, deveria ser parte integrante dos programas nacionais de controle de doenças, especialmente das negligenciadas em países de baixa e média renda. (MAHENDRADHATA, et al, 2014; BOSU, 2014). No processo de implementação da pesquisa operacional tem-se a potencialização de espaços e interfaces entre a gestão da saúde, serviços de saúde, universidades, movimentos sociais e sociedade em geral, para discutir amplamente as questões relacionadas aos agravos à saúde, em especial, ao controle das doenças com característica crônica. Ressalta-se, como diferencial da pesquisa operacional em relação às demais, o estímulo à garantia de uma perspectiva de longo prazo e compromisso dos principais atores envolvidos com o problema de saúde investigado, mobilização técnica e financeira para preenchimento de lacunas críticas em recursos e capacidades locais, favorecimento da aprendizagem contínua e identificação de estratégias de sustentabilidade, demonstrando resultados tangíveis e impactos práticos voltados ao controle de doenças, com destaque para a hanseníase. |
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