Entre as águas do mar e das lagoas : arqueologia ambiental na planície costeira do Rio Grande do Sul durante o holoceno tardio
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPel - Guaiaca |
Texto Completo: | http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/9344 |
Resumo: | A Planície Costeira do Rio Grande do Sul (PCRS) constitui a maior planície costeira do território brasileira, formada ao longo do Quaternário. Durante o Holoceno Tardio (~4,4ka), posteriormente ao evento último evento transgressivo (~5ka), começam a ocupar este território populações oriundas de outras regiões: os povos Sambaquieiros vindos da costa atlântica ao norte, os Construtores de Cerritos vindos dos campos alagáveis do Pampa ao sul, os povos Jê das terras altas do Planalto e os Guaranis, do noroeste do estado. A chegada e intensificação da presença dessas sociedades ao longo do Holoceno Tardio foram concomitantes a uma série de transformações na vegetação, identificadas a partir do registro polínico, que podem estar relacionadas as estratégias de manejo e construção de paisagens desses grupos. Apesar dos dados não assegurarem uma relação direta, os eventos que reúnem a presença humana junto as modificações na paisagem ocorrem em um mesmo espaço-tempo, apontando uma convergência entre os dados e sinalizando uma possível antropização da paisagem. Além disso, a vegetação das matas de restinga atual parece manter resquícios em sua composição de um legado ambiental construído ao longo de milênios pelas diferentes populações que fizeram da PCRS o seu território. A pesquisa apontou caminhos para o aprofundamento de questões relativas as interações entre humanos e plantas, tal como a construção de paisagens, e destacou a importância da integração entre a arqueologia e a paleocologia no avanço desses debates. |
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2023-05-04T21:41:07Z2023-05-042023-05-04T21:41:07Z2022-09-30TAVARES, Natália de Oliveira. Entre as águas do mar e das lagoas : arqueologia ambiental na planície costeira do Rio Grande do Sul durante o holoceno tardio. Orientador: Rafael Corteletti. 2022. 274 f. Dissertação (Mestrado em Antropologia) - Instituto de Ciências Humanas, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, 2022.http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/9344A Planície Costeira do Rio Grande do Sul (PCRS) constitui a maior planície costeira do território brasileira, formada ao longo do Quaternário. Durante o Holoceno Tardio (~4,4ka), posteriormente ao evento último evento transgressivo (~5ka), começam a ocupar este território populações oriundas de outras regiões: os povos Sambaquieiros vindos da costa atlântica ao norte, os Construtores de Cerritos vindos dos campos alagáveis do Pampa ao sul, os povos Jê das terras altas do Planalto e os Guaranis, do noroeste do estado. A chegada e intensificação da presença dessas sociedades ao longo do Holoceno Tardio foram concomitantes a uma série de transformações na vegetação, identificadas a partir do registro polínico, que podem estar relacionadas as estratégias de manejo e construção de paisagens desses grupos. Apesar dos dados não assegurarem uma relação direta, os eventos que reúnem a presença humana junto as modificações na paisagem ocorrem em um mesmo espaço-tempo, apontando uma convergência entre os dados e sinalizando uma possível antropização da paisagem. Além disso, a vegetação das matas de restinga atual parece manter resquícios em sua composição de um legado ambiental construído ao longo de milênios pelas diferentes populações que fizeram da PCRS o seu território. A pesquisa apontou caminhos para o aprofundamento de questões relativas as interações entre humanos e plantas, tal como a construção de paisagens, e destacou a importância da integração entre a arqueologia e a paleocologia no avanço desses debates.The Coastal Plain of Rio Grande do Sul (PCRS) is the largest coastal plain in the brazilian territory, formed along the Quaternary. During the Late Holocene (~4.4ka), after the last transgressive event (~5ka), populations from other regions begin to occupy the territory: Sambaqui people’s, from the Atlantic coast in the north; Cerrito builders, from the Pampa’s wetlands in the south; Jê people’s from the Planalto highlands and the Guaranis, from northweast of the state. The arrival and intensification of the presence of these societies throughout the Late Holocene were concomitant with a series of transformations in vegetation, identified from the pollen record, which may be related to the management strategies and landscape construction of these groups. Although the data do not guarantee a direct relationship, the events that bring together the human presence simultaneously with the changes in the landscape occur in the same space-time, indicating a convergence between the data and signaling a possible anthropization of the landscape. In addition, the vegetation of the current restinga forests seems to maintain remnants in its composition of an environmental legacy built over millennia by the different populations that made the PCRS their territory. The research pointed out ways to deepen issues related to the interactions between humans and plants, such as the construction of landscapes, and highlighted the importance of the integration between archeology and paleocology in the advancement of these debates.porUniversidade Federal de PelotasPrograma de Pós-Graduação em AntropologiaUFPelBrasilInstituto de Ciências HumanasCNPQ::CIENCIAS HUMANAS::ANTROPOLOGIAArqueobotânicaGeoarqueologiaPaisagens antrópicasNichos culturaisLegados ambientaisArchaeobotanyGeoarchaeologyAntropic landscapesCultural nichesEnvironmental legaciesEntre as águas do mar e das lagoas : arqueologia ambiental na planície costeira do Rio Grande do Sul durante o holoceno tardioinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://lattes.cnpq.br/5260142596643935http://lattes.cnpq.br/2787572576761365Corteletti, RafaelTavares, Natália de OliveiraTAVARES, Natália de Oliveira. Entre as águas do mar e das lagoas : arqueologia ambiental na planície costeira do Rio Grande do Sul durante o holoceno tardio. Orientador: Rafael Corteletti. 2022. 274 f. Dissertação (Mestrado em Antropologia) - Instituto de Ciências Humanas, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, 2022.info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFPel - Guaiacainstname:Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)instacron:UFPELTEXTNatália_de_Oliveira_Tavares_Dissertação.pdf.txtNatália_de_Oliveira_Tavares_Dissertação.pdf.txtExtracted texttext/plain574558http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/9344/6/Nat%c3%a1lia_de_Oliveira_Tavares_Disserta%c3%a7%c3%a3o.pdf.txt993f5413f481bc2931014a6f3855f96aMD56open accessTHUMBNAILNatália_de_Oliveira_Tavares_Dissertação.pdf.jpgNatália_de_Oliveira_Tavares_Dissertação.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1271http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/9344/7/Nat%c3%a1lia_de_Oliveira_Tavares_Disserta%c3%a7%c3%a3o.pdf.jpg173f817ffaa2d311964616474d82adebMD57open accessORIGINALNatália_de_Oliveira_Tavares_Dissertação.pdfNatália_de_Oliveira_Tavares_Dissertação.pdfapplication/pdf7517714http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/9344/1/Nat%c3%a1lia_de_Oliveira_Tavares_Disserta%c3%a7%c3%a3o.pdf6720bcf27db39499efbacae49886ad33MD51open accessCC-LICENSElicense_urllicense_urltext/plain; charset=utf-843http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/9344/2/license_url321f3992dd3875151d8801b773ab32edMD52open accesslicense_textlicense_texttext/html; charset=utf-80http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/9344/3/license_textd41d8cd98f00b204e9800998ecf8427eMD53open accesslicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-80http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/9344/4/license_rdfd41d8cd98f00b204e9800998ecf8427eMD54open accessLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-867http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/9344/5/license.txtfbd6c74465857056e3ca572d7586661bMD55open accessprefix/93442023-07-13 04:55:34.815open accessoai:guaiaca.ufpel.edu.br:prefix/9344VG9kb3Mgb3MgaXRlbnMgZGVzc2EgY29tdW5pZGFkZSBzZWd1ZW0gYSBsaWNlbsOnYSBDcmVhdGl2ZSBDb21tb25zLg==Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.ufpel.edu.br/oai/requestrippel@ufpel.edu.br || repositorio@ufpel.edu.br || aline.batista@ufpel.edu.bropendoar:2023-07-13T07:55:34Repositório Institucional da UFPel - Guaiaca - Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)false |
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A Planície Costeira do Rio Grande do Sul (PCRS) constitui a maior planície costeira do território brasileira, formada ao longo do Quaternário. Durante o Holoceno Tardio (~4,4ka), posteriormente ao evento último evento transgressivo (~5ka), começam a ocupar este território populações oriundas de outras regiões: os povos Sambaquieiros vindos da costa atlântica ao norte, os Construtores de Cerritos vindos dos campos alagáveis do Pampa ao sul, os povos Jê das terras altas do Planalto e os Guaranis, do noroeste do estado. A chegada e intensificação da presença dessas sociedades ao longo do Holoceno Tardio foram concomitantes a uma série de transformações na vegetação, identificadas a partir do registro polínico, que podem estar relacionadas as estratégias de manejo e construção de paisagens desses grupos. Apesar dos dados não assegurarem uma relação direta, os eventos que reúnem a presença humana junto as modificações na paisagem ocorrem em um mesmo espaço-tempo, apontando uma convergência entre os dados e sinalizando uma possível antropização da paisagem. Além disso, a vegetação das matas de restinga atual parece manter resquícios em sua composição de um legado ambiental construído ao longo de milênios pelas diferentes populações que fizeram da PCRS o seu território. A pesquisa apontou caminhos para o aprofundamento de questões relativas as interações entre humanos e plantas, tal como a construção de paisagens, e destacou a importância da integração entre a arqueologia e a paleocologia no avanço desses debates. |
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