Influência da coluna total de ozônio na variabilidade da radiação ultravioleta sobre o sul da América do Sul

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Nunes, Mateus Dias
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPel - Guaiaca
Texto Completo: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/4284
Resumo: O ozônio (O3) representa muito menos de 1% dos gases da atmosfera terrestre, entretanto é indispensável para a vida na Terra, pois absorve Radiação Ultravioleta do tipo B (UV-B), que é prejudicial para a saúde de seres vivos. A região tropical é a maior produtora de ozônio estratosférico, entretanto devido à circulação Brewer-Dobson a região apresenta baixos valores de Coluna Total de Ozônio, os quais podem se estender para maiores latitudes. O objetivo geral deste trabalho é investigar a influência da Coluna Total de Ozônio (CTO) sobre a variabilidade da Radiação Ultravioleta (RUV) sobre o sul da América do Sul no período de dezembro de 2004 a novembro de 2014, utilizando dados diários de RUV e CTO do sensor Ozone Monitoring Instrument (OMI) da NASA. Através de análises estatísticas como correlação linear, Análise de Componentes Principais (ACP) analisou-se relação entre as variáveis de CTO e Índice Ultravioleta (I-UV) não sendo percebida nenhuma característica específica tanto meridionalmente como sazonalmente, não evidenciando exclusiva influência/dependência entre as variáveis, quando o coeficiente de correlação linear apresentou valores máximos próximos a 0,5 (50%). O primeiro padrão da ACP mostrou que os meses que possuem forte correlação direta ocorrem nos trimestres Junho-Julho-Agosto (JJA) e Setembro-Outubro- Novembro (SON). A regressão apresentou uma maior dependência/resposta da influência da CTO na RUV no trimestre Dezembro-Janeiro-Fevereiro (DJF) chegando a valores maiores que 0,8. No ano de 2005 as anomalias padronizadas apresentaram em DJF e Março-Abril-Maio (MAM), com valores positivos chegando até 3,0 desvios padrões na região sul do Brasil. As análises dos casos estudados comprovaram que apenas os baixos níveis de ozônio não são determinantes para os altos valores de RUV. A presença de bandas de nebulosidade foi um possível fator determinante para o não registro de elevados valores de RUV. Observou-se que tanto mensalmente quando sazonalmente o P95 da Radiação Ultravioleta apresenta valores mais elevados nos meses mais quentes do que nos meses mais frios.
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spelling 2019-03-29T18:05:33Z2019-03-29T18:05:33Z2017-02-20NUNES, Mateus Dias. Influência da coluna total de ozônio na variabilidade da radiação ultravioletasobre o sul da América do Sul.2017. 110f. Dissertação (Mestrado) - Programa de Pós - graduação em Meteorologia. Universidade Federal de Pelotas, Pelotas.http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/4284O ozônio (O3) representa muito menos de 1% dos gases da atmosfera terrestre, entretanto é indispensável para a vida na Terra, pois absorve Radiação Ultravioleta do tipo B (UV-B), que é prejudicial para a saúde de seres vivos. A região tropical é a maior produtora de ozônio estratosférico, entretanto devido à circulação Brewer-Dobson a região apresenta baixos valores de Coluna Total de Ozônio, os quais podem se estender para maiores latitudes. O objetivo geral deste trabalho é investigar a influência da Coluna Total de Ozônio (CTO) sobre a variabilidade da Radiação Ultravioleta (RUV) sobre o sul da América do Sul no período de dezembro de 2004 a novembro de 2014, utilizando dados diários de RUV e CTO do sensor Ozone Monitoring Instrument (OMI) da NASA. Através de análises estatísticas como correlação linear, Análise de Componentes Principais (ACP) analisou-se relação entre as variáveis de CTO e Índice Ultravioleta (I-UV) não sendo percebida nenhuma característica específica tanto meridionalmente como sazonalmente, não evidenciando exclusiva influência/dependência entre as variáveis, quando o coeficiente de correlação linear apresentou valores máximos próximos a 0,5 (50%). O primeiro padrão da ACP mostrou que os meses que possuem forte correlação direta ocorrem nos trimestres Junho-Julho-Agosto (JJA) e Setembro-Outubro- Novembro (SON). A regressão apresentou uma maior dependência/resposta da influência da CTO na RUV no trimestre Dezembro-Janeiro-Fevereiro (DJF) chegando a valores maiores que 0,8. No ano de 2005 as anomalias padronizadas apresentaram em DJF e Março-Abril-Maio (MAM), com valores positivos chegando até 3,0 desvios padrões na região sul do Brasil. As análises dos casos estudados comprovaram que apenas os baixos níveis de ozônio não são determinantes para os altos valores de RUV. A presença de bandas de nebulosidade foi um possível fator determinante para o não registro de elevados valores de RUV. Observou-se que tanto mensalmente quando sazonalmente o P95 da Radiação Ultravioleta apresenta valores mais elevados nos meses mais quentes do que nos meses mais frios.Ozone (O3) is much less than 1% of the gases in the Earth's atmosphere; however, it is essential to life on Earth, because it absorbs ultraviolet radiation of the type B (UVB), which is harmful to the health of living beings. The tropical region is the largest producer of stratospheric ozone; however, due to the Brewer-Dobson circulation, this region has low values of ozone total column, which can be extended to higher latitudes. The overall goal of this study is to investigate the influence of the Ozone Total Column (CTO) depletion on the variability of the solar Ultraviolet Radiation (UVR) on the south of South America in the period from December 2004 to November 2014, using daily data of UVR and CTO depletion from the sensor Ozone Monitoring Instrument (OMI) from NASA. The relationship between the variables of the global ozone column and the Ultraviolet Index (I-UV) did not show any specific characteristics both meridional and seasonally, showing no influence / dependence between the variables, when the linear correlation coefficient presented values close to 0,5 (50%). The first pattern of PC (Principal component) showed that the months that have strong direct correlation occur in the quarters June-July-August (JJA) and September-October-November (SON). The linear regression showed a greater dependence from the influence of the CTO in UVR in the quarter December-January- February (DJF) reaching values higher than 0,8. In the year 2005 the anomalies were standardized in DJF and March-April-May (MAM) positive values reaching up to 3,0 standard deviations in the southern region of Brazil. The cases of significant depletion of the CTO layer have proven that only low levels of ozone are not determinant for the high values of UVR. The presence of bands of cloudiness was a possible factor for non-registration of high values of UVR. It was observed that both monthly and seasonally the P95 of ultraviolet radiation has higher values in the warmer months than in the colder months.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESporUniversidade Federal de PelotasPrograma de Pós-Graduação em MeteorologiaUFPelBrasilFaculdade de MeteorologiaCNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::GEOCIENCIAS::METEOROLOGIAMeteorologiaRadiação solarDose eritêmica diáriaSensor OMIOzônioMeteorologySolar RadiationDaily Erythemal DoseInfluência da coluna total de ozônio na variabilidade da radiação ultravioleta sobre o sul da América do SulInfluence of ozone total column in ultraviolet radiation variability over southern South Americainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://lattes.cnpq.br/7658435188541210http://lattes.cnpq.br/8988917874828201Alonso, Marcelo Félixhttp://lattes.cnpq.br/0480439997738726Mariano, Glauber LopesNunes, Mateus Diasinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFPel - Guaiacainstname:Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)instacron:UFPELTEXTdissertacao_mateus_dias_nunes.pdf.txtdissertacao_mateus_dias_nunes.pdf.txtExtracted texttext/plain160735http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/4284/6/dissertacao_mateus_dias_nunes.pdf.txt040fba711d421e7ece3aae0a2e4b6e23MD56open accessTHUMBNAILdissertacao_mateus_dias_nunes.pdf.jpgdissertacao_mateus_dias_nunes.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1252http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/4284/7/dissertacao_mateus_dias_nunes.pdf.jpg761ebd6fd188f90fc9844b41c0f1efaaMD57open accessORIGINALdissertacao_mateus_dias_nunes.pdfdissertacao_mateus_dias_nunes.pdfapplication/pdf6715585http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/4284/1/dissertacao_mateus_dias_nunes.pdf9bca0680b59d1fec1f7a8f90513233cdMD51open accessCC-LICENSElicense_urllicense_urltext/plain; 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