Bullying entre estudantes da rede municipal de ensino de Pelotas, RS: prevalência e fatores associados.

• Autor(a) principal: Gomes, Natália Rosa
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFPel - Guaiaca
• Texto Completo: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/8643
• topic: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::NUTRICAO; Bullying; Violência; Escolares; Adolescentes; Violence; Schoolchildren; Adolescents

Bullying é o termo utilizado para caracterizar provocações e agressões entre pares, e essas ações podem ter como consequência transtornos psicológicos, sociais e alimentares, se tornando um problema de saúde pública. Cada vez mais presente entre o público adolescente, é no âmbito escolar que a maioria das vítimas sofre com as diversas formas que essa violência se apresenta, podendo ser psicológica, física, verbal ou virtual, o cyberbullying. O presente estudo teve como objetivo avaliar a prevalência de bullying e seus fatores associados entre adolescentes da rede municipal de ensino da zona urbana de Pelotas, RS. Trata-se de um estudo transversal, de base escolar, realizado com todos os escolares matriculados no 9º ano do ensino fundamental das 25 escolas municipais da zona urbana de Pelotas, vinculadas ao Programa Saúde na Escola. Para a avaliação de bullying foi utilizada a questão “Tu achas que já sofreu bullying alguma vez?”, presente em questionário autopreenchido pelo aluno em sala de aula. Foi testado a associação de bullying com as variáveis sexo, idade, cor/raça, escolaridade materna, morar com mãe e/ou pai, experimentação de fumo e álcool, estado nutricional e imagem corporal. Verificou-se que aproximadamente 71% dos estudantes relataram ter sofrido bullying alguma vez na vida, sendo a escola o local de maior ocorrência dos eventos (86,7%). Após as análises ajustadas, bullying esteve associado no sexo feminino, entre estudantes com cor da pele/raça amarela, indígena, parda ou preta, naqueles que informaram já ter experimentado tabaco, que se sentiam insatisfeitos ou indiferentes em relação ao corpo, e que apresentavam excesso de peso. Os resultados apontam para a necessidade de ações a partir de políticas e práticas educativas voltadas para a redução e prevenção desse tipo de violência, sobretudo, no ambiente escolar.