A precarização das práticas de inclusão na escola regular e os deslocamentos operados nos atuais discursos da inclusão escolar

• Autor(a) principal: Corrêa, Camila Bottero
• Data de Publicação: 2023
• Outros Autores: Hypolito, Álvaro Luiz Moreira
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFPel - Guaiaca
• Texto Completo: http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/12127
• topic: Inclusão escolar; Precarização

doutorado em desenvolvimento no Programa de Pós-Graduação em Educação – PPGE/UFPEL, na linha de pesquisa “Curriculo, profissionalização e trabalho docente”. Ao tratar sobre a temática da inclusão escolar, o projeto tem por objetivo compreender como a partir de determinadas relações de poder-saber se constituem os deslocamentos operados nos discursos atuais da inclusão escolar e os efeitos que produzem na subjetividade docente. A partir da necessidade de atualização da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (PNEEPEI-2008), divulgada pelo MEC, em junho de 2018, muitos discursos sobre a temática da inclusão escolar têm-se proliferado, buscando garanti-la, sendo importante problematizá-los. Estes discursos proliferaram-se em propostas que buscam atualizar a política de educação especial no Brasil e em audiências públicas. Ao olhar para estes discursos é possível perceber que deslocamentos vão sendo operados com relação aos entendimentos sobre a inclusão escolar em uma arena de disputa entre diferentes atores sociais. Se a partir da instituição da PNEEPEI-2008 a inclusão passa a funcionar como um imperativo de Estado com o objetivo de desenvolver estratégias de inclusão, a fim de garantir o acesso e a permanência dos sujeitos com deficiência na escola regular, a partir da necessidade de sua atualização, é possível identificar deslocamentos relacionados ao modo de olhar para a noção de direito à educação das pessoas com deficiência, bem como para as práticas e os espaços escolares em que elas estão inseridas. Ao que parece, estes deslocamentos fragilizam o imperativo da inclusão ao darem ênfase à possibilidade da exclusão desses sujeitos da escola regular e a práticas segregadoras.