Não tivemos outro jeito: ou morríamos ou nos defendíamos, uma análise acerca da Batalha do Irani (1912).

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Kunrath, Gabriel Carvalho
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPel - Guaiaca
Texto Completo: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/6913
Resumo: A presente dissertação propõe-se a examinar a batalha que marca o início da Guerra do Contestado, ocorrida em uma região que vinha sendo alvo de disputas por jurisdição entre os estados do Paraná e de Santa Catarina, sendo em virtude disso chamada de “região Contestada”. Entre os anos de 1912 e 1916 essa região, que atualmente corresponde ao meio oeste catarinense, foi palco de um conflito armado que opôs muitos sertanejos e membros das forças militares estaduais e federais, tornando-se um importante evento da história do Brasil. Seu marco inicial remonta ao episódio ocorrido no início da manhã do dia 22 de outubro de 1912, quando uma parcela das tropas do Regimento de Segurança do Estado do Paraná, lideradas por seu comandante, coronel João Gualberto Gomes de Sá, entrou em confronto com uma liderança religiosa popular, o monge José Maria, e alguns moradores locais que o seguiam. Esse encontro ocorreu no Banhado Grande, região de Irani, até então pertencente ao estado do Paraná. Por tratar-se de um dos primeiros episódios da Guerra do Contestado, a Batalha do Irani vem sendo mencionada na historiografia de variadas formas, não se constituindo como um objeto novo de estudo. Contudo, é justamente essa profusão de versões sobre a Batalha que torna necessário revisitá-la. Ao realizar uma revisão historiográfica, verifica-se que as diferentes versões sobre a Batalha do Irani foram constituídas entre repetições, permanências e alguns avanços. Assim sendo, partindo das concepções da micro-história e buscando um uso intensivo de fontes, através da análise de processos crime e militar, jornais paranaenses e catarinenses, telegramas, fotografias da época e tantas outras fontes, busca-se compreender esse episódio da Guerra não como um evento isolado, mas como uma resposta dos sertanejos da região e dos coronéis locais frente às transformações sociais e culturais, sobretudo aquelas que aconteciam no interior dos Estados de Santa Catarina e do Paraná. Para isso, propõe-se uma nova narrativa sobre os acontecimentos que envolvem a Batalha do Irani, averiguando qual teria sido o papel da imprensa no evento, investigando como a inserção capitalista, através das empresas estrangeiras nos sertões dos Estados do Paraná e de Santa Catarina, está relacionada com os acontecimentos do dia 22 de outubro de 1912, bem como analisando a trajetória de alguns personagens envolvidos para melhor compreender esse episódio. Desta forma, pode-se perceber que a Batalha do Irani foi muito além da troca de tiros e do entrevero estabelecido naquela manhã no Banhado Grande. Ao longo da construção desse trabalho, percebeu-se que não há como desassociar da ocorrência desse evento o quadro de possibilidades e ambições presentes na atuação dos principais agentes envolvidos, levando em conta suas redes de relações sociais, pessoais e políticas.
id UFPL_73cff72ad2dbb7f50864c3f957db353e
oai_identifier_str oai:guaiaca.ufpel.edu.br:prefix/6913
network_acronym_str UFPL
network_name_str Repositório Institucional da UFPel - Guaiaca
repository_id_str
spelling 2021-01-26T23:47:24Z2021-01-262021-01-26T23:47:24Z2020-04-22KUNRATH, Gabriel Carvalho. Não tivemos outro jeito: ou morríamos ou nos defendíamos, uma análise acerca da Batalha do Irani (1912). 2020. 172 f. Dissertação (Mestrado em História) – Programa de Pós-Graduação em História, Instituto de Ciências Humanas, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, 2020.http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/6913A presente dissertação propõe-se a examinar a batalha que marca o início da Guerra do Contestado, ocorrida em uma região que vinha sendo alvo de disputas por jurisdição entre os estados do Paraná e de Santa Catarina, sendo em virtude disso chamada de “região Contestada”. Entre os anos de 1912 e 1916 essa região, que atualmente corresponde ao meio oeste catarinense, foi palco de um conflito armado que opôs muitos sertanejos e membros das forças militares estaduais e federais, tornando-se um importante evento da história do Brasil. Seu marco inicial remonta ao episódio ocorrido no início da manhã do dia 22 de outubro de 1912, quando uma parcela das tropas do Regimento de Segurança do Estado do Paraná, lideradas por seu comandante, coronel João Gualberto Gomes de Sá, entrou em confronto com uma liderança religiosa popular, o monge José Maria, e alguns moradores locais que o seguiam. Esse encontro ocorreu no Banhado Grande, região de Irani, até então pertencente ao estado do Paraná. Por tratar-se de um dos primeiros episódios da Guerra do Contestado, a Batalha do Irani vem sendo mencionada na historiografia de variadas formas, não se constituindo como um objeto novo de estudo. Contudo, é justamente essa profusão de versões sobre a Batalha que torna necessário revisitá-la. Ao realizar uma revisão historiográfica, verifica-se que as diferentes versões sobre a Batalha do Irani foram constituídas entre repetições, permanências e alguns avanços. Assim sendo, partindo das concepções da micro-história e buscando um uso intensivo de fontes, através da análise de processos crime e militar, jornais paranaenses e catarinenses, telegramas, fotografias da época e tantas outras fontes, busca-se compreender esse episódio da Guerra não como um evento isolado, mas como uma resposta dos sertanejos da região e dos coronéis locais frente às transformações sociais e culturais, sobretudo aquelas que aconteciam no interior dos Estados de Santa Catarina e do Paraná. Para isso, propõe-se uma nova narrativa sobre os acontecimentos que envolvem a Batalha do Irani, averiguando qual teria sido o papel da imprensa no evento, investigando como a inserção capitalista, através das empresas estrangeiras nos sertões dos Estados do Paraná e de Santa Catarina, está relacionada com os acontecimentos do dia 22 de outubro de 1912, bem como analisando a trajetória de alguns personagens envolvidos para melhor compreender esse episódio. Desta forma, pode-se perceber que a Batalha do Irani foi muito além da troca de tiros e do entrevero estabelecido naquela manhã no Banhado Grande. Ao longo da construção desse trabalho, percebeu-se que não há como desassociar da ocorrência desse evento o quadro de possibilidades e ambições presentes na atuação dos principais agentes envolvidos, levando em conta suas redes de relações sociais, pessoais e políticas.The present dissertation proposes to examine the battle that marks the beginning of the Contestado War, that occurred in a region that had been the subject of disputes over jurisdiction between the states of Paraná and Santa Catarina, and as a result of it was called the "Contested Area". Between 1912 and 1916, this region, which currently corresponds to the Midwest of Santa Catarina, experienced an armed conflict that opposed a large number of sertanejos and members of federal and state military forces, becoming an important event in the history of Brazil. Its initial milestone goes back to the episode that occurred in the early morning of October 22, 1912;, when a portion of the troops of the Paraná State Security Regiment, led by its commander, Coronel João Gualberto Gomes de Sá, came into confrontation with a popular religious leadership, the monk José Maria, and some local residents who followed him. This meeting took place in Banhado Grande, region of Irani, until then belonging to the state of Paraná. As it is one of the first episodes of the Contestado War, the Battle of Irani has been mentioned in the historiography in many ways, not constituting itself as a new object of study. However, it is precisely this profusion of versions about the Battle that makes necessary to revisit it. When carrying out a historiographical review, it appears that the different representations about the Battle of Irani were constituted between repetitions, permanences and some advances. Therefore, coming from the conceptions of microhistory and seeking an intensive use of sources, through the analysis of military and crime processes, newspapers from Paraná and Santa Catarina, telegrams, photographs of the time and so many other sources, it is sought to understand this episode of the War not as an isolated event, but as a response from the sertanejos of the region and the ruling local class by facing social and cultural changes, especially those that took place in the interior of the states of Santa Catarina and Paraná. To this end, a new narrative about the events surrounding the Battle of Irani is proposed, investigating what would have been the role of the press in the episode, inquiring how was the capitalist insertion, through foreign companies in the hinterlands of the States of Paraná and Santa Catarina, is related to the events of October 22, 1912, as well as analyzing the trajectory of some characters involved to better understand this episode. Thus, it can be seen that the Battle of Irani went far beyond the exchange of fire and the disorder established that morning in Banhado Grande. Throughout the production of this work, it was noted that there is no way to disassociate the occurrence of this event from the framework of possibilities and ambitions present in the performance of the main agents involved, taking into account their social, personal and political networks.porUniversidade Federal de PelotasPrograma de Pós-Graduação em HistóriaUFPelBrasilInstituto de Ciências HumanasCNPQ::CIENCIAS HUMANAS::HISTORIAMovimentos sociaisCoronelismoPrimeira repúblicaGuerra do ContestadoMicro-históriaSocial movementsFrist republicContestado warBattle of IraniMicrohistoryNão tivemos outro jeito: ou morríamos ou nos defendíamos, uma análise acerca da Batalha do Irani (1912).We had no other way: We either died or defended ourselves, an analysis of the Battle of Irani (1912).info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://lattes.cnpq.br/7161520298451197http://lattes.cnpq.br/4254021430397611Espig, Márcia JaneteKunrath, Gabriel Carvalhoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFPel - Guaiacainstname:Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)instacron:UFPELTEXTDissertacao_Gabriel_Carvalho_Kunrath.pdf.txtDissertacao_Gabriel_Carvalho_Kunrath.pdf.txtExtracted texttext/plain461025http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/6913/6/Dissertacao_Gabriel_Carvalho_Kunrath.pdf.txteaff71f301f265362586bc0a2103121fMD56open accessTHUMBNAILDissertacao_Gabriel_Carvalho_Kunrath.pdf.jpgDissertacao_Gabriel_Carvalho_Kunrath.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1211http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/6913/7/Dissertacao_Gabriel_Carvalho_Kunrath.pdf.jpg6f9a85c3638d3199ddad9c1b1be34b1eMD57open accessORIGINALDissertacao_Gabriel_Carvalho_Kunrath.pdfDissertacao_Gabriel_Carvalho_Kunrath.pdfapplication/pdf2991028http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/6913/1/Dissertacao_Gabriel_Carvalho_Kunrath.pdf6395c2a483f606ac753181a4e6107de7MD51open accessCC-LICENSElicense_urllicense_urltext/plain; charset=utf-849http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/6913/2/license_url4afdbb8c545fd630ea7db775da747b2fMD52open accesslicense_textlicense_texttext/html; charset=utf-80http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/6913/3/license_textd41d8cd98f00b204e9800998ecf8427eMD53open accesslicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-80http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/6913/4/license_rdfd41d8cd98f00b204e9800998ecf8427eMD54open accessLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81866http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/6913/5/license.txt43cd690d6a359e86c1fe3d5b7cba0c9bMD55open accessprefix/69132023-07-13 03:42:01.193open accessoai:guaiaca.ufpel.edu.br:prefix/6913TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqiAobyBhdXRvciAoZXMpIG91IG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIApJbnN0aXR1Y2lvbmFsIG8gZGlyZWl0byBuw6NvLWV4Y2x1c2l2byBkZSByZXByb2R1emlyLCAgdHJhZHV6aXIgKGNvbmZvcm1lIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIApzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIApmb3JtYXRvcyDDoXVkaW8gb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIG8gRGVwb3NpdGEgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZcO6ZG8sIHRyYW5zcG9yIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIHF1YWxxdWVyIG1laW8gb3UgZm9ybWF0byAKcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIERlcG9zaXRhIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrLXVwIAplIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9jw6ogdGVtIG8gcG9kZXIgZGUgY29uY2VkZXIgb3MgZGlyZWl0b3MgY29udGlkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EuIApWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgCmRlIG5pbmd1w6ltLgoKQ2FzbyBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY8OqIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgCm9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3PDo28gaXJyZXN0cml0YSBkbyBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciBhbyBEZXBvc2l0YSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgCm5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIApvdSBubyBjb250ZcO6ZG8gZGEgcHVibGljYcOnw6NvIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0HDh8ODTyBPUkEgREVQT1NJVEFEQSBURU5IQSBTSURPIFJFU1VMVEFETyBERSBVTSBQQVRST0PDjU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfDik5DSUEgREUgRk9NRU5UTyBPVSBPVVRSTyAKT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgCkVYSUdJREFTIFBPUiBDT05UUkFUTyBPVSBBQ09SRE8uCgpPIERlcG9zaXRhIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIAphdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.ufpel.edu.br/oai/requestrippel@ufpel.edu.br || repositorio@ufpel.edu.br || aline.batista@ufpel.edu.bropendoar:2023-07-13T06:42:01Repositório Institucional da UFPel - Guaiaca - Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Não tivemos outro jeito: ou morríamos ou nos defendíamos, uma análise acerca da Batalha do Irani (1912).
dc.title.alternative.pt_BR.fl_str_mv We had no other way: We either died or defended ourselves, an analysis of the Battle of Irani (1912).
title Não tivemos outro jeito: ou morríamos ou nos defendíamos, uma análise acerca da Batalha do Irani (1912).
spellingShingle Não tivemos outro jeito: ou morríamos ou nos defendíamos, uma análise acerca da Batalha do Irani (1912).
Kunrath, Gabriel Carvalho
CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::HISTORIA
Movimentos sociais
Coronelismo
Primeira república
Guerra do Contestado
Micro-história
Social movements
Frist republic
Contestado war
Battle of Irani
Microhistory
title_short Não tivemos outro jeito: ou morríamos ou nos defendíamos, uma análise acerca da Batalha do Irani (1912).
title_full Não tivemos outro jeito: ou morríamos ou nos defendíamos, uma análise acerca da Batalha do Irani (1912).
title_fullStr Não tivemos outro jeito: ou morríamos ou nos defendíamos, uma análise acerca da Batalha do Irani (1912).
title_full_unstemmed Não tivemos outro jeito: ou morríamos ou nos defendíamos, uma análise acerca da Batalha do Irani (1912).
title_sort Não tivemos outro jeito: ou morríamos ou nos defendíamos, uma análise acerca da Batalha do Irani (1912).
author Kunrath, Gabriel Carvalho
author_facet Kunrath, Gabriel Carvalho
author_role author
dc.contributor.authorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/7161520298451197
dc.contributor.advisorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/4254021430397611
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Espig, Márcia Janete
dc.contributor.author.fl_str_mv Kunrath, Gabriel Carvalho
contributor_str_mv Espig, Márcia Janete
dc.subject.cnpq.fl_str_mv CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::HISTORIA
topic CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::HISTORIA
Movimentos sociais
Coronelismo
Primeira república
Guerra do Contestado
Micro-história
Social movements
Frist republic
Contestado war
Battle of Irani
Microhistory
dc.subject.por.fl_str_mv Movimentos sociais
Coronelismo
Primeira república
Guerra do Contestado
Micro-história
Social movements
Frist republic
Contestado war
Battle of Irani
Microhistory
description A presente dissertação propõe-se a examinar a batalha que marca o início da Guerra do Contestado, ocorrida em uma região que vinha sendo alvo de disputas por jurisdição entre os estados do Paraná e de Santa Catarina, sendo em virtude disso chamada de “região Contestada”. Entre os anos de 1912 e 1916 essa região, que atualmente corresponde ao meio oeste catarinense, foi palco de um conflito armado que opôs muitos sertanejos e membros das forças militares estaduais e federais, tornando-se um importante evento da história do Brasil. Seu marco inicial remonta ao episódio ocorrido no início da manhã do dia 22 de outubro de 1912, quando uma parcela das tropas do Regimento de Segurança do Estado do Paraná, lideradas por seu comandante, coronel João Gualberto Gomes de Sá, entrou em confronto com uma liderança religiosa popular, o monge José Maria, e alguns moradores locais que o seguiam. Esse encontro ocorreu no Banhado Grande, região de Irani, até então pertencente ao estado do Paraná. Por tratar-se de um dos primeiros episódios da Guerra do Contestado, a Batalha do Irani vem sendo mencionada na historiografia de variadas formas, não se constituindo como um objeto novo de estudo. Contudo, é justamente essa profusão de versões sobre a Batalha que torna necessário revisitá-la. Ao realizar uma revisão historiográfica, verifica-se que as diferentes versões sobre a Batalha do Irani foram constituídas entre repetições, permanências e alguns avanços. Assim sendo, partindo das concepções da micro-história e buscando um uso intensivo de fontes, através da análise de processos crime e militar, jornais paranaenses e catarinenses, telegramas, fotografias da época e tantas outras fontes, busca-se compreender esse episódio da Guerra não como um evento isolado, mas como uma resposta dos sertanejos da região e dos coronéis locais frente às transformações sociais e culturais, sobretudo aquelas que aconteciam no interior dos Estados de Santa Catarina e do Paraná. Para isso, propõe-se uma nova narrativa sobre os acontecimentos que envolvem a Batalha do Irani, averiguando qual teria sido o papel da imprensa no evento, investigando como a inserção capitalista, através das empresas estrangeiras nos sertões dos Estados do Paraná e de Santa Catarina, está relacionada com os acontecimentos do dia 22 de outubro de 1912, bem como analisando a trajetória de alguns personagens envolvidos para melhor compreender esse episódio. Desta forma, pode-se perceber que a Batalha do Irani foi muito além da troca de tiros e do entrevero estabelecido naquela manhã no Banhado Grande. Ao longo da construção desse trabalho, percebeu-se que não há como desassociar da ocorrência desse evento o quadro de possibilidades e ambições presentes na atuação dos principais agentes envolvidos, levando em conta suas redes de relações sociais, pessoais e políticas.
publishDate 2020
dc.date.issued.fl_str_mv 2020-04-22
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2021-01-26T23:47:24Z
dc.date.available.fl_str_mv 2021-01-26
2021-01-26T23:47:24Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv KUNRATH, Gabriel Carvalho. Não tivemos outro jeito: ou morríamos ou nos defendíamos, uma análise acerca da Batalha do Irani (1912). 2020. 172 f. Dissertação (Mestrado em História) – Programa de Pós-Graduação em História, Instituto de Ciências Humanas, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, 2020.
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/6913
identifier_str_mv KUNRATH, Gabriel Carvalho. Não tivemos outro jeito: ou morríamos ou nos defendíamos, uma análise acerca da Batalha do Irani (1912). 2020. 172 f. Dissertação (Mestrado em História) – Programa de Pós-Graduação em História, Instituto de Ciências Humanas, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, 2020.
url http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/6913
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pelotas
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em História
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFPel
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv Instituto de Ciências Humanas
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pelotas
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFPel - Guaiaca
instname:Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)
instacron:UFPEL
instname_str Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)
instacron_str UFPEL
institution UFPEL
reponame_str Repositório Institucional da UFPel - Guaiaca
collection Repositório Institucional da UFPel - Guaiaca
bitstream.url.fl_str_mv http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/6913/6/Dissertacao_Gabriel_Carvalho_Kunrath.pdf.txt
http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/6913/7/Dissertacao_Gabriel_Carvalho_Kunrath.pdf.jpg
http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/6913/1/Dissertacao_Gabriel_Carvalho_Kunrath.pdf
http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/6913/2/license_url
http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/6913/3/license_text
http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/6913/4/license_rdf
http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/6913/5/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv eaff71f301f265362586bc0a2103121f
6f9a85c3638d3199ddad9c1b1be34b1e
6395c2a483f606ac753181a4e6107de7
4afdbb8c545fd630ea7db775da747b2f
d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e
d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e
43cd690d6a359e86c1fe3d5b7cba0c9b
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFPel - Guaiaca - Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)
repository.mail.fl_str_mv rippel@ufpel.edu.br || repositorio@ufpel.edu.br || aline.batista@ufpel.edu.br
_version_ 1813710101617311744