Cruzando fronteiras: entre o rural e o urbano, guasqueria como patrimônio em Jaguarão/BR e Rio Branco/UY

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Machado, Juliana Porto
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPel - Guaiaca
Texto Completo: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/9468
Resumo: A guasqueria, nesta tese é apresentada como um ofício artesanal, que modifica o couro, transformando-o em objetos. Nesse processo de criação em torno de uma peça de couro cru, estabeleceu-se uma estrutura dorsal , sendo que, por meio da transmissão e da repetição que está se manteve até os dias atuais, com mínimas alterações, sendo: I) obtenção da matéria-prima principal, o couro cru; II) Lavagem, III) descarne, IV) lonqueamento, V) estaqueamento e secagem); VI) cortar as loncas, tiras de couro VII) sovar, que consiste em amaciar o couro VIII) tirar os tentos, que são as tiras finas de couro e por fim IX) fazer a trança. Essa estrutura tornou-se um elemento central para a identificação dos sujeitos que praticam esse ofício, em guasqueiros. Esse ofício surge em conjunto com o trabalho do peão campeiro, da relação estabelecida entre homem e animal, homem e natureza, homem e objeto. Será por meio da figura do peão que nascerá o guasqueiro. O objetivo principal foi desenvolver uma análise comparativa das produções de artesanato em couro cru, guasqueria, nas zonas fronteiriças de Jaguarão/Brasil e Rio Branco/Uruguai. Já os objetivos específicos foram: identificar os aspectos comuns e as especificidades do saber-fazer guasqueria na zona de fronteira entre Jaguarão e Rio Branco, determinar o peso de fatores tais como a geografia e a história no decorrer da trajetória da produção de guasqueria, observar padrões de integração no modo de fazer guasqueria na cultura transfronteiriça com base no estudo comparativo dos dois casos. O método de pesquisa utilizado foi pesquisa qualitativa de caráter exploratório com coleta de dados através de entrevistas semiestruturadas com cinco interlocultores fronteiriços que trabalham com a produção de guasqueria, sendo três representantes de Jaguarão e dois representantes de Rio Branco, em um recorte temporal entre os séculos XX e XXI. Em relação a identificação dos guasqueiros, se optou pela utilização de guasqueiros e iniciais do nome para os sujeitos de Jaguarão e guasquero e iniciais do nome para os sujeitos de Rio Branco, respectivamente: guasqueiro A.B, guasqueiro C.C, guasqueiro V.S, guasquero L.G e guasquero A.R. Cabe destacar como resultados, que os guasqueiros entrevistados apresentam similitudes no processo de criação de objetos em couro cru, assim como na adoção de novas técnicas de manejo da matéria prima. Um dos principais motivos por terem adentrado a área desse saber fazer artesanal é por serem peões ou estarem ligados de alguma forma a atividades do meio rural. A forma de compartilhamento desse ofício ocorre por transmissão oral presencial e transmissão oral virtual, mas sempre no nicho peão/guasqueiro para guasqueiro. A fronteira surge como elemento de ligação, que permite o fluxo, não há limitações e já está naturalizada ao ponto de não se perceber suas influencias. Portanto, a guasqueria de fronteira se constitui do compartilhamento de saberes e apresentando um ciclo similar entre os guasqueiros de cá (aqui) e os guasqueros de lá (allí).
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Nesse processo de criação em torno de uma peça de couro cru, estabeleceu-se uma estrutura dorsal , sendo que, por meio da transmissão e da repetição que está se manteve até os dias atuais, com mínimas alterações, sendo: I) obtenção da matéria-prima principal, o couro cru; II) Lavagem, III) descarne, IV) lonqueamento, V) estaqueamento e secagem); VI) cortar as loncas, tiras de couro VII) sovar, que consiste em amaciar o couro VIII) tirar os tentos, que são as tiras finas de couro e por fim IX) fazer a trança. Essa estrutura tornou-se um elemento central para a identificação dos sujeitos que praticam esse ofício, em guasqueiros. Esse ofício surge em conjunto com o trabalho do peão campeiro, da relação estabelecida entre homem e animal, homem e natureza, homem e objeto. Será por meio da figura do peão que nascerá o guasqueiro. O objetivo principal foi desenvolver uma análise comparativa das produções de artesanato em couro cru, guasqueria, nas zonas fronteiriças de Jaguarão/Brasil e Rio Branco/Uruguai. Já os objetivos específicos foram: identificar os aspectos comuns e as especificidades do saber-fazer guasqueria na zona de fronteira entre Jaguarão e Rio Branco, determinar o peso de fatores tais como a geografia e a história no decorrer da trajetória da produção de guasqueria, observar padrões de integração no modo de fazer guasqueria na cultura transfronteiriça com base no estudo comparativo dos dois casos. O método de pesquisa utilizado foi pesquisa qualitativa de caráter exploratório com coleta de dados através de entrevistas semiestruturadas com cinco interlocultores fronteiriços que trabalham com a produção de guasqueria, sendo três representantes de Jaguarão e dois representantes de Rio Branco, em um recorte temporal entre os séculos XX e XXI. Em relação a identificação dos guasqueiros, se optou pela utilização de guasqueiros e iniciais do nome para os sujeitos de Jaguarão e guasquero e iniciais do nome para os sujeitos de Rio Branco, respectivamente: guasqueiro A.B, guasqueiro C.C, guasqueiro V.S, guasquero L.G e guasquero A.R. Cabe destacar como resultados, que os guasqueiros entrevistados apresentam similitudes no processo de criação de objetos em couro cru, assim como na adoção de novas técnicas de manejo da matéria prima. Um dos principais motivos por terem adentrado a área desse saber fazer artesanal é por serem peões ou estarem ligados de alguma forma a atividades do meio rural. A forma de compartilhamento desse ofício ocorre por transmissão oral presencial e transmissão oral virtual, mas sempre no nicho peão/guasqueiro para guasqueiro. A fronteira surge como elemento de ligação, que permite o fluxo, não há limitações e já está naturalizada ao ponto de não se perceber suas influencias. Portanto, a guasqueria de fronteira se constitui do compartilhamento de saberes e apresentando um ciclo similar entre os guasqueiros de cá (aqui) e os guasqueros de lá (allí).The guasqueria, in this thesis is presented as a handmade craft, which modifies the leather, transforming it into objects. In this process of creation around a piece of raw hide, a dorsal structure was established, and, through the transmission and repetition that is maintained until the present day, with minimal changes, being: I) obtaining the main raw material, the raw hide; II) Washing, III) descarne, IV) lonqueamento, V) stake and drying); VI) cut the loncas, leather straps VII) sovar, which consists of softening the leather VIII) take away the tentos, which are the thin leather straps and finally IX) make the braid. This structure has become a central element for the identification of the subjects who practice this craft, in guasqueiros. This craft arises in conjunction with the work of the peasant pawn, the relationship established between man and animal, man and nature, man and object. It will be through the figure of the pawn that the guasqueiro will be born. The main objective was to develop a comparative analysis of handicraft productions in raw hide, guasqueria, in the border areas of Jaguarão/Brazil and Rio Branco/Uruguay. The specific objectives were: to identify the common aspects and specificities of guasqueria know-how in the border zone between Jaguarão and Rio Branco, to determine the weight of factors such as geography and history along the trajectory of guasqueria production, to observe patterns of integration in the way of making guasqueria in the cross-border culture based on the comparative study of the two cases. The research method used was a qualitative exploratory research with data collection through semi-structured interviews with five border interlogrowers working with the production of guasqueria, three representatives of Jaguarão and two representatives of Rio Branco, in a time frame between the 20th and 21st centuries. In relation to the identification of water palm sours, the use of water trees and initials of the name for the subjects of Jaguarão and guasquero and initials of the name for the subjects of Rio Branco, respectively: guasqueiro A.B, guasqueiro C.C, guasqueiro V.S, guasquero L.G and guasquero A.R. It is worth mentioning as results, that the guasqueiros interviewed present similarities in the process of creating raw hide objects, as well as the adoption of new techniques for raw material management. One of the main reasons they have entered the area of this know-how to make artisanal is because they are pedestrians or are connected in some way to rural activities. The way of sharing this craft occurs by face-to-face oral transmission and virtual oral transmission, but always in the niche pawn / guasqueiro for guasqueiro. The border emerges as a connecting element, which allows the flow, there are no limitations and is already naturalized to the point of not perceiving its influences. Therefore, the border guasqueria is constituted by the sharing of knowledge and presenting a similar cycle between the guasqueiros here (here) and the guasqueros there (allí).porUniversidade Federal de PelotasPrograma de Pós-Graduação em Memória Social e Patrimônio CulturalUFPelBrasilInstituto de Ciências HumanasCNPQ::CIENCIAS HUMANASGuasqueirosArtesanatoPeão campeiroFronteiraTécnicaHandicraftsBoundaryTechniqueCruzando fronteiras: entre o rural e o urbano, guasqueria como patrimônio em Jaguarão/BR e Rio Branco/UYCrossing borders: between rural and urban, the making guasqueria in Jaguarão /BR and Rio Branco /UYinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesishttp://lattes.cnpq.br/3026676025532957http://lattes.cnpq.br/3017947075069963Colvero, Ronaldo BernardinoMachado, Juliana PortoMACHADO, Juliana Porto. Cruzando fronteiras: entre o rural e o urbano, o fazer guasqueria em Jaguarão/BR e Rio Branco/UY, 2022. 251f. Tese (Doutorado em Memória Social e Patrimônio Cultural) - Programa de Pós-Graduação em Memória Social e Patrimônio Cultural, Instituto de Ciências Humanas, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, 2022.info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFPel - Guaiacainstname:Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)instacron:UFPELTEXTJuliana_Porto_Machado_Tese.pdf.txtJuliana_Porto_Machado_Tese.pdf.txtExtracted texttext/plain619646http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/9468/6/Juliana_Porto_Machado_Tese.pdf.txt16b90966655da46ceb3ccf584ef219f4MD56open accessTHUMBNAILJuliana_Porto_Machado_Tese.pdf.jpgJuliana_Porto_Machado_Tese.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1258http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/9468/7/Juliana_Porto_Machado_Tese.pdf.jpg4420a242516bd5a7e6b2356c9a09dd75MD57open accessORIGINALJuliana_Porto_Machado_Tese.pdfJuliana_Porto_Machado_Tese.pdfapplication/pdf7389207http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/9468/1/Juliana_Porto_Machado_Tese.pdffe1e8c1814857bc164c57bff4d18114aMD51open accessCC-LICENSElicense_urllicense_urltext/plain; charset=utf-843http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/9468/2/license_url321f3992dd3875151d8801b773ab32edMD52open accesslicense_textlicense_texttext/html; charset=utf-80http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/9468/3/license_textd41d8cd98f00b204e9800998ecf8427eMD53open accesslicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-80http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/9468/4/license_rdfd41d8cd98f00b204e9800998ecf8427eMD54open accessLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81866http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/9468/5/license.txt43cd690d6a359e86c1fe3d5b7cba0c9bMD55open accessprefix/94682023-07-13 06:26:30.1open accessoai:guaiaca.ufpel.edu.br:prefix/9468TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqiAobyBhdXRvciAoZXMpIG91IG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIApJbnN0aXR1Y2lvbmFsIG8gZGlyZWl0byBuw6NvLWV4Y2x1c2l2byBkZSByZXByb2R1emlyLCAgdHJhZHV6aXIgKGNvbmZvcm1lIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIApzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIApmb3JtYXRvcyDDoXVkaW8gb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIG8gRGVwb3NpdGEgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZcO6ZG8sIHRyYW5zcG9yIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIHF1YWxxdWVyIG1laW8gb3UgZm9ybWF0byAKcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIERlcG9zaXRhIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrLXVwIAplIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9jw6ogdGVtIG8gcG9kZXIgZGUgY29uY2VkZXIgb3MgZGlyZWl0b3MgY29udGlkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EuIApWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgCmRlIG5pbmd1w6ltLgoKQ2FzbyBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY8OqIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgCm9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3PDo28gaXJyZXN0cml0YSBkbyBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciBhbyBEZXBvc2l0YSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgCm5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIApvdSBubyBjb250ZcO6ZG8gZGEgcHVibGljYcOnw6NvIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0HDh8ODTyBPUkEgREVQT1NJVEFEQSBURU5IQSBTSURPIFJFU1VMVEFETyBERSBVTSBQQVRST0PDjU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfDik5DSUEgREUgRk9NRU5UTyBPVSBPVVRSTyAKT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgCkVYSUdJREFTIFBPUiBDT05UUkFUTyBPVSBBQ09SRE8uCgpPIERlcG9zaXRhIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIAphdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.ufpel.edu.br/oai/requestrippel@ufpel.edu.br || repositorio@ufpel.edu.br || aline.batista@ufpel.edu.bropendoar:2023-07-13T09:26:30Repositório Institucional da UFPel - Guaiaca - Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)false
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