Perfil Comportamental e Toxicológico de Ratos Submetidos ao Modelo de Dependência Química ao Etanol Tratados com Ayahuasca
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
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Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPel - Guaiaca |
Texto Completo: | http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/10406 |
Resumo: | O alcoolismo gera prejuízos para indivíduos e sociedades, abrangendo setores como: saúde, economia; produtividade no trabalho; segurança pública etc. Segundo dados da OMS (2014) o Brasil está em 3o lugar no índice de mortalidade atribuível ao álcool entre homens (74 por 100 mil habitantes) e em 11o lugar entre mulheres (12 por 100 mil habitantes) e, apesar disso, o sistema biomédico tradicional ainda não dispõe de tratamentos eficazes para os transtornos do vício, contando somente com medidas paliativas. Diante deste cenário, o uso contemporâneo do Ayahuasca, a partir da década de 30, nos centros urbanos, passou a chamar a atenção da comunidade científica pelo seu potencial terapêutico nos transtornos de abuso de substâncias, principalmente o alcoolismo. Apesar disto, também se faz necessário um olhar científico atento para questões de ordem toxicológica quanto ao uso dessa bebida. A Ayahuasca consiste em uma bebida de origem xamânico-ameríndia, produto da decocção de duas plantas: o cipó Banisteriopsis caapi (contendo alcaloides indólicos β- carbolínicos- harmina, harmalina e tetrahidroharmina, os quais com apresentam atividade inibidora da monoaminoxidase –MAO – hepática e renal) e as folhas do arbusto Psychotria viridis (contendo o alcaloide psicodélico N, N-Dimetiltriptamina -DMT). Diante disto, o presente estudo objetivou validar um modelo de dependência química ao etanol em ratos Wistar machos adultos, caracterizar e quantificar os principais alcaloides psicoativos contidos em uma amostra de Ayahuasca e avaliar o potencial toxicológico do tratamento com Ayahuasca em ratos submetidos ao consumo crônico de etanol. Além disto, buscou-se avançar na fronteira do conhecimento quanto à atividade terapêutica, comportamental e toxicológica da Ayahuasca em modelo animal de consumo crônico de etanol. Ratos foram divididos em 4 grupos (n=5), e avaliados ao longo de 19 semanas consecutivas: CC (controles consumindo água); CA (controles consumindo água e tratados com Ayahuasca); EC (consumindo etanol e água); EA (consumindo etanol, água e tratados com Ayahuasca). Os dados gerados foram avaliados sob os seguintes aspectos: perfil de consumo de água e etanol; comportamento de locomoção e ansiedade; perfil toxicológico hepático através de análise histológica e determinação da atividade de biomarcadores sorológicos de dano hepático (AST e ALT); Análise de perfil de toxicidade renal através da dosagem sérica dos metabólitos ureia e creatinina. Não foram verificadas diferenças significativas entre os grupos quanto ao padrão de consumo de álcool ou quanto à atividade exploratória. No entanto, os animais do grupo que consumia apenas etanol apresentaram comportamento ansioso em relação aos demais. Além disto, este comportamento foi prevenido pelo tratamento com o Ayahuasca. Com relação às análises toxicológicas, foi verificado injúria tecidual nos animais submetidos ao modelo de dependência ao etanol, onde as lesões identificadas não foram prevenidas pelo tratamento com Ayahuasca. Quanto à análise de biomarcadores de função hepática e renal, apenas o grupo que consumia etanol apresentou como alteração uma concentração sérica aumentada de uréia. Diante disso, conclui-se que o tratamento com Ayahuasca, não foi capaz de prevenir as alterações toxicológicas hepáticas induzidas pelo etanol, entretanto os resultados indicam que a Ayahuasca preveniu comportamento ansioso induzido pelo etanol. |
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2023-10-18T21:05:33Z2023-10-18T21:05:33Z2017-02-23VICTORIA, Paula Polvora. Perfil Comportamental e Toxicológico de Ratos Submetidos ao Modelo de Dependência Química ao Etanol Tratados com Ayahuasca. 2017. Dissertação (Mestrado em Bioquímica e Bioprospecção) - Programa de Pós-Graduação Em Bioquímica e Bioprospecção, Centro de Ciências Químicas, Farmacêuticas e de Alimentos, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, 2017.http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/10406O alcoolismo gera prejuízos para indivíduos e sociedades, abrangendo setores como: saúde, economia; produtividade no trabalho; segurança pública etc. Segundo dados da OMS (2014) o Brasil está em 3o lugar no índice de mortalidade atribuível ao álcool entre homens (74 por 100 mil habitantes) e em 11o lugar entre mulheres (12 por 100 mil habitantes) e, apesar disso, o sistema biomédico tradicional ainda não dispõe de tratamentos eficazes para os transtornos do vício, contando somente com medidas paliativas. Diante deste cenário, o uso contemporâneo do Ayahuasca, a partir da década de 30, nos centros urbanos, passou a chamar a atenção da comunidade científica pelo seu potencial terapêutico nos transtornos de abuso de substâncias, principalmente o alcoolismo. Apesar disto, também se faz necessário um olhar científico atento para questões de ordem toxicológica quanto ao uso dessa bebida. A Ayahuasca consiste em uma bebida de origem xamânico-ameríndia, produto da decocção de duas plantas: o cipó Banisteriopsis caapi (contendo alcaloides indólicos β- carbolínicos- harmina, harmalina e tetrahidroharmina, os quais com apresentam atividade inibidora da monoaminoxidase –MAO – hepática e renal) e as folhas do arbusto Psychotria viridis (contendo o alcaloide psicodélico N, N-Dimetiltriptamina -DMT). Diante disto, o presente estudo objetivou validar um modelo de dependência química ao etanol em ratos Wistar machos adultos, caracterizar e quantificar os principais alcaloides psicoativos contidos em uma amostra de Ayahuasca e avaliar o potencial toxicológico do tratamento com Ayahuasca em ratos submetidos ao consumo crônico de etanol. Além disto, buscou-se avançar na fronteira do conhecimento quanto à atividade terapêutica, comportamental e toxicológica da Ayahuasca em modelo animal de consumo crônico de etanol. Ratos foram divididos em 4 grupos (n=5), e avaliados ao longo de 19 semanas consecutivas: CC (controles consumindo água); CA (controles consumindo água e tratados com Ayahuasca); EC (consumindo etanol e água); EA (consumindo etanol, água e tratados com Ayahuasca). Os dados gerados foram avaliados sob os seguintes aspectos: perfil de consumo de água e etanol; comportamento de locomoção e ansiedade; perfil toxicológico hepático através de análise histológica e determinação da atividade de biomarcadores sorológicos de dano hepático (AST e ALT); Análise de perfil de toxicidade renal através da dosagem sérica dos metabólitos ureia e creatinina. Não foram verificadas diferenças significativas entre os grupos quanto ao padrão de consumo de álcool ou quanto à atividade exploratória. No entanto, os animais do grupo que consumia apenas etanol apresentaram comportamento ansioso em relação aos demais. Além disto, este comportamento foi prevenido pelo tratamento com o Ayahuasca. Com relação às análises toxicológicas, foi verificado injúria tecidual nos animais submetidos ao modelo de dependência ao etanol, onde as lesões identificadas não foram prevenidas pelo tratamento com Ayahuasca. Quanto à análise de biomarcadores de função hepática e renal, apenas o grupo que consumia etanol apresentou como alteração uma concentração sérica aumentada de uréia. Diante disso, conclui-se que o tratamento com Ayahuasca, não foi capaz de prevenir as alterações toxicológicas hepáticas induzidas pelo etanol, entretanto os resultados indicam que a Ayahuasca preveniu comportamento ansioso induzido pelo etanol.It is well known that alcohol addiction compromises individuals and societies in health, economic, public security, and labor sectors. According to WHO (2014) data, Brazil occupies the third position of mortality attributed to alcoholism between men (74/100,000) and the 11th position among women (12/100,000). The biomedical field does not have any efficient treatment against alcoholism, counting only with palliative measures. However, the use of Ayahuasca - a shamanic drink prepared with the use of two plants: Banisteriopsis caapi vine and Psychotria viridis leaves - from 1930 until today, has caught the scientific community attention due to its therapeutical potential to combat alcohol addiction. Hence, the aim of this study is to validate and ethanol chemical dependency model in male adult Wistar rats; characterize and quantify the main psychoactive alkaloids in an Ayahuasca sample; and evaluate the toxicological potential of Ayahuasca treatment in rats exposed to chronical ethanol consumption. The rats were divided into four groups: CC (controls consuming water), CA (controls consuming water and treated with Ayahuasca), EC (rats consuming ethanol and water), EA (rats consuming ethanol, water, and treated with Ayahuasca). Each group was composed by five animals and was evaluated during 19 consecutive weeks. Data was analyzed according to the water and ethanol consumption; locomotion and anxiety behavior; hepatic toxicological status; and renal toxicity status. It was not found statistically significant differences between groups according to alcohol consumption or exploratory activity. However, the rats from the group consuming only alcohol presented anxious behavior compared to rats from other groups, and the Ayahuasca was a protective factor to this is behavior. It was verified tissue injury among rats exposed to ethanol dependency, the lesions were not protected by the Ayahuasca treatment. Regarding hepatic and renal function biomarkers, only the group consuming ethanol presented elevated serum urea concentration. We conclude that the treatment with Ayahuasca was not capable of preventing the toxicological and hepatical changes caused by ethanol. However, the Ayahuasca prevented the anxious behavior induced by ethanol.Sem bolsaporUniversidade Federal de PelotasPrograma de Pós-Graduação em Bioquímica e BioprospecçãoUFPelBrasilCC BY-NC-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessCIENCIAS BIOLOGICASBIOQUIMICAAyahuascaComportamentoEtanolLocomoçãoToxicidadeWistar machosAnxietyAyahuascaBehaviorEthanolLocomotionToxicityWistarMale ratsPerfil Comportamental e Toxicológico de Ratos Submetidos ao Modelo de Dependência Química ao Etanol Tratados com Ayahuascainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://lattes.cnpq.br/0438826447866660Carvalho, Hudson W. deCognato, Giana de PaulaVictoria, Paula Polvorareponame:Repositório Institucional da UFPel - Guaiacainstname:Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)instacron:UFPELORIGINALDissertacao PAULA POLVORA VICTORIA.pdfDissertacao PAULA POLVORA VICTORIA.pdfapplication/pdf2089392http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/10406/1/Dissertacao%20PAULA%20POLVORA%20VICTORIA.pdf2d88c7abdd248e9a9f823419ad4807d7MD51open accessTEXTDissertacao PAULA POLVORA VICTORIA.pdf.txtDissertacao PAULA POLVORA VICTORIA.pdf.txtExtracted texttext/plain128685http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/10406/3/Dissertacao%20PAULA%20POLVORA%20VICTORIA.pdf.txt40637e243fd8745d507b1bec1c436b29MD53open accessTHUMBNAILDissertacao PAULA POLVORA VICTORIA.pdf.jpgDissertacao PAULA POLVORA VICTORIA.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1277http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/10406/4/Dissertacao%20PAULA%20POLVORA%20VICTORIA.pdf.jpg6fab3cc7d1ff612b1948a418487533efMD54open accessLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81960http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/10406/2/license.txta963c7f783e32dba7010280c7b5ea154MD52open accessprefix/104062023-10-19 03:01:37.601open accessoai:guaiaca.ufpel.edu.br:prefix/10406TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkkgLSBDb20gYSBhcHJlc2VudGHDp8OjbyBkZXN0YSBsaWNlbsOnYSwgdm9jw6ogKG8ocykgYXV0b3IoZXMpIG91IG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIApJbnN0aXR1Y2lvbmFsIChSSSkgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgUGVsb3RhcyAoVUZQZWwpIG8gZGlyZWl0byBuw6NvLWV4Y2x1c2l2byBkZSByZXByb2R1emlyLCB0cmFkdXppciAKKGNvbmZvcm1lIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gKGluY2x1aW5kbyBvIHJlc3VtbykgcG9yIHRvZG8gbyBtdW5kbyBubyBmb3JtYXRvIGltcHJlc3NvIAplIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW87CgpJSSAtIFZvY8OqIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJJIGRhIFVGUGVsIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gCnBhcmEgZmlucyBkZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvOwoKSUlJIC0gVm9jw6ogdGFtYsOpbSBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSSSBkYSBVRlBlbCBwb2RlIG1hbnRlciBtYWlzIGRlIHVtYSBjw7NwaWEgZGUgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIGZpbnMgZGUgc2VndXJhbsOnYSwgYmFja3VwIAplIHByZXNlcnZhw6fDo287CgpJViAtIFZvY8OqIGRlY2xhcmEgcXVlIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyDDqSBvcmlnaW5hbCBlIHF1ZSB2b2PDqiB0ZW0gbyBwb2RlciBkZSBjb25jZWRlciBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gClZvY8OqIHRhbWLDqW0gZGVjbGFyYSBxdWUgbyBkZXDDs3NpdG8gZGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgbsOjbyBpbmZyaW5nZSBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyAKZGUgbmluZ3XDqW07CgpWIC0gQ2FzbyBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY8OqIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgCm9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3PDo28gaXJyZXN0cml0YSBkbyBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciBhbyBSSSBkYSBVRlBlbCBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgCm5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIApvdSBubyBjb250ZcO6ZG8gZGEgcHVibGljYcOnw6NvIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhOwoKVkkgLSBDQVNPIEEgUFVCTElDQcOHw4NPIE9SQSBERVBPU0lUQURBIFRFTkhBIFNJRE8gUkVTVUxUQURPIERFIFVNIFBBVFJPQ8ONTklPIE9VIEFQT0lPIERFIFVNQSBBR8OKTkNJQSBERSBGT01FTlRPIE9VCk9VVFJBIE9SR0FOSVpBw4fDg08sIFZPQ8OKIERFQ0xBUkEgUVVFIFJFU1BFSVRPVSBUT0RPUyBFIFFVQUlTUVVFUiBESVJFSVRPUyBERSBSRVZJU8ODTyBDT01PIFRBTULDiU0gQVMgREVNQUlTIE9CUklHQcOHw5VFUyAKRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETzsKClZJSSAtIE8gUkkgZGEgVUZQZWwgc2UgY29tcHJvbWV0ZSBhIGlkZW50aWZpY2FyIGNsYXJhbWVudGUgbyBzZXUgbm9tZSBvdSBvKHMpIG5vbWUocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyAKYXV0b3JhaXMgZGEgcHVibGljYcOnw6NvLCBlIG7Do28gZmFyw6EgcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJhw6fDo28sIGFsw6ltIGRhcXVlbGFzIGNvbmNlZGlkYXMgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EuCg==Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.ufpel.edu.br/oai/requestrippel@ufpel.edu.br || repositorio@ufpel.edu.br || aline.batista@ufpel.edu.bropendoar:2023-10-19T06:01:37Repositório Institucional da UFPel - Guaiaca - Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)false |
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