Composição fenólica e aromática de vinho Syrah produzido com uvas de vinhedos da região São Bento do Sapucaí e Indaiatuba, um novo terroir
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPel - Guaiaca |
Texto Completo: | http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/4523 |
Resumo: | Cada vez mais se busca produzir vinhos de alta qualidade fenólica e aromática e que expressem características únicas, que cativem o consumidor e o fidelizem através de suas notas aromáticas e gustativas, possibilitando a identificação do terroir. É de consenso que a qualidade do vinho está intrinsicamente ligada às características da cultivar, porta-enxerto, local onde a uva é cultivada, do clima, características de solo e processo de elaboração. Pensando nisso, esse trabalho foi conduzido com a variedade Vitis vinífera L. Syrah em duas microrregiões do estado de São Paulo, São Bento do Sapucaí e Indaiatuba, com manejo da videira em sistema de dupla-poda, uma, para a estação chuvosa visando o crescimento vegetativo e, outra, para a estação não chuvosa, aqui denominada de inverno, visando a produção de uva para vinificação. Dessa forma, num primeiro estudo, buscou-se caracterizar as microrregiões estudadas, através de levantamento de dados climáticos, análises de perfil de solo e acompanhamento da maturação da uva. Em um segundo momento, foram produzidos vinhos da cultivar Syrah, nessas duas microrregiões, em duas safras (2013 e 2014) avaliando-os quanto à composição geral, à composição fenólica e perfil aromático. Os vinhos foram analisados com 20 e 32 meses após vinificação, apresentando bons teores de Polifenóis Totais (54,6 a 63,5), com Intensidade de Cor de 3,8 a 4,7 nm, Tonalidade de 0,9 a 1,03 nm. Apresentaram concentrações de Antocianinas totais de 667,35 mg. L-1 a 796,3 mg. L-1, sendo que a fração de antocianinas que se destaca é a malvidina-3 -Oglicosídeo com teores de 315,3 mg. L-1 a 330,2 mg. L-1. Entre os ácidos fenólicos, o destaque foi para o ácido cafeico (28,3 a 32,3 mg. L-1), em ambas as regiões e safras. Os índices de flavan-3-ois, igualmente foram elevados, principalmente para as catequinas, epicatequinas e procianidina B dímero. Também, foram estudados os compostos voláteis desses vinhos, os quais apresentaram um total de 74 compostos aromáticos detectados e identificados. A safra de 2013 é diferenciada da safra de 2014 por um cluster formado por Isoamylacetate, 1-Decanol, Ethylnonanoate, Diethylsuccinate, Cytronellyl formate, β-ianone, Aceticacid, 1-Octen-3-ol, 1-Octanol, [S,R]-2,3-butanediol, 3-Methyl butanoate, 3-ethoxypropanol, 3-Octanol, Butyrolactone, [R,R]-2,3-butanediol, 1-Nonanol. E os vinhos de São Bento do Sapucaí se diferenciam dos de Indaiatuba por cluster formado por 2-methyl-ethyl butanoate, 3-methyl-ethyl butanoate, (E)-3-Hexenyl butenoate, 3-Methyl butanoate, Ethyl 4-octenoate, Ethyl 2-hexenoate, Allocimene, 2,4-Dihydroxyacetophenone, Pentamethylethanol, 3-Octanol, Allocimene, 4-terpineol, Limonene, Butanenitrile, Benzaldehyde, 1-Methyl-3-acetylindole, Acetoin e 5,7-dimethyl-undecane. Os vinhos Syrah das duas microrregiões apresentaram um perfil aromático comum e principal, xii que combina características de vinho jovem (morango, amora, figo, mirtilo, rosa, laranjeira e violeta) e vinhos mais maduros (pimenta, café, tabaco, bacon, couro, especiarias e cogumelos), porém Indaiatuba se destacou por aromas mais adocicados e florais (violeta principalmente), enquanto São Bento do Sapucaí, mostrou aromas mais mentolados e floral com destaque para a rosa como descritor. Pode-se observar que, apesar de manterem uma matriz principal semelhante, os vinhos têm alguns aromas, como cítricos e de ervas (Indaiatuba) e rosa (São Bento do Sapucaí) que podem vir a ser marcadores de terroir. Embora ainda sejam necessários mais estudos sobre esta nova região vitivinícola que vem se estabelecendo através de inversão do ciclo da videira para produção de vinhos finos no sudeste Brasileiro, o estudo das características das regiões de São Bento do Sapucaí e de Indaiatuba, assim como a composição fenólica e aromática desses vinhos, demostraram serem passíveis de produção de vinhos de potencial fenólico para envelhecimento. |
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http://lattes.cnpq.br/7204083091743394http://lattes.cnpq.br/0102364512482073Purgatto, EduardoRombaldi, Cesar ValmorDal’Osto, Marite Carlin2019-06-25T15:03:57Z2019-06-172019-06-25T15:03:57Z2019-03-20DAL’OSTO, C. M. Composição fenólica e aromática de vinho Syrah produzido com uvas de vinhedos da região São Bento do Sapucaí e Indaiatuba, um novo terroir. 2019. 155f. Tese (Doutorado) - Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia Agroindustrial. Universidade Federal de Pelotas, Pelotas.http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/4523Cada vez mais se busca produzir vinhos de alta qualidade fenólica e aromática e que expressem características únicas, que cativem o consumidor e o fidelizem através de suas notas aromáticas e gustativas, possibilitando a identificação do terroir. É de consenso que a qualidade do vinho está intrinsicamente ligada às características da cultivar, porta-enxerto, local onde a uva é cultivada, do clima, características de solo e processo de elaboração. Pensando nisso, esse trabalho foi conduzido com a variedade Vitis vinífera L. Syrah em duas microrregiões do estado de São Paulo, São Bento do Sapucaí e Indaiatuba, com manejo da videira em sistema de dupla-poda, uma, para a estação chuvosa visando o crescimento vegetativo e, outra, para a estação não chuvosa, aqui denominada de inverno, visando a produção de uva para vinificação. Dessa forma, num primeiro estudo, buscou-se caracterizar as microrregiões estudadas, através de levantamento de dados climáticos, análises de perfil de solo e acompanhamento da maturação da uva. Em um segundo momento, foram produzidos vinhos da cultivar Syrah, nessas duas microrregiões, em duas safras (2013 e 2014) avaliando-os quanto à composição geral, à composição fenólica e perfil aromático. Os vinhos foram analisados com 20 e 32 meses após vinificação, apresentando bons teores de Polifenóis Totais (54,6 a 63,5), com Intensidade de Cor de 3,8 a 4,7 nm, Tonalidade de 0,9 a 1,03 nm. 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E os vinhos de São Bento do Sapucaí se diferenciam dos de Indaiatuba por cluster formado por 2-methyl-ethyl butanoate, 3-methyl-ethyl butanoate, (E)-3-Hexenyl butenoate, 3-Methyl butanoate, Ethyl 4-octenoate, Ethyl 2-hexenoate, Allocimene, 2,4-Dihydroxyacetophenone, Pentamethylethanol, 3-Octanol, Allocimene, 4-terpineol, Limonene, Butanenitrile, Benzaldehyde, 1-Methyl-3-acetylindole, Acetoin e 5,7-dimethyl-undecane. Os vinhos Syrah das duas microrregiões apresentaram um perfil aromático comum e principal, xii que combina características de vinho jovem (morango, amora, figo, mirtilo, rosa, laranjeira e violeta) e vinhos mais maduros (pimenta, café, tabaco, bacon, couro, especiarias e cogumelos), porém Indaiatuba se destacou por aromas mais adocicados e florais (violeta principalmente), enquanto São Bento do Sapucaí, mostrou aromas mais mentolados e floral com destaque para a rosa como descritor. Pode-se observar que, apesar de manterem uma matriz principal semelhante, os vinhos têm alguns aromas, como cítricos e de ervas (Indaiatuba) e rosa (São Bento do Sapucaí) que podem vir a ser marcadores de terroir. Embora ainda sejam necessários mais estudos sobre esta nova região vitivinícola que vem se estabelecendo através de inversão do ciclo da videira para produção de vinhos finos no sudeste Brasileiro, o estudo das características das regiões de São Bento do Sapucaí e de Indaiatuba, assim como a composição fenólica e aromática desses vinhos, demostraram serem passíveis de produção de vinhos de potencial fenólico para envelhecimento.Increasingly, it been seek to produce high quality phenolic and aromatic wines that express unique characteristics that captivate consumers and enhance their loyalty through their aromatic and gustatory notes, making it possible to identify its terroir. It is agreed that the quality of the wine is intrinsically linked to the characteristics of the cultivar, rootstock, grape location, climate, soil characteristics and elaboration process. With this in mind, this work was conducted with the Vitis vinifera L. Syrah variety in two microregions of the state of São Paulo, São Bento do Sapucaí and Indaiatuba, with management of the vine in a double pruning system: the rainy season aiming at the vegetative growth and, the non-rainy season, here denominated of winter, aiming the production of grapes for vinification. Thus, in a first study, the goal was to characterize the microregions studied through the collection of climatic data, soil profile analysis and grape maturation monitoring. Wines of the cultivar Syrah also were produced in these microregions, in two harvests (2013 and 2014) evaluating them regarding the general composition, the phenolic composition and the aromatic profile. The wines were analyzed at 20 and 32 months after vinification, showing good indices for total Polyphenol (54.6 to 63.5 qual é a unidade?) with Color Intensity of 3.8 to 4.7 nm, Tone of 0.9 to 1, 03 nmTotal anthocyanins concentrations ranged from 667.35 mg.L-1 to 796.3 mg.L-1, and the anthocyanin fraction that stands out is malvidin-3-O-glycoside with levels of 315.3 mg. L-1 to 330.2 mg. L-1. Among the phenolic acids, the highlight was for caffeic acid (28.3 to 32.3 mg. L-1), in both regions and crops. The rates of flavan-3-oys, were also high, especially for the catechins, epicatechins and procyanidin B dimer. The volatile compounds of these wines also were studied, which presented a total of 74 aromatic compounds detected and identified. The 2013 harvest is differentiated from the 2014 harvest by a cluster consisting of Isoamylacetate, 1-Decanol, Ethylnonanoate, Diethylsuccinate, Cytronellyl formate, β-ianone, Aceticacid, 1-Octen-3-ol, 1-Octanol, [S, R ] -2,3-butanediol, 3-methyl butanoate, 3-ethoxypropanol, 3-Octanol, Butyrolactone, [R, R] -2,3-butanediol, 1-Nonanol. And the São Bento do Sapucaí (o q significa esta sigla?) wines differ from those (quais?) of Indaiatuba per cluster consisting of 2-methyl-ethyl butanoate, 3-methyl-ethyl butanoate, (E) -3-hexene butenoate, 3-methyl butanoate, Ethyl 4-octenoate, Ethyl 2- hexenoate, Allocimene, 2,4-Dihydroxyacetophenone, Pentamethylethanol, 3-Octanol, Allocimene, 4-terpineol, Limonene, Butanenitrile, Benzaldehyde, 1-Methyl-3-acetylindole, Acetoin and 5,7-dimethyl undecane. The Syrah wines of the two microregions presented a common and main aromatic profile that combines characteristics of young wine (strawberry, blackberry, fig, blueberry, rose, orange and violet) and more matured xiv wines (pepper, coffee, tobacco, bacon, spices and mushrooms), but Indaiatuba was distinguished by more sweet and floral aromas (mainly violet), while São Bento do Sapucaí showed more mentholic and floral aromas with rose highlighting as a descriptor. It can be observed that, although they maintain a similar main matrix, the wines have some aromas, such as citrus and herbs (Indaiatuba) and rose (São bento do Sapucaí), which can become terroir markers. Although further studies are needed on this new wine region that has been established through the inversion of the grape cycle to produce fine wines in Southeastern Brazil, the study of the characteristics of the São Bento do Sapucaí and Indaiatuba regions, as well as the composition phenolic and aromatic of these wines, have been shown to be susceptible to the production of wines with phenolic potential for aging.Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPqporUniversidade Federal de PelotasPrograma de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de AlimentosUFPelBrasilFaculdade de Agronomia Eliseu MacielCNPQ::CIENCIAS AGRARIAS::AGRONOMIAVitis vinifera L.Vinhos de guardaSudeste do BrasilAromaCompostos fenólicosDupla-podaGuard winesSoutheastern BrazilPhenolic compoundsDouble pruningComposição fenólica e aromática de vinho Syrah produzido com uvas de vinhedos da região São Bento do Sapucaí e Indaiatuba, um novo terroirPhenolic and aromatic composition of Syrah wine produced with grapes from the vineyards of São Bento do Sapucaí and Indaiatuba, a new terroirinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFPel - Guaiacainstname:Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)instacron:UFPELTEXTTese 150419.pdf.txtTese 150419.pdf.txtExtracted texttext/plain257095http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/4523/3/Tese%20150419.pdf.txtbcd90c0ec4fb32c44c366f8f976a52f1MD53open accessTHUMBNAILTese 150419.pdf.jpgTese 150419.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1240http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/4523/4/Tese%20150419.pdf.jpgba2cc3a3d2a34d892ff1bfd1b0f7c72cMD54open accessORIGINALTese 150419.pdfTese 150419.pdfapplication/pdf6740513http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/4523/1/Tese%20150419.pdfc7ed363a95b18c6bbb951cf9699745b7MD51open accessLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-867http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/4523/2/license.txtfbd6c74465857056e3ca572d7586661bMD52open accessprefix/45232023-07-13 03:10:59.169open accessoai:guaiaca.ufpel.edu.br:prefix/4523VG9kb3Mgb3MgaXRlbnMgZGVzc2EgY29tdW5pZGFkZSBzZWd1ZW0gYSBsaWNlbsOnYSBDcmVhdGl2ZSBDb21tb25zLg==Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.ufpel.edu.br/oai/requestrippel@ufpel.edu.br || repositorio@ufpel.edu.br || aline.batista@ufpel.edu.bropendoar:2023-07-13T06:10:59Repositório Institucional da UFPel - Guaiaca - Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)false |
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