Acidentes entre crianças de 0 a 4 anos de idade da Coorte de Nascimentos de Pelotas de 2004.
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Data de Publicação: | 2017 |
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Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPel - Guaiaca |
Texto Completo: | http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/10600 |
Resumo: | Os acidentes representam um problema de saúde mundial e constituem a primeira causa de morte em crianças e em adultos jovens, em quase todos os países. A maioria dos acidentes na infância são não intencionais e compreendem os acidentes de trânsito, quedas, queimaduras, afogamentos e intoxicações, que acarretam desde incapacidade física temporária, até sequelas mais graves e permanentes ou mesmo a morte. A identificação dos fatores de risco, de acordo com o estágio de desenvolvimento da criança e dos hábitos comportamentais comuns ao período de idade, são importantes para a formulação de programas de prevenção dirigidos a cada faixa etária. O baixo nível socioeconômico, supervisão inadequada, estresse familiar e condições impróprias de moradia são reconhecidos fatores predisponentes a acidentes na infância. Características da personalidade infantil, como hiperatividade, agressividade, impulsividade e distração também influenciam a ocorrência de acidentes. Sendo assim, esta tese teve como objetivo avaliar a ocorrência de quedas, cortes e queimaduras até os quatro anos de idade, conforme nível econômico da família e idade e escolaridade maternas, entre as crianças da Coorte de Nascimentos de Pelotas de 2004. As quedas foram os acidentes mais relatados nos períodos de 0-12, 12-24 e 24-48 meses de idade, seguidas dos cortes e queimaduras. Os meninos sofreram mais quedas e cortes do que as meninas nos dois primeiros anos de vida. No segundo ano de vida, a incidência de quedas e queimaduras praticamente triplicou e a de cortes dobrou, em comparação ao primeiro ano, em ambos os sexos. As queimaduras ocorreram com igual frequência entre meninas e meninos nos três períodos de idade analisados. A associação entre depressão materna e incidência de acidentes na infância foi também explorada. A incidência de acidentes entre 24-48 meses de idade foi maior entre crianças filhas de mães com sintomas depressivos na gestação e aos 12 e 24 meses, em comparação às crianças de mães que não apresentaram sintomas em nenhuma das três ocasiões. Na análise ajustada, a razão de taxas de incidência entre meninas filhas de mães com sintomas depressivos na gestação e Escala de Depressão deEdimburgo (EPDS) ≥ 13 aos 12 e 24 meses foi de 1,37 (1,12-1,58); e, entre os meninos, de 1,16 (1,01-1,34). Como conclusão, esta tese encontrou altas taxas de quedas, cortes e queimaduras até os quatro anos de idade, sendo estas mais elevadas entre os meninos e entre meninas filhas de mães deprimidas. |
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2023-11-01T22:21:20Z2023-11-012023-11-01T22:21:20Z2017-05-31BARCELOS, Raquel Siqueira. Acidentes entre crianças de 0 a 4 anos de idade da Coorte de Nascimentos de Pelotas de 2004. Orientadora: Iná da Silva dos Santos. 2017. 178 f. : il. color. Tese (Doutorado em Epidemiologia) - Faculdade de Medicina, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, 2017.http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/10600Os acidentes representam um problema de saúde mundial e constituem a primeira causa de morte em crianças e em adultos jovens, em quase todos os países. A maioria dos acidentes na infância são não intencionais e compreendem os acidentes de trânsito, quedas, queimaduras, afogamentos e intoxicações, que acarretam desde incapacidade física temporária, até sequelas mais graves e permanentes ou mesmo a morte. A identificação dos fatores de risco, de acordo com o estágio de desenvolvimento da criança e dos hábitos comportamentais comuns ao período de idade, são importantes para a formulação de programas de prevenção dirigidos a cada faixa etária. O baixo nível socioeconômico, supervisão inadequada, estresse familiar e condições impróprias de moradia são reconhecidos fatores predisponentes a acidentes na infância. Características da personalidade infantil, como hiperatividade, agressividade, impulsividade e distração também influenciam a ocorrência de acidentes. Sendo assim, esta tese teve como objetivo avaliar a ocorrência de quedas, cortes e queimaduras até os quatro anos de idade, conforme nível econômico da família e idade e escolaridade maternas, entre as crianças da Coorte de Nascimentos de Pelotas de 2004. As quedas foram os acidentes mais relatados nos períodos de 0-12, 12-24 e 24-48 meses de idade, seguidas dos cortes e queimaduras. Os meninos sofreram mais quedas e cortes do que as meninas nos dois primeiros anos de vida. No segundo ano de vida, a incidência de quedas e queimaduras praticamente triplicou e a de cortes dobrou, em comparação ao primeiro ano, em ambos os sexos. As queimaduras ocorreram com igual frequência entre meninas e meninos nos três períodos de idade analisados. A associação entre depressão materna e incidência de acidentes na infância foi também explorada. A incidência de acidentes entre 24-48 meses de idade foi maior entre crianças filhas de mães com sintomas depressivos na gestação e aos 12 e 24 meses, em comparação às crianças de mães que não apresentaram sintomas em nenhuma das três ocasiões. Na análise ajustada, a razão de taxas de incidência entre meninas filhas de mães com sintomas depressivos na gestação e Escala de Depressão deEdimburgo (EPDS) ≥ 13 aos 12 e 24 meses foi de 1,37 (1,12-1,58); e, entre os meninos, de 1,16 (1,01-1,34). Como conclusão, esta tese encontrou altas taxas de quedas, cortes e queimaduras até os quatro anos de idade, sendo estas mais elevadas entre os meninos e entre meninas filhas de mães deprimidas.Accidents represent a global health problem and are the leading cause of death in children and young adults in almost all countries over the world. Most childhood accidents are unintentional and include traffic accidents, falls, burns, drownings and intoxications, that may cause temporary physical incapacity or more severe and permanent sequelae, even death. The identification of risk factors, according to the stage of development of the child and behaviors according to the period of age, are important for the formulation of prevention programs directed to each age group. Low socioeconomic status, inadequate supervision, family stress and inadequate housing conditions are recognized predisposing factors to childhood accidents. Characteristics of the child's personality, such as hyperactivity, aggressiveness, impulsivity and distraction also influence the occurrence of accidents. The objective of this thesis was to evaluate the occurrence of falls, cuts and burns in children from birth up to four years of age, according to family economic level and maternal age and schooling, among participants of the 2004 Pelotas Birth Cohort. The falls were the most reported accidents in the periods of 0-12, 12-24 and 24-48 months of age, followed by cuts and burns. The boys suffered more falls and cuts than girls in the first two years of life. In the second year of life, the incidence of falls and burns practically tripled, while incidence of cuts doubled compared to the first year in both sexes. Burns occurred with the same frequency between girls and boys in the three age periods analyzed. The association between maternal depression and the incidence of childhood accidents was also assessed. The incidence of accidents between 24-48 months of age was higher among children of mothers with depressive symptoms during pregnancy, at 12 and 24 months of children's age, compared to children of mothers who had no depressive symptoms at any of the three occasions. Among daughters of mothers with depressive symptoms in pregnancy and scoring ≥ 13 in the Edinburgh Depression Scale (EPDS) at 12 and 24 months after the delivery, the adjusted incidence rates ratio (IRR) was 1.37 (1.12-1.58); among boys the IRR was 1.16 (1.01-1.34). In conclusion, this study found high rates of falls, cuts and burns during the first four years of life in children belonging to the 2004 Pelotas Birth Cohort, being higher among boys. Maternaldepression is associated with higher incidence of accidents between 24 and 48 months of age, in both sexes, and the risk seems to be higher among girls.Los accidentes representan un problema de salud mundial y son la principal causa de muerte en niños y adultos jóvenes en casi todos los países. La mayoría de los accidentes infantiles son involuntarios e incluyen accidentes de tráfico, caídas, quemaduras, ahogamientos e intoxicaciones, que van desde una discapacidad física temporal hasta consecuencias más graves y permanentes o incluso la muerte. La identificación de los factores de riesgo, según la etapa de desarrollo del niño y los hábitos de comportamiento comunes a ese período de edad, es importante para formular programas de prevención dirigidos a cada grupo de edad. Se reconoce que el bajo nivel socioeconómico, la supervisión inadecuada, el estrés familiar y las condiciones de vivienda inadecuadas son factores predisponentes a los accidentes en la infancia. Las características de la personalidad de los niños, como la hiperactividad, la agresividad, la impulsividad y la distracción, también influyen en la aparición de accidentes. Por lo tanto, esta tesis tuvo como objetivo evaluar la ocurrencia de caídas, cortes y quemaduras hasta los cuatro años de edad, según el nivel económico familiar y la edad y educación materna, entre los niños de la Cohorte de Nacimiento de Pelotas 2004. Los accidentes más reportados en los períodos de 0-12, 12-24 y 24-48 meses de edad, seguidos de cortes y quemaduras. Los niños sufrieron más caídas y cortes que las niñas durante los primeros dos años de vida. En el segundo año de vida, la incidencia de caídas y quemaduras prácticamente se triplicó y la incidencia de cortes se duplicó, en comparación con el primer año, en ambos sexos. Las quemaduras ocurrieron con igual frecuencia entre niñas y niños en los tres periodos de edad analizados. También se exploró la asociación entre la depresión materna y la incidencia de accidentes infantiles. La incidencia de accidentes entre los 24 y 48 meses de edad fue mayor entre los hijos de madres con síntomas depresivos durante el embarazo y a los 12 y 24 meses, en comparación con los hijos de madres que no presentaron síntomas en ninguna de las tres ocasiones. En el análisis ajustado, la razón de tasas de incidencia entre niñas nacidas de madres con síntomas depresivos durante el embarazo y una Escala de Depresión de Edimburgo (EPDS) ≥ 13 a los 12 y 24 meses fue de 1,37 (1,12-1,58); y, entre los chicos, 1,16 (1,01-1,34). En conclusión, esta tesis encontró altos índices de caídas, cortes y quemaduras hasta los cuatro años de edad, siendo estos mayores entre niños y niñas nacidos de madres deprimidas.Les accidents représentent un problème de santé mondial et sont la principale cause de décès chez les enfants et les jeunes adultes dans presque tous les pays. La majorité des accidents infantiles sont involontaires et comprennent les accidents de la route, les chutes, les brûlures, les noyades et les empoisonnements, qui vont d'une incapacité physique temporaire à des conséquences plus graves et permanentes, voire la mort. L'identification des facteurs de risque, en fonction du stade de développement de l'enfant et des habitudes comportementales communes à cette tranche d'âge, est importante pour formuler des programmes de prévention destinés à chaque tranche d'âge. Un faible statut socio-économique, une surveillance inadéquate, le stress familial et des conditions de logement inappropriées sont des facteurs prédisposants reconnus aux accidents pendant l’enfance. Les caractéristiques de la personnalité des enfants, telles que l'hyperactivité, l'agressivité, l'impulsivité et la distraction, influencent également la survenue d'accidents. Cette thèse visait donc à évaluer la fréquence des chutes, coupures et brûlures jusqu'à l'âge de quatre ans, en fonction du niveau économique de la famille, de l'âge et de l'éducation de la mère, parmi les enfants de la cohorte de naissance Pelotas 2004. Les accidents les plus signalés au cours des périodes âgés de 0 à 12, 12 à 24 et 24 à 48 mois, suivis de coupures et de brûlures. Les garçons ont subi plus de chutes et de coupures que les filles au cours des deux premières années de leur vie. Au cours de la deuxième année de vie, l'incidence des chutes et des brûlures a pratiquement triplé et l'incidence des coupures a doublé par rapport à la première année, chez les deux sexes. Les brûlures sont survenues avec la même fréquence chez les filles et les garçons dans les trois tranches d'âge analysées. L'association entre la dépression maternelle et l'incidence des accidents durant l'enfance a également été étudiée. L'incidence des accidents entre 24 et 48 mois était plus élevée chez les enfants dont les mères présentaient des symptômes dépressifs pendant la grossesse et entre 12 et 24 mois, par rapport aux enfants dont les mères ne présentaient aucun symptôme à aucune des trois occasions. Dans l'analyse ajustée, le rapport du taux d'incidence chez les filles nées de mères présentant des symptômes dépressifs pendant la grossesse et une échelle de dépression d'Édimbourg (EPDS) ≥ 13 à 12 et 24 mois était de 1,37 (1,12-1,58) ; et, parmi les garçons, 1,16 (1,01-1,34). En conclusion, cette thèse a constaté des taux élevés de chutes, de coupures et de brûlures jusqu'à l'âge de quatre ans, ceux-ci étant plus élevés chez les garçons et les filles nés de mères déprimées.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESporUniversidade Federal de PelotasPrograma de Pós-Graduação em EpidemiologiaUFPelBrasilCC BY-NC-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessCIENCIAS DA SAUDEMEDICINAEPIDEMIOLOGIAEpidemiologiaCriançasAcidentesCoorteEpidemiologyKidsAcccidentalsCohortEpidemiologíaNiñosAccidentesCohorteEpidémiologieEnfantsLes accidentsCohorteAcidentes entre crianças de 0 a 4 anos de idade da Coorte de Nascimentos de Pelotas de 2004.Accidents among children aged 0 to 4 years old - The 2004 Pelotas Birth Cohort.Accidentes entre niños de 0 a 4 años de la cohorte de nacimiento de Pelotas de 2004.Accidents chez les enfants âgés de 0 à 4 ans de la cohorte de naissance Pelotas 2004.info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesishttp://lattes.cnpq.br/6425174068839470https://orcid.org/0000-0003-1258-9249http://lattes.cnpq.br/5322486498575710Santos, Iná da Silva dosBarcelos, Raquel Siqueirareponame:Repositório Institucional da UFPel - Guaiacainstname:Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)instacron:UFPELORIGINALTese Raquel Siqueira Barcelos.pdfTese Raquel Siqueira Barcelos.pdfTese apresentada ao Programa de Pós-graduação em Epidemiologia da Universidade Federal de Pelotas, como requisito parcial para a obtenção do título de Doutor em Epidemiologia.application/pdf3066399http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/10600/1/Tese%20Raquel%20Siqueira%20Barcelos.pdfb950f1ce0e747c04a0b91b7e910691ddMD51open accessLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; 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