Impacto de um programa de exercícios físicos na saúde de pessoas com epilepsia
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Data de Publicação: | 2020 |
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Resumo: | A epilepsia é uma das doenças neurológicas mais prevalentes na população mundial. Aproximadamente 80% dessas pessoas vivem em países de baixa e média renda. A prática de atividade física ou exercício físico têm sido associada a melhores condições de saúde nessas pessoas. Dessa forma, o objetivo do presente estudo foi verificar os efeitos de um programa estruturado de exercício físico na saúde de pessoas com epilepsia. Para isso, foi realizado um ensaio clinico randomizado e os participantes foram divididos em grupo controle (10 sujeitos mantendo as atividades habituais) e exercício (11 participantes). O grupo exercício realizou 12 semanas de um programa estruturado, individualizado e supervisionado de exercício físico com duração de 60 minutos duas vezes por semana. Cada sessão incluía aquecimento (5 minutos de caminhada), exercício aeróbio (15-25 minutos com intensidade entre 14-17 na escala de Borg), de força (2-3 séries, 10-15 repetições) e 5 minutos de alongamento. Foram avaliados na linha de base e no período pós-intervenção características sociodemográficas, informações clinicas e de saúde (número e frequência de crises, qualidade de vida, efeitos colaterais, depressão, ansiedade, estresse e sono), parâmetros da função cognitiva global (Montreal Cognitive Assessment - MoCA), memoria (teste de digitos) e função executiva (teste de trilhas A & B, Stroop e fluência verbal) e medidas antropométricas (peso, altura, circunferência de cintura e quadril), de força (dinamômetro) e aptidão cardiorrespiratória (VO2max). lém disso, foi utilizado o grupo focal como técnica de coleta dos dados para um estudo qualitativo onde participaram oito sujeitos do grupo exercício. Apenas um participante do grupo exercício não completou o estudo. Houve redução na frequência de crises epilépticas no grupo exercício (p=0,010) sem diferença para o grupo controle (p=0,457). O grupo exercício comparado ao controle melhorou a qualidade de vida (p=0,004), os níveis de estresse (p=0,017), a função executiva (p=0,021) e a aptidão cardiorrespiratória (p=0,017). Ademais, os participantes do grupo exercício relataram aumento do conhecimento da doença, novas atitudes relacionadas ao seu tratamento e à promoção de uma vida saudável. O combate aos estigmas e a emancipação de restrições comumente associadas a epilepsia também se destacaram, a maneira que, identidade de grupo e o apoio profissional em Educação Física incrementaram a motivação para a prática de exercício. O programa estruturado de exercício físico foi capaz de reduzir a frequência das crises epilépticas e melhorar as condições gerais de saúde de pessoas com epilepsia. Ações de saúde pública como locais para ealização de exercícios, acompanhamento profissional multidisciplinar (educador físico, nutricionista, psicólogo, entre outros) podem ser realizadas para reduzir o impacto da doença. O exercício físico é uma alternativa não farmacológica e de baixo custo que pode auxiliar no tratamento de pessoas com epilepsia. |
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2021-07-17T23:05:26Z2021-07-17T23:05:26Z2020-07-09HÄFELE, César Augusto. Impacto de um programa de exercícios físicos na saúde de pessoas com epilepsia. Orientador: Marcelo Cozzensa da Silva. 2020 195 f. Tese (Doutorado em Educação Física) - Escola Superior de Educação Física, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, 2020.http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/7900A epilepsia é uma das doenças neurológicas mais prevalentes na população mundial. Aproximadamente 80% dessas pessoas vivem em países de baixa e média renda. A prática de atividade física ou exercício físico têm sido associada a melhores condições de saúde nessas pessoas. Dessa forma, o objetivo do presente estudo foi verificar os efeitos de um programa estruturado de exercício físico na saúde de pessoas com epilepsia. Para isso, foi realizado um ensaio clinico randomizado e os participantes foram divididos em grupo controle (10 sujeitos mantendo as atividades habituais) e exercício (11 participantes). O grupo exercício realizou 12 semanas de um programa estruturado, individualizado e supervisionado de exercício físico com duração de 60 minutos duas vezes por semana. Cada sessão incluía aquecimento (5 minutos de caminhada), exercício aeróbio (15-25 minutos com intensidade entre 14-17 na escala de Borg), de força (2-3 séries, 10-15 repetições) e 5 minutos de alongamento. 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O exercício físico é uma alternativa não farmacológica e de baixo custo que pode auxiliar no tratamento de pessoas com epilepsia.Epilepsy is one of the most prevalent neurological diseases in the world. Approximately 80% of all people with epilepsy live in low- and middle-income countries. The practice of physical activity or exercise has been associated with better health conditions in these people. Thus, the aim of this study was to verify the effects of a structured physical exercise program on health of people with epilepsy. For this, a randomized control trial was conducted and the participants were divided into control group (10 participants maintain usual activities), and exercise group (11participants). Exercise group received a structured, individually supervised, exercise program with two 60-minute sessions per week. Each session included aerobic (15-25 minutes at 14-17 on Borg scale), strength (2-3 sets, 10-15 repetitions), and 5-minutes active stretches. Sociodemographic characteristics, clinical and health information, memory (Digit Span test), executive function (Trail Making test A and B, Stroop test, Verbal Fluency task), global cognitive function parameters (Montreal Cognitive Assessment - MoCA), anthropometric measurements (weight, height, hip and waist circumferences), cardiorespiratory fitness (VO2max), and strength (dynamometer) were measured at baseline and post 12-week intervention. In adittion, the focus group was used as a data collection technique for a qualitative study, eight subjects participated. Only one participant did not complete the study. There was a reduction in frequency of epileptic seizures in exercise group (p=0,010) with no difference for the control group (p=0,457). Improvement in quality of life (p=0,004), stress levels (p=0,017), executive function (p=0,021) and cardiorespiratory fitness (p=0,017) was found in the exercise group compared to the control. In addition, the participants in the exercise group reported increase knowledge of the disease, new attitudes related to its treatment and the promotion of a healthy life. The fight against stigmas and the emancipation of restrictions commonly associated with epilepsy also stood out, the way that group identity and professional support in physical education increased the motivation to exercise. Structured physical exercise program was able to reduce frequency of epileptic seizures, and improve the general health of people with epilepsy. Public health actions such as places to exercise, multidisciplinary professional monitoring (physical educator, nutritionist, psychologist, among others) can be carried out to reduce the impact of the disease. Physical exercise is a non-pharmacological and low-cost alternative that can assist in the treatment of people with epilepsy.porUniversidade Federal de PelotasPrograma de Pós-Graduação em Educação FísicaUFPelBrasilEscola Superior de Educação FísicaCNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::EDUCACAO FISICACrise epilépticaAtividade motoraQualidade de vidaComportamentoSaúde mentalEpileptic seizureMotor activityQuality of lifeBehaviorMental healthImpacto de um programa de exercícios físicos na saúde de pessoas com epilepsiaImpact of an exercise program on health of people with epilepsyinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesishttp://lattes.cnpq.br/1956634001400889http://lattes.cnpq.br/4104392146993449Rombaldi, Airton JoséHäfele, César Augustoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFPel - Guaiacainstname:Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)instacron:UFPELTEXTTese___CESAR_AUGUSTO_HAFELE.pdf.txtTese___CESAR_AUGUSTO_HAFELE.pdf.txtExtracted texttext/plain276330http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/7900/6/Tese___CESAR_AUGUSTO_HAFELE.pdf.txt8f6fd0597a080a6d7c1b439423177d44MD56open accessTHUMBNAILTese___CESAR_AUGUSTO_HAFELE.pdf.jpgTese___CESAR_AUGUSTO_HAFELE.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1266http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/7900/7/Tese___CESAR_AUGUSTO_HAFELE.pdf.jpg8bd4d6707a782a482bc2e81249e8caaaMD57open accessORIGINALTese___CESAR_AUGUSTO_HAFELE.pdfTese___CESAR_AUGUSTO_HAFELE.pdfapplication/pdf7525108http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/7900/1/Tese___CESAR_AUGUSTO_HAFELE.pdf44160b94d1db6c692730a00d55fe385dMD51open accessCC-LICENSElicense_urllicense_urltext/plain; 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