“E naquela época, não sei porque, se era mulher tinha que ser normal”: histórias de vida de mulheres professoras, em Pelotas-RS (1950 a 1970)
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Data de Publicação: | 2022 |
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Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPel - Guaiaca |
Texto Completo: | http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/9224 |
Resumo: | Esta dissertação analisa as representações das histórias de vida das mulheres que iniciaram carreira como professoras primárias entre os anos de 1950 a 1970, na cidade de Pelotas. O trabalho insere-se no campo de estudos da Nova História Cultural buscando compreender a maneira como a realidade construída foi percebida e apropriada pelas sujeitas e, especificamente, no campo de estudos da História das Mulheres a partir da perspectiva de gênero como categoria de análise. A sociedade pelotense do período estudado estava estruturada pelas relações de gênero patriarcais a partir das quais os papeis sociais de homens e mulheres estavam determinados e eram reforçados por diversas instituições. A profissão de professora era uma das carreiras mais procuradas pelas moças da época, em função dos discursos normativos de gênero, incentivando as jovens a seguirem essa carreira considerada mais adequada por vincular a prática educativa com a maternidade, uma vez que, nos dois casos, se pressupõe cuidado. A história oral foi o procedimento metodológico utilizado, na modalidade da história oral de vida, através da qual foram entrevistadas onze mulheres. Analisou-se a percepção e a apropriação da normatividade de gênero na história de vida das mulheres que perseguiram a profissão prescrita de acordo com o modelo de feminilidade hegemônico à época bem como as possibilidades de rupturas com a norma. A partir das narrativas construídas foram encontrados três conjuntos de representações históricas das mulheres professoras, denominados como tradicionais, intermediárias e progressistas. Encontrou-se diferentes significados da inserção na carreira profissional do magistério primário na vida das mulheres brancas e negras inseridas em um contexto de transformações sociais de uma sociedade patriarcal. |
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2023-04-01T00:42:08Z2023-04-01T00:42:08Z2022-06-20ARENHART, Camilla Meneguel. “E naquela época, não sei porque, se era mulher tinha que ser normal”: histórias de vida de mulheres professoras, em Pelotas-RS (1950 a 1970). 2022. 195 f. Dissertação (Mestrado em História) – Programa de Pós-Graduação em História, Instituto de Ciências Humanas, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, 2022.http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/9224Esta dissertação analisa as representações das histórias de vida das mulheres que iniciaram carreira como professoras primárias entre os anos de 1950 a 1970, na cidade de Pelotas. O trabalho insere-se no campo de estudos da Nova História Cultural buscando compreender a maneira como a realidade construída foi percebida e apropriada pelas sujeitas e, especificamente, no campo de estudos da História das Mulheres a partir da perspectiva de gênero como categoria de análise. A sociedade pelotense do período estudado estava estruturada pelas relações de gênero patriarcais a partir das quais os papeis sociais de homens e mulheres estavam determinados e eram reforçados por diversas instituições. A profissão de professora era uma das carreiras mais procuradas pelas moças da época, em função dos discursos normativos de gênero, incentivando as jovens a seguirem essa carreira considerada mais adequada por vincular a prática educativa com a maternidade, uma vez que, nos dois casos, se pressupõe cuidado. A história oral foi o procedimento metodológico utilizado, na modalidade da história oral de vida, através da qual foram entrevistadas onze mulheres. Analisou-se a percepção e a apropriação da normatividade de gênero na história de vida das mulheres que perseguiram a profissão prescrita de acordo com o modelo de feminilidade hegemônico à época bem como as possibilidades de rupturas com a norma. A partir das narrativas construídas foram encontrados três conjuntos de representações históricas das mulheres professoras, denominados como tradicionais, intermediárias e progressistas. Encontrou-se diferentes significados da inserção na carreira profissional do magistério primário na vida das mulheres brancas e negras inseridas em um contexto de transformações sociais de uma sociedade patriarcal.This dissertation analyzes the representations of the life stories of women who started their careers as primary teachers between the years 1950 to 1970, in the city of Pelotas. The work is part of the field of studies of New Cultural History, seeking to understand the way in which reality was perceived and appropriated by the subjects and, specifically, in the field of studies of Women's History from the perspective of gender as a category of analysis. The Pelotas society of the period studied was structured by patriarchal gender relations from which the social roles of men and women were determined and reinforced by various institutions. The teaching profession was one of the most sought after careers by young women at the time, due to normative gender discourses, encouraging young women to follow this career considered more appropriate for linking educational practice with motherhood. Oral history was the methodological procedure used, in the form of oral history of life, through which eleven women were interviewed. We analyzed the perception and appropriation of gender normativity in the life history of women who pursued the prescribed profession according to the hegemonic model of femininity at the time, as well as the possibilities of ruptures with the norm. From the constructed narratives, three sets of historical representations of women teachers were found, called traditional, intermediate and progressive. Different meanings of the insertion in the professional career of primary teaching were found in the lives of white and black women inserted in a context of social transformations of a patriarchal society.Sem bolsaporUniversidade Federal de PelotasPrograma de Pós-Graduação em HistóriaUFPelBrasilInstituto de Ciências HumanasCNPQ::CIENCIAS HUMANAS::HISTORIAMulheresGêneroPatriarcadoProfessoras primáriasWomenGenderPatriarchyPrimary teachers“E naquela época, não sei porque, se era mulher tinha que ser normal”: histórias de vida de mulheres professoras, em Pelotas-RS (1950 a 1970)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://lattes.cnpq.br/2823999034352476http://lattes.cnpq.br/6761690884628276Gill, Lorena AlmeidaArenhart, Camilla Meneguelinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFPel - Guaiacainstname:Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)instacron:UFPELTEXTCamilla_Meneguel_Dissertação.pdf.txtCamilla_Meneguel_Dissertação.pdf.txtExtracted texttext/plain471557http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/9224/6/Camilla_Meneguel_Disserta%c3%a7%c3%a3o.pdf.txt388cabd2000d6eae8917090d8627694eMD56open accessTHUMBNAILCamilla_Meneguel_Dissertação.pdf.jpgCamilla_Meneguel_Dissertação.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1249http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/9224/7/Camilla_Meneguel_Disserta%c3%a7%c3%a3o.pdf.jpge2014c318ba8acc194f12e043a54bd04MD57open accessORIGINALCamilla_Meneguel_Dissertação.pdfCamilla_Meneguel_Dissertação.pdfapplication/pdf1572154http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/9224/1/Camilla_Meneguel_Disserta%c3%a7%c3%a3o.pdf70990a679b6cec549f176200cadb0b20MD51open accessCC-LICENSElicense_urllicense_urltext/plain; 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