Caracterização geoquímica e estrutural do Granodiorito Cruzeiro do Sul: magmatismo shoshonítico pós-colisional neoproterozoico em zona de transcorrência, região de Quitéria, RS

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Knijnik, Daniel
Data de Publicação: 2012
Outros Autores: Bitencourt, Maria de Fátima, Nardi, Lauro V. S., Pinto, Viter Magalhães, Fontana, Eduardo
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPel - Guaiaca
Texto Completo: http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/10867
https://doi.org/10.5327/Z1519-874X2012000100003
Resumo: O Granodiorito Cruzeiro do Sul localiza-se na porção leste do escudo Sul-rio-grandense e ocorre como um corpo de aproximadamente 4 km², alongado na direção ENE-WSW, controlado por uma zona de cisalhamento transcorrente sinistral. Esta unidade foi desmembrada do Complexo Arroio dos Ratos por constituir corpos mapeáveis intrusivos no mesmo, que preservam suas características primárias. Este granitoide compreende hornblenda-biotita granodioritos ricos em máficos (M'~ 20), possui foliação magmática marcada pelo alinhamento dimensional dos feldspatos e minerais máficos, com um importante componente milonítico, principalmente próximo aos contatos. Veios leucograníticos concordantes e discordantes são comuns e, em zonas de mais alta deformação, geram um bandamento composto juntamente com enclaves microgranulares máficos alongados e diques sinplutônicos de composição diorítica a tonalítica paralelos à foliação. A foliação milonítica é paralela à primária, com direção EW a ENE-WSW e médio a alto ângulo de mergulho, contendo lineação de estiramento de baixo caimento para W e WSW, indicando-se a cinemática transcorrente da zona de cisalhamento. O sentido de movimento sinistral desta zona é confirmado por diversos indicadores cinemáticos de escalas meso e microscópica, e as microestruturas desenvolvidas sobre os feldspatos indicam temperaturas de deformação compatíveis com as da fácies anfibolito. A forma alongada dos corpos paralelamente à zona de transcorrência, a concordância e a progressão da foliação magmática em relação à milonítica, ambas paralelas aos limites das intrusões, são evidências estruturais de seu caráter sintectônico. Por outro lado, a ausência de foliação metamórfica retrabalhada pela milonítica permite concluir que o granitoide estudado registra apenas uma fase de deformação, que teria ocorrido durante o seu posicionamento, descartando sua relação com o evento transversal de direção EW e baixo ângulo de mergulho responsável pela deformação do Complexo Arroio dos Ratos e vinculando-o ao evento de transcorrência da Zona de Cisalhamento Dorsal de Canguçu. As características composicionais são consistentes com o caráter pós-colisional do magmatismo, e a afinidade shoshonítica é revelada pelos altos teores de Sr, pelo comportamento linear e homogêneo dos elementos terras raras e pela abundância dos elementos terras raras leves em relação aos elementos terras raras pesados. Os padrões de elementos traço, com enriquecimento em Ba e Rb e empobrecimento dos HFS (High Field Strength Elements) em relação aos LILE (Large Ion Lithophile Elements), bem como seu caráter metaluminoso, também são importantes características que marcam sua afinidade shoshonítica. As condições de P e T, calculadas a partir do geobarômetro Alt-Hb e do termobarômetro Plg-Hb, são estimadas em cerca de 4,3 a 5,3 kbars e temperaturas de cristalização na ordem de 720 a 760°C.
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spelling 2023-12-06T15:36:44Z2023-12-06T15:36:44Z2012KNIJNIK, D.; BITENCOURT, M. de F.; NARDI, L. V. S.; PINTO, V. M.; FONTANA, E. Caracterização geoquímica e estrutural do Granodiorito Cruzeiro do Sul: magmatismo shoshonítico pós-colisional neoproterozoico em zona de transcorrência, região de Quitéria, RS . GEOLOGIA USP. SÉRIE CIENTÍFICA, [S. l.], v. 12, n. 1, p. 17-38, 2012. Disponível em:https://www.revistas.usp.br/guspsc/article/view/45406. Acesso em: 6 dez. 2023.http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/10867https://doi.org/10.5327/Z1519-874X2012000100003O Granodiorito Cruzeiro do Sul localiza-se na porção leste do escudo Sul-rio-grandense e ocorre como um corpo de aproximadamente 4 km², alongado na direção ENE-WSW, controlado por uma zona de cisalhamento transcorrente sinistral. Esta unidade foi desmembrada do Complexo Arroio dos Ratos por constituir corpos mapeáveis intrusivos no mesmo, que preservam suas características primárias. Este granitoide compreende hornblenda-biotita granodioritos ricos em máficos (M'~ 20), possui foliação magmática marcada pelo alinhamento dimensional dos feldspatos e minerais máficos, com um importante componente milonítico, principalmente próximo aos contatos. Veios leucograníticos concordantes e discordantes são comuns e, em zonas de mais alta deformação, geram um bandamento composto juntamente com enclaves microgranulares máficos alongados e diques sinplutônicos de composição diorítica a tonalítica paralelos à foliação. A foliação milonítica é paralela à primária, com direção EW a ENE-WSW e médio a alto ângulo de mergulho, contendo lineação de estiramento de baixo caimento para W e WSW, indicando-se a cinemática transcorrente da zona de cisalhamento. 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S.Pinto, Viter MagalhãesFontana, Eduardoreponame:Repositório Institucional da UFPel - Guaiacainstname:Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)instacron:UFPELORIGINALCaracterização geoquímica e estrutural do Granodiorito Cruzeiro do Sul.pdfCaracterização geoquímica e estrutural do Granodiorito Cruzeiro do Sul.pdfapplication/pdf16043126http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/10867/1/Caracteriza%c3%a7%c3%a3o%20geoqu%c3%admica%20e%20estrutural%20do%20Granodiorito%20Cruzeiro%20do%20Sul.pdfa580829a4e0ed0464006c812113a6d16MD51open accessLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81960http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/10867/2/license.txta963c7f783e32dba7010280c7b5ea154MD52open accessTEXTCaracterização geoquímica e estrutural do Granodiorito Cruzeiro do Sul.pdf.txtCaracterização geoquímica e estrutural do Granodiorito Cruzeiro do Sul.pdf.txtExtracted texttext/plain82845http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/10867/3/Caracteriza%c3%a7%c3%a3o%20geoqu%c3%admica%20e%20estrutural%20do%20Granodiorito%20Cruzeiro%20do%20Sul.pdf.txt6ab97cb10ec6bb9ecddc3677b23e393eMD53open accessTHUMBNAILCaracterização geoquímica e estrutural do Granodiorito Cruzeiro do Sul.pdf.jpgCaracterização geoquímica e estrutural do Granodiorito Cruzeiro do Sul.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1647http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/10867/4/Caracteriza%c3%a7%c3%a3o%20geoqu%c3%admica%20e%20estrutural%20do%20Granodiorito%20Cruzeiro%20do%20Sul.pdf.jpg10ae75d965262adf6e1e672fb6ab1186MD54open accessprefix/108672023-12-07 03:05:14.749open accessoai:guaiaca.ufpel.edu.br:prefix/10867TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkkgLSBDb20gYSBhcHJlc2VudGHDp8OjbyBkZXN0YSBsaWNlbsOnYSwgdm9jw6ogKG8ocykgYXV0b3IoZXMpIG91IG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIApJbnN0aXR1Y2lvbmFsIChSSSkgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgUGVsb3RhcyAoVUZQZWwpIG8gZGlyZWl0byBuw6NvLWV4Y2x1c2l2byBkZSByZXByb2R1emlyLCB0cmFkdXppciAKKGNvbmZvcm1lIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gKGluY2x1aW5kbyBvIHJlc3VtbykgcG9yIHRvZG8gbyBtdW5kbyBubyBmb3JtYXRvIGltcHJlc3NvIAplIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW87CgpJSSAtIFZvY8OqIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJJIGRhIFVGUGVsIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gCnBhcmEgZmlucyBkZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvOwoKSUlJIC0gVm9jw6ogdGFtYsOpbSBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSSSBkYSBVRlBlbCBwb2RlIG1hbnRlciBtYWlzIGRlIHVtYSBjw7NwaWEgZGUgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIGZpbnMgZGUgc2VndXJhbsOnYSwgYmFja3VwIAplIHByZXNlcnZhw6fDo287CgpJViAtIFZvY8OqIGRlY2xhcmEgcXVlIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyDDqSBvcmlnaW5hbCBlIHF1ZSB2b2PDqiB0ZW0gbyBwb2RlciBkZSBjb25jZWRlciBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gClZvY8OqIHRhbWLDqW0gZGVjbGFyYSBxdWUgbyBkZXDDs3NpdG8gZGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgbsOjbyBpbmZyaW5nZSBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyAKZGUgbmluZ3XDqW07CgpWIC0gQ2FzbyBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY8OqIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgCm9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3PDo28gaXJyZXN0cml0YSBkbyBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciBhbyBSSSBkYSBVRlBlbCBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgCm5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIApvdSBubyBjb250ZcO6ZG8gZGEgcHVibGljYcOnw6NvIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhOwoKVkkgLSBDQVNPIEEgUFVCTElDQcOHw4NPIE9SQSBERVBPU0lUQURBIFRFTkhBIFNJRE8gUkVTVUxUQURPIERFIFVNIFBBVFJPQ8ONTklPIE9VIEFQT0lPIERFIFVNQSBBR8OKTkNJQSBERSBGT01FTlRPIE9VCk9VVFJBIE9SR0FOSVpBw4fDg08sIFZPQ8OKIERFQ0xBUkEgUVVFIFJFU1BFSVRPVSBUT0RPUyBFIFFVQUlTUVVFUiBESVJFSVRPUyBERSBSRVZJU8ODTyBDT01PIFRBTULDiU0gQVMgREVNQUlTIE9CUklHQcOHw5VFUyAKRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETzsKClZJSSAtIE8gUkkgZGEgVUZQZWwgc2UgY29tcHJvbWV0ZSBhIGlkZW50aWZpY2FyIGNsYXJhbWVudGUgbyBzZXUgbm9tZSBvdSBvKHMpIG5vbWUocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyAKYXV0b3JhaXMgZGEgcHVibGljYcOnw6NvLCBlIG7Do28gZmFyw6EgcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJhw6fDo28sIGFsw6ltIGRhcXVlbGFzIGNvbmNlZGlkYXMgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EuCg==Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.ufpel.edu.br/oai/requestrippel@ufpel.edu.br || repositorio@ufpel.edu.br || aline.batista@ufpel.edu.bropendoar:2023-12-07T06:05:14Repositório Institucional da UFPel - Guaiaca - Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)false
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