Argumentos Desmanteladores Evolutivos e a Derrogabilidade do Conhecimento Moral.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Burkle, Mariana Marques
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPel - Guaiaca
Texto Completo: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/7877
Resumo: O presente trabalho tem como objetivo central analisar um problema epistemológico que se levanta para os Argumentos Desmanteladores Evolutivos: o problema da demarcação. Os Argumentos Desmanteladores Evolutivos tratam-se de desafios céticos endereçados ao conhecimento moral, que possuem como ponto de partida a visão evolucionista da moralidade, e que concluem que as crenças morais são injustificadas. O problema da demarcação, por sua vez, é um problema desenvolvido por Christos Kyriacou (2019) aos Argumentos Desmanteladores Evolutivos de Sharon Street (2006) e Richard Joyce (2006, 2013, 2016). De acordo com Kyriacou (2019) os Argumentos Desmanteladores Evolutivos recaem no problema da demarcação por não esclarecerem qual é o princípio metaepistêmico que regula as informações oriundas da seleção natural, e instaura a conclusão cética destes argumentos. Para cumprir com o objetivo central, contudo, faz-se necessário cumprir com alguns objetivos secundários. Deste modo, o primeiro objetivo secundário deste trabalho consiste em esclarecer o que são os Argumentos Desmanteladores Evolutivos. Consideramos, assim, que estes argumentos se tratam de desafios céticos para o conhecimento moral, desenvolvidos a partir das considerações da teoria evolucionista aplicadas à filosofia. O segundo objetivo secundário deste trabalho segue-se do primeiro: esclarecer a visão evolucionista da moralidade que serve como ponto de partida para os Argumentos Desmanteladores Evolutivos. Após oferecer estes esclarecimentos iniciais, o presente trabalho dedica-se a analisar duas opções de resposta ao problema da demarcação: o princípio da ponte de Mílvia, proposto por Griffiths e Wilkins (2013, 2015) e a compatibilização do EDA com a teoria da derrogabilidade, proposto por Machuca (2018), Luz (2018) e Korman (2019). O princípio da ponte de Mílvia será rejeitado como solução ao problema da demarcação, a partir da crítica de Kyriacou (2016, 2017), que mostra que este princípio se autorrefuta. Por fim, analisaremos as propostas de compatibilização dos Argumentos Desmanteladores Evolutivos com a teoria da derrogabilidade, mostrando como a intepretação dos Argumentos Desmanteladores Evolutivos como derrogadores minadores do conhecimento moral leva a uma forte solução ao problema da demarcação.
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De acordo com Kyriacou (2019) os Argumentos Desmanteladores Evolutivos recaem no problema da demarcação por não esclarecerem qual é o princípio metaepistêmico que regula as informações oriundas da seleção natural, e instaura a conclusão cética destes argumentos. Para cumprir com o objetivo central, contudo, faz-se necessário cumprir com alguns objetivos secundários. Deste modo, o primeiro objetivo secundário deste trabalho consiste em esclarecer o que são os Argumentos Desmanteladores Evolutivos. Consideramos, assim, que estes argumentos se tratam de desafios céticos para o conhecimento moral, desenvolvidos a partir das considerações da teoria evolucionista aplicadas à filosofia. O segundo objetivo secundário deste trabalho segue-se do primeiro: esclarecer a visão evolucionista da moralidade que serve como ponto de partida para os Argumentos Desmanteladores Evolutivos. 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The Evolutionary Debunking Arguments are skeptical challenges addressed to moral knowledge, which have as their starting point the evolutionary view of morality, and which conclude that moral beliefs are unjustified. The demarcation problem, in turn, is a problem developed by Christos Kyriacou (2019) to Sharon Street’s (2006) and Richard Joyce’s (2006, 2013, 2016) Evolutionary Debunking Arguments (2006). According to Kyriacou (2019) the Evolutionary Debunking Arguments fall under the problem of demarcation because they do not clarify what is the metaepistemic principle that regulates information from natural selection, and establishes the skeptical conclusion of these arguments. In order to fulfill the central objective, however, it is necessary to comply with some secondary objectives. Thus, the first secondary objective of this work is to clarify what are the Evolutionary Debunking Arguments. Thus, we consider that these arguments are skeptical challenges to moral knowledge, developed from the considerations of evolutionary theory applied to philosophy. The second secondary objective of this work follows from the first: to clarify the evolutionary vision of morality that serves as a starting point for the Evolutionary Debunking Arguments. After offering these initial clarifications, the present work is dedicated to analyzing two options for responding to the problem of demarcation: the Milvian Bridge Principle, proposed by Griffiths and Wilkins (2013, 2015) and the compatibility of the EDA with defeasibility theory, proposed by Machuca (2018), Luz (2018) and Korman (2019). The Milvian Bridge Principle will be rejected as a solution to the demarcation problem, based on Kyriacou's criticism (2016, 2017), which shows that this principle is self-refuting. Finally, we will analyze the proposals to make Evolutionary Debunking Arguments compatible with defeasibility theory, showing how the interpretation of Evolutionary Debunking Arguments as undercutting defeaters of moral knowledge leads to a strong solution to the demarcation problem.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESporUniversidade Federal de PelotasPrograma de Pós-Graduação em FilosofiaUFPelBrasilInstituto de Filosofia, Sociologia e PolíticaCNPQ::CIENCIAS HUMANAS::FILOSOFIAArgumentos desmanteladores evolutivosProblema da demarcaçãoSharon StreetRichard JoyceCeticismoEvolutionary debunking argumentsDemarcation problemSkepticismArgumentos Desmanteladores Evolutivos e a Derrogabilidade do Conhecimento Moral.Evolutionary Dismantling Arguments and the Derogability of Moral Knowledge.info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://lattes.cnpq.br/5376053416013718http://lattes.cnpq.br/7477981517627461Carmo, Juliano Santos doBurkle, Mariana Marquesinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFPel - Guaiacainstname:Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)instacron:UFPELTEXTDissertacao_MARIANA_MARQUES_BURKLE.pdf.txtDissertacao_MARIANA_MARQUES_BURKLE.pdf.txtExtracted texttext/plain402647http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/7877/6/Dissertacao_MARIANA_MARQUES_BURKLE.pdf.txt9e671d232c0756d80cc61a6a6cd44357MD56open accessTHUMBNAILDissertacao_MARIANA_MARQUES_BURKLE.pdf.jpgDissertacao_MARIANA_MARQUES_BURKLE.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1313http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/7877/7/Dissertacao_MARIANA_MARQUES_BURKLE.pdf.jpgfcc54fce882b8292e7773ce37bc40f22MD57open accessORIGINALDissertacao_MARIANA_MARQUES_BURKLE.pdfDissertacao_MARIANA_MARQUES_BURKLE.pdfapplication/pdf1460346http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/7877/1/Dissertacao_MARIANA_MARQUES_BURKLE.pdf7ba7ce327c8658fafde707f163bcf408MD51open accessCC-LICENSElicense_urllicense_urltext/plain; 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