Paraoxonase 1: análise da influência da qualidade da dieta, fatores genético e bioquímicos em crianças

• Autor(a) principal: Sigales, Tainá da Silva
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFPel - Guaiaca
• Texto Completo: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/4896
• topic: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::NUTRICAO; Nutrição; Paraoxonase 1; Crianças - alimentação; Estado nutricional

Introdução: a má qualidade da alimentação e o excesso de peso na infância causam impacto a curto e longo prazo na saúde, principalmente por serem fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares (DCV). A enzima Paraoxonase 1 (PON1) circula associada a lipoproteína de alta densidade (HDL) e é responsável pelas suas propriedades antioxidantes e antiinflamatórias evitando a formação de danos endoteliais e as DCV. Objetivo: investigar a influência da qualidade da alimentação, do estado nutricional e do polimorfismo genético PON1 C(-107)T sobre a atividade da enzima antiaterogênica PON1. Métodos: estudo transversal com crianças entre 5 e 8 anos incompletos, de ambos os sexos, do ambulatório de pediatria, Faculdade de Medicina, Universidade Federal de Pelotas. Foram coletadas variáveis sociodemográficas e de consumo alimentar, aferidos peso, altura e circunferência da cintura e solicitada coleta de sangue. O índice de massa corporal (IMC) foi calculado em kg/m2 e escore z. A atividade arilesterase da PON1 foi medida pela velocidade de formação de fenol (U/L) utilizando fenilacetato como substrato. O polimorfismo PON1 C(-107)T foi determinado por reação em cadeia da polimerase (PCR), seguido por digestão com enzima de restrição e eletroforese em gel de agarose e posterior amplificação. As análises estatísticas foram ANOVA de uma via e regressão linear múltipla, o nível de significância adotado foi p<0,05. Resultados: a frequência dos alelos CT, TT e CC foi 54,6%, 14,4% e 30,9%, respectivamente. A maior atividade da PON1 associou-se ao alelo CC. Nas análises bruta e ajustada a associação entre a PON1 e os polimorfismos manteve-se significativa. A inclusão da frequência de consumo alimentar e do escore z do IMC aumentou em 11,2% a variabilidade da enzima. A maior mudança no coeficiente beta ocorreu com os alimentos de boa qualidade nutricional. Conclusão: uma alimentação de boa qualidade nutricional na infância foi importante para predizer a atividade da enzima cardioprotetora PON1 associada ao polimorfismo C(-107)T.