Relações entre fonologia e ortografia na distinção de sonoridade de consoantes obstruintes na escrita infantil nos primeiros anos de escolarização

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Moraes, Marina Cabreira Rocha de
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPel - Guaiaca
Texto Completo: http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/9878
Resumo: Esta pesquisa descreve e analisa a representação escrita das consoantes obstruintes do português (/p-b, t-d, k-g, f-v, s-z, ʃ-Ʒ/), quanto ao traço de sonoridade, em textos de crianças do 1° ao 3° ano do Ensino Fundamental, estabelecendo relações entre fonologia e ortografia. Foram analisados quanti e qualitativamente 299 textos espontâneos de alunos que estavam cursando do 1º ao 3º ano do Ensino Fundamental de três escolas públicas municipais da cidade de Pelotas/ RS, aqui identificadas como Escolas A, B e C. Esses textos, coletados entre o período de 2014 e 2015, fazem parte do Estrato 7 do acervo Banco de Textos de Aquisição da Linguagem Escrita (BATALE). A descrição e a análise dos dados tiveram como base uma variável dependente e oito independentes, das quais sete se voltaram para a estrutura linguística e uma para um fator extralinguístico: I) ponto de articulação da obstruinte, II) direção da alteração do ponto de articulação, III) modo de articulação da obstruinte, IV) direção da alteração do modo de articulação da obstruinte, V) sílaba da obstruinte quanto ao acento, VI) sílaba da obstruinte quanto à estrutura, VII) sílaba da obstruinte quanto à posição na palavra e VIII) ano escolar da criança. Destacam-se três pontos que os dados revelaram, com relação à representação escrita dos fonemas obstruintes no que se refere ao traço de sonoridade: (a) os acertos superaram os erros, atingindo um índice de 98,94%; (b) houve erros relacionados aos processos fonológicos de sonorização e dessonorização, com uma pequena predominância de erros de dessonorização (1,09%) frente aos dados de sonorização (1,02%); (c) os erros quanto ao registro escrito do traço de sonoridade das obstruintes, ainda que com baixa frequência, fizeram-se presentes nos três primeiros anos de escolarização, embora se mostrassem predominantes no 1°ano nas Escolas A e C. Essa recorrência dos erros evidencia a complexidade do mapeamento, para grafemas, da oposição por sonoridade que há entre os pares de fonemas obstruintes, estando aí a motivação de alterações em ambos os sentidos na representação escrita do traço: sonorização e dessonorização. Seguindo-se Seymour (1997), atribuem-se os erros na grafia relativos ao registro do traço de sonoridade a um problema de acesso ao conhecimento fonológico referente a este tipo de contraste, o que pode ser ainda agravado pela correspondência múltipla entre alguns fonemas e grafemas. Considera-se que os erros decorrem de descompassos no mapeamento entre fonemas e grafemas, o que se explica pela articulação entre módulos cognitivos de processamento ortográfico propostos por Seymour (1997), e decorrem também da complexidade do processamento bottom-up, necessário na aquisição da escrita alfabética, o que exige que a criança lide com fonemas (e traços distintivos) e com grafemas.
id UFPL_8fed64c192e89a31c84ac9df877389c5
oai_identifier_str oai:guaiaca.ufpel.edu.br:prefix/9878
network_acronym_str UFPL
network_name_str Repositório Institucional da UFPel - Guaiaca
repository_id_str
spelling 2023-08-01T22:19:23Z2023-08-012023-08-01T22:19:23Z2022-11-23MORAES, Marina Cabreira Rocha de. Relações entre fonologia e ortografia na distinção de sonoridade de consoantes obstruintes na escrita infantil nos primeiros anos de escolarização. 2022. 171 f. Dissertação (Mestrado) - Programa de Pós-Graduação em Letras, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, 2022.http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/9878Esta pesquisa descreve e analisa a representação escrita das consoantes obstruintes do português (/p-b, t-d, k-g, f-v, s-z, ʃ-Ʒ/), quanto ao traço de sonoridade, em textos de crianças do 1° ao 3° ano do Ensino Fundamental, estabelecendo relações entre fonologia e ortografia. Foram analisados quanti e qualitativamente 299 textos espontâneos de alunos que estavam cursando do 1º ao 3º ano do Ensino Fundamental de três escolas públicas municipais da cidade de Pelotas/ RS, aqui identificadas como Escolas A, B e C. Esses textos, coletados entre o período de 2014 e 2015, fazem parte do Estrato 7 do acervo Banco de Textos de Aquisição da Linguagem Escrita (BATALE). A descrição e a análise dos dados tiveram como base uma variável dependente e oito independentes, das quais sete se voltaram para a estrutura linguística e uma para um fator extralinguístico: I) ponto de articulação da obstruinte, II) direção da alteração do ponto de articulação, III) modo de articulação da obstruinte, IV) direção da alteração do modo de articulação da obstruinte, V) sílaba da obstruinte quanto ao acento, VI) sílaba da obstruinte quanto à estrutura, VII) sílaba da obstruinte quanto à posição na palavra e VIII) ano escolar da criança. Destacam-se três pontos que os dados revelaram, com relação à representação escrita dos fonemas obstruintes no que se refere ao traço de sonoridade: (a) os acertos superaram os erros, atingindo um índice de 98,94%; (b) houve erros relacionados aos processos fonológicos de sonorização e dessonorização, com uma pequena predominância de erros de dessonorização (1,09%) frente aos dados de sonorização (1,02%); (c) os erros quanto ao registro escrito do traço de sonoridade das obstruintes, ainda que com baixa frequência, fizeram-se presentes nos três primeiros anos de escolarização, embora se mostrassem predominantes no 1°ano nas Escolas A e C. Essa recorrência dos erros evidencia a complexidade do mapeamento, para grafemas, da oposição por sonoridade que há entre os pares de fonemas obstruintes, estando aí a motivação de alterações em ambos os sentidos na representação escrita do traço: sonorização e dessonorização. Seguindo-se Seymour (1997), atribuem-se os erros na grafia relativos ao registro do traço de sonoridade a um problema de acesso ao conhecimento fonológico referente a este tipo de contraste, o que pode ser ainda agravado pela correspondência múltipla entre alguns fonemas e grafemas. Considera-se que os erros decorrem de descompassos no mapeamento entre fonemas e grafemas, o que se explica pela articulação entre módulos cognitivos de processamento ortográfico propostos por Seymour (1997), e decorrem também da complexidade do processamento bottom-up, necessário na aquisição da escrita alfabética, o que exige que a criança lide com fonemas (e traços distintivos) e com grafemas.In this research the objective is to describe and analyze the written representation of Portuguese obstruent consonants (/p-b, t-d, k-g, f-v, s-z, ʃ-Ʒ/), in relation to the sonority feature, in texts written by children from the 1st to the 3rd year in Elementary School, establishing relations between phonology and orthography. Quantitatively and qualitatively, were analyzed 299 spontaneous texts from students who were attending the 1st to 3rd year at three municipal public schools in the city of Pelotas/ RS, identified here as Schools A, B and C. The texts, collected during 2014 and 2015, are part of Stratum 7 of the Bank of Written Language Acquisition Texts (BATALE) collection. The description and data analysis were based on a dependent variable and eight independent variables; in seven variables it is possible to see focus on the linguistic structure and in one the focus is on an extralinguistic factor, which are: I) articulation point of the obstruent, II) articulation point alteration direction, III) obstruent articulation way, IV) direction of the change of the obstruent articulation way, V) syllable of the obstruent related to the accent, VI) syllable of the obstruent related to the structure, VII) syllable of the obstruent related to the position in the word, and VIII) school year of the child. Three questions showed by data are pointed out, related to written representation of obstruent phonemes according to the sonority trait: (a) the correct answers surpassed the errors, reaching an index of 98.94%; (b) there were errors related to the voicing and devoicing phonological processes, with a small predominance of devoicing errors (1.09%) compared to voicing data (1.02%); (c) errors related to the written record of the obstruent voicing trait, although with low frequency, were present in the first three years of schooling, although they were predominant in the 1st year in Schools A and C. This errors recurrence shows up the complexity of mapping, for graphemes, the sonority opposition that exists between the pairs of obstruent phonemes, where is located the motivation for changes in both directions in the written representation of the feature: sonorization and devoicing. Following Seymour (1997), errors connected to the sonority feature recording are attributed to a problem of access to phonological knowledge related to this contrast type, which can be further worsened by the multiple correspondence between some phonemes and graphemes. It is considered that errors result from the mapping upset between phonemes and graphemes, which is explained by the articulation between cognitive modules of orthographic processing proposed by Seymour (1997), and also result from the bottom-up processing complexity, necessary in the alphabetic writing acquisition, which makes the child deal with phonemes (and distinctive features) and graphemes.porUniversidade Federal de PelotasPrograma de Pós-Graduação em LetrasUFPelBrasilCC BY-NC-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessLINGUISTICA, LETRAS E ARTESLETRASRepresentação escritaObstruintes do portuguêsSonoridadeFonologiaOrtografiaAlfabetizaçãoWritten representationPortuguese ObstruantsSonorityPhonologySpellingLiteracyRelações entre fonologia e ortografia na distinção de sonoridade de consoantes obstruintes na escrita infantil nos primeiros anos de escolarizaçãoRelations between phonology and orthography in obstruent consonants voicing distinguishing in children's writing in the first years of schooling.info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisMiranda, Ana Ruth MorescoMatzenauer, Carmen Lúcia BarretoMoraes, Marina Cabreira Rocha dereponame:Repositório Institucional da UFPel - Guaiacainstname:Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)instacron:UFPELORIGINALDissertacao_MARINA CABREIRA ROCHA DE MORAES.pdfDissertacao_MARINA CABREIRA ROCHA DE MORAES.pdfapplication/pdf2206457http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/9878/1/Dissertacao_MARINA%20CABREIRA%20ROCHA%20DE%20MORAES.pdf5e26c67a71ea727a4e0bc06fe6feab7bMD51open accessLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81960http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/9878/2/license.txta963c7f783e32dba7010280c7b5ea154MD52open accessTEXTDissertacao_MARINA CABREIRA ROCHA DE MORAES.pdf.txtDissertacao_MARINA CABREIRA ROCHA DE MORAES.pdf.txtExtracted texttext/plain362205http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/9878/3/Dissertacao_MARINA%20CABREIRA%20ROCHA%20DE%20MORAES.pdf.txt66d62a882ab4c4671a587b10152fa603MD53open accessTHUMBNAILDissertacao_MARINA CABREIRA ROCHA DE MORAES.pdf.jpgDissertacao_MARINA CABREIRA ROCHA DE MORAES.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1229http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/9878/4/Dissertacao_MARINA%20CABREIRA%20ROCHA%20DE%20MORAES.pdf.jpg03c5e41f86e8fadfa65900d7c7b3fdd3MD54open accessprefix/98782023-08-11 19:41:45.027open accessoai:guaiaca.ufpel.edu.br:prefix/9878TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkkgLSBDb20gYSBhcHJlc2VudGHDp8OjbyBkZXN0YSBsaWNlbsOnYSwgdm9jw6ogKG8ocykgYXV0b3IoZXMpIG91IG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIApJbnN0aXR1Y2lvbmFsIChSSSkgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgUGVsb3RhcyAoVUZQZWwpIG8gZGlyZWl0byBuw6NvLWV4Y2x1c2l2byBkZSByZXByb2R1emlyLCB0cmFkdXppciAKKGNvbmZvcm1lIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gKGluY2x1aW5kbyBvIHJlc3VtbykgcG9yIHRvZG8gbyBtdW5kbyBubyBmb3JtYXRvIGltcHJlc3NvIAplIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW87CgpJSSAtIFZvY8OqIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJJIGRhIFVGUGVsIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gCnBhcmEgZmlucyBkZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvOwoKSUlJIC0gVm9jw6ogdGFtYsOpbSBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSSSBkYSBVRlBlbCBwb2RlIG1hbnRlciBtYWlzIGRlIHVtYSBjw7NwaWEgZGUgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIGZpbnMgZGUgc2VndXJhbsOnYSwgYmFja3VwIAplIHByZXNlcnZhw6fDo287CgpJViAtIFZvY8OqIGRlY2xhcmEgcXVlIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyDDqSBvcmlnaW5hbCBlIHF1ZSB2b2PDqiB0ZW0gbyBwb2RlciBkZSBjb25jZWRlciBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gClZvY8OqIHRhbWLDqW0gZGVjbGFyYSBxdWUgbyBkZXDDs3NpdG8gZGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgbsOjbyBpbmZyaW5nZSBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyAKZGUgbmluZ3XDqW07CgpWIC0gQ2FzbyBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY8OqIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgCm9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3PDo28gaXJyZXN0cml0YSBkbyBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciBhbyBSSSBkYSBVRlBlbCBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgCm5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIApvdSBubyBjb250ZcO6ZG8gZGEgcHVibGljYcOnw6NvIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhOwoKVkkgLSBDQVNPIEEgUFVCTElDQcOHw4NPIE9SQSBERVBPU0lUQURBIFRFTkhBIFNJRE8gUkVTVUxUQURPIERFIFVNIFBBVFJPQ8ONTklPIE9VIEFQT0lPIERFIFVNQSBBR8OKTkNJQSBERSBGT01FTlRPIE9VCk9VVFJBIE9SR0FOSVpBw4fDg08sIFZPQ8OKIERFQ0xBUkEgUVVFIFJFU1BFSVRPVSBUT0RPUyBFIFFVQUlTUVVFUiBESVJFSVRPUyBERSBSRVZJU8ODTyBDT01PIFRBTULDiU0gQVMgREVNQUlTIE9CUklHQcOHw5VFUyAKRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETzsKClZJSSAtIE8gUkkgZGEgVUZQZWwgc2UgY29tcHJvbWV0ZSBhIGlkZW50aWZpY2FyIGNsYXJhbWVudGUgbyBzZXUgbm9tZSBvdSBvKHMpIG5vbWUocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyAKYXV0b3JhaXMgZGEgcHVibGljYcOnw6NvLCBlIG7Do28gZmFyw6EgcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJhw6fDo28sIGFsw6ltIGRhcXVlbGFzIGNvbmNlZGlkYXMgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EuCg==Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.ufpel.edu.br/oai/requestrippel@ufpel.edu.br || repositorio@ufpel.edu.br || aline.batista@ufpel.edu.bropendoar:2023-08-11T22:41:45Repositório Institucional da UFPel - Guaiaca - Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Relações entre fonologia e ortografia na distinção de sonoridade de consoantes obstruintes na escrita infantil nos primeiros anos de escolarização
dc.title.alternative.pt_BR.fl_str_mv Relations between phonology and orthography in obstruent consonants voicing distinguishing in children's writing in the first years of schooling.
title Relações entre fonologia e ortografia na distinção de sonoridade de consoantes obstruintes na escrita infantil nos primeiros anos de escolarização
spellingShingle Relações entre fonologia e ortografia na distinção de sonoridade de consoantes obstruintes na escrita infantil nos primeiros anos de escolarização
Moraes, Marina Cabreira Rocha de
LINGUISTICA, LETRAS E ARTES
Representação escrita
Obstruintes do português
Sonoridade
Fonologia
Ortografia
Alfabetização
Written representation
Portuguese Obstruants
Sonority
Phonology
Spelling
Literacy
LETRAS
title_short Relações entre fonologia e ortografia na distinção de sonoridade de consoantes obstruintes na escrita infantil nos primeiros anos de escolarização
title_full Relações entre fonologia e ortografia na distinção de sonoridade de consoantes obstruintes na escrita infantil nos primeiros anos de escolarização
title_fullStr Relações entre fonologia e ortografia na distinção de sonoridade de consoantes obstruintes na escrita infantil nos primeiros anos de escolarização
title_full_unstemmed Relações entre fonologia e ortografia na distinção de sonoridade de consoantes obstruintes na escrita infantil nos primeiros anos de escolarização
title_sort Relações entre fonologia e ortografia na distinção de sonoridade de consoantes obstruintes na escrita infantil nos primeiros anos de escolarização
author Moraes, Marina Cabreira Rocha de
author_facet Moraes, Marina Cabreira Rocha de
author_role author
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv Miranda, Ana Ruth Moresco
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Matzenauer, Carmen Lúcia Barreto
dc.contributor.author.fl_str_mv Moraes, Marina Cabreira Rocha de
contributor_str_mv Miranda, Ana Ruth Moresco
Matzenauer, Carmen Lúcia Barreto
dc.subject.cnpq.fl_str_mv LINGUISTICA, LETRAS E ARTES
topic LINGUISTICA, LETRAS E ARTES
Representação escrita
Obstruintes do português
Sonoridade
Fonologia
Ortografia
Alfabetização
Written representation
Portuguese Obstruants
Sonority
Phonology
Spelling
Literacy
LETRAS
dc.subject.por.fl_str_mv Representação escrita
Obstruintes do português
Sonoridade
Fonologia
Ortografia
Alfabetização
Written representation
Portuguese Obstruants
Sonority
Phonology
Spelling
Literacy
dc.subject.cnpq1.pt_BR.fl_str_mv LETRAS
description Esta pesquisa descreve e analisa a representação escrita das consoantes obstruintes do português (/p-b, t-d, k-g, f-v, s-z, ʃ-Ʒ/), quanto ao traço de sonoridade, em textos de crianças do 1° ao 3° ano do Ensino Fundamental, estabelecendo relações entre fonologia e ortografia. Foram analisados quanti e qualitativamente 299 textos espontâneos de alunos que estavam cursando do 1º ao 3º ano do Ensino Fundamental de três escolas públicas municipais da cidade de Pelotas/ RS, aqui identificadas como Escolas A, B e C. Esses textos, coletados entre o período de 2014 e 2015, fazem parte do Estrato 7 do acervo Banco de Textos de Aquisição da Linguagem Escrita (BATALE). A descrição e a análise dos dados tiveram como base uma variável dependente e oito independentes, das quais sete se voltaram para a estrutura linguística e uma para um fator extralinguístico: I) ponto de articulação da obstruinte, II) direção da alteração do ponto de articulação, III) modo de articulação da obstruinte, IV) direção da alteração do modo de articulação da obstruinte, V) sílaba da obstruinte quanto ao acento, VI) sílaba da obstruinte quanto à estrutura, VII) sílaba da obstruinte quanto à posição na palavra e VIII) ano escolar da criança. Destacam-se três pontos que os dados revelaram, com relação à representação escrita dos fonemas obstruintes no que se refere ao traço de sonoridade: (a) os acertos superaram os erros, atingindo um índice de 98,94%; (b) houve erros relacionados aos processos fonológicos de sonorização e dessonorização, com uma pequena predominância de erros de dessonorização (1,09%) frente aos dados de sonorização (1,02%); (c) os erros quanto ao registro escrito do traço de sonoridade das obstruintes, ainda que com baixa frequência, fizeram-se presentes nos três primeiros anos de escolarização, embora se mostrassem predominantes no 1°ano nas Escolas A e C. Essa recorrência dos erros evidencia a complexidade do mapeamento, para grafemas, da oposição por sonoridade que há entre os pares de fonemas obstruintes, estando aí a motivação de alterações em ambos os sentidos na representação escrita do traço: sonorização e dessonorização. Seguindo-se Seymour (1997), atribuem-se os erros na grafia relativos ao registro do traço de sonoridade a um problema de acesso ao conhecimento fonológico referente a este tipo de contraste, o que pode ser ainda agravado pela correspondência múltipla entre alguns fonemas e grafemas. Considera-se que os erros decorrem de descompassos no mapeamento entre fonemas e grafemas, o que se explica pela articulação entre módulos cognitivos de processamento ortográfico propostos por Seymour (1997), e decorrem também da complexidade do processamento bottom-up, necessário na aquisição da escrita alfabética, o que exige que a criança lide com fonemas (e traços distintivos) e com grafemas.
publishDate 2022
dc.date.issued.fl_str_mv 2022-11-23
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2023-08-01T22:19:23Z
dc.date.available.fl_str_mv 2023-08-01
2023-08-01T22:19:23Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv MORAES, Marina Cabreira Rocha de. Relações entre fonologia e ortografia na distinção de sonoridade de consoantes obstruintes na escrita infantil nos primeiros anos de escolarização. 2022. 171 f. Dissertação (Mestrado) - Programa de Pós-Graduação em Letras, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, 2022.
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/9878
identifier_str_mv MORAES, Marina Cabreira Rocha de. Relações entre fonologia e ortografia na distinção de sonoridade de consoantes obstruintes na escrita infantil nos primeiros anos de escolarização. 2022. 171 f. Dissertação (Mestrado) - Programa de Pós-Graduação em Letras, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, 2022.
url http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/9878
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv CC BY-NC-SA
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv CC BY-NC-SA
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pelotas
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Letras
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFPel
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pelotas
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFPel - Guaiaca
instname:Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)
instacron:UFPEL
instname_str Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)
instacron_str UFPEL
institution UFPEL
reponame_str Repositório Institucional da UFPel - Guaiaca
collection Repositório Institucional da UFPel - Guaiaca
bitstream.url.fl_str_mv http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/9878/1/Dissertacao_MARINA%20CABREIRA%20ROCHA%20DE%20MORAES.pdf
http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/9878/2/license.txt
http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/9878/3/Dissertacao_MARINA%20CABREIRA%20ROCHA%20DE%20MORAES.pdf.txt
http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/9878/4/Dissertacao_MARINA%20CABREIRA%20ROCHA%20DE%20MORAES.pdf.jpg
bitstream.checksum.fl_str_mv 5e26c67a71ea727a4e0bc06fe6feab7b
a963c7f783e32dba7010280c7b5ea154
66d62a882ab4c4671a587b10152fa603
03c5e41f86e8fadfa65900d7c7b3fdd3
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFPel - Guaiaca - Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)
repository.mail.fl_str_mv rippel@ufpel.edu.br || repositorio@ufpel.edu.br || aline.batista@ufpel.edu.br
_version_ 1801846937332219904