Os efeitos da Ayahuasca em modelo animal de depressão
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPel - Guaiaca |
Texto Completo: | http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/10545 |
Resumo: | A depressão é um transtorno psiquiátrico comum e incapacitante. Apesar do grande número de psicofármacos disponíveis no mercado, a taxa de sucesso dos tratamentos com antidepressivos, geralmente não ultrapassa dos 60%. Esse fato ocorre, pois, há pacientes que não são responsivos ao tratamento, ou não aderem de forma adequada a farmacoterapia. Desta forma, é de grande interesse a procura por novas terapias que possam auxiliar no tratamento desta patologia. Nas últimas décadas foi crescente a procura de alternativas para solucionar esse problema. Neste contexto, surgem pesquisas utilizando plantas e a Ayahuasca (AYA) emerge como uma possível opção para o tratamento da depressão. Uma vez que há relatos sobre efeitos medicinais entre seus usuários. A AYA consiste em uma bebida de origem xamânica, resultante da decocção de duas plantas: a Banisteriopsis caapi e da Psychotria viridis (DMT). Considerando o exposto, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da administração subcrônica da AYA em modelo animal de depressão, submetidos ao Estresse Crônico Imprevisível (ECI). Analisando os parâmetros comportamentais, o modelo foi validado pelo teste alimentar, apesar da AYA não prevenir a anedonia causada por esse modelo. No teste de campo aberto, nenhum dos parâmetros analisados (número de cruzamentos, grooming e rearing) foram alterados. Analisamos os parâmetros de estresse oxidativo. Como os níveis de TBARS, que sofreram alterações no córtex cerebral. Observamos o aumento dos níveis no grupo estresse em relação ao controle e AYA neutraliza essa alteração. No hipocampo os níveis de sulfidrilas diminuíram no grupo estresse em relação ao controle também o tratamento com AYA evita essa alteração. Em relação aos níveis de nitritos foi observado no córtex cerebral o aumento no grupo estresse e no grupo AYA, em relação ao grupo controle. Quanto a enzima superóxido dismutase no grupo estresse AYA aumentou em relação ao controle. Demonstramos que os níveis da enzima catalase em córtex cerebral diminuiu em relação ao grupo controle, indicando que a AYA impediu essa mudança. Conclui-se que o tratamento com AYA não foi capaz de prevenir a anedonia causada pelo ECI. Entretanto, provocou alterações em quase todos os testes de estresse oxidativo em córtex cerebral e hipocampo os quais foram alterados pelo tratamento com AYA. |
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2023-10-28T00:19:46Z2023-10-28T00:19:46Z2018-03-02Xavier. Janaína. OS EFEITOS DA AYAHUASCA EM MODELO ANIMAL DE DEPRESSÃO. 2018. Dissertação de mestrado. Programa de Pós-Graduação em Bioquímica e Bioprospecção. Universidade Federal de Pelotas. Pelotas, RS, Brasil.http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/10545A depressão é um transtorno psiquiátrico comum e incapacitante. Apesar do grande número de psicofármacos disponíveis no mercado, a taxa de sucesso dos tratamentos com antidepressivos, geralmente não ultrapassa dos 60%. Esse fato ocorre, pois, há pacientes que não são responsivos ao tratamento, ou não aderem de forma adequada a farmacoterapia. Desta forma, é de grande interesse a procura por novas terapias que possam auxiliar no tratamento desta patologia. Nas últimas décadas foi crescente a procura de alternativas para solucionar esse problema. Neste contexto, surgem pesquisas utilizando plantas e a Ayahuasca (AYA) emerge como uma possível opção para o tratamento da depressão. Uma vez que há relatos sobre efeitos medicinais entre seus usuários. A AYA consiste em uma bebida de origem xamânica, resultante da decocção de duas plantas: a Banisteriopsis caapi e da Psychotria viridis (DMT). Considerando o exposto, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da administração subcrônica da AYA em modelo animal de depressão, submetidos ao Estresse Crônico Imprevisível (ECI). Analisando os parâmetros comportamentais, o modelo foi validado pelo teste alimentar, apesar da AYA não prevenir a anedonia causada por esse modelo. No teste de campo aberto, nenhum dos parâmetros analisados (número de cruzamentos, grooming e rearing) foram alterados. Analisamos os parâmetros de estresse oxidativo. Como os níveis de TBARS, que sofreram alterações no córtex cerebral. Observamos o aumento dos níveis no grupo estresse em relação ao controle e AYA neutraliza essa alteração. No hipocampo os níveis de sulfidrilas diminuíram no grupo estresse em relação ao controle também o tratamento com AYA evita essa alteração. Em relação aos níveis de nitritos foi observado no córtex cerebral o aumento no grupo estresse e no grupo AYA, em relação ao grupo controle. Quanto a enzima superóxido dismutase no grupo estresse AYA aumentou em relação ao controle. Demonstramos que os níveis da enzima catalase em córtex cerebral diminuiu em relação ao grupo controle, indicando que a AYA impediu essa mudança. Conclui-se que o tratamento com AYA não foi capaz de prevenir a anedonia causada pelo ECI. Entretanto, provocou alterações em quase todos os testes de estresse oxidativo em córtex cerebral e hipocampo os quais foram alterados pelo tratamento com AYA.Depression is a very common and highly disabling psychiatric disorder. Despite the large number of psychoactive drugs available for therapy, the success rate of antidepressant treatments generally does not exceed 60%. In this matter, the search for new therapies that may help to treat this pathology is of great interest. In this context, Ayahuasca (AYA) emerges as a possible alternative for the treatment of depression. AYA is a shamanic beverage resulting from the decoction of two plants: Banisteriopsis caapi and Psychotria viridis. Considering the above, the aim of this study was to evaluate the effect of subchronic administration of AYA in rats submitted to a model of depression elicited by chronic unpredictable stress (CUS). Analyzing the behavioral parameters, the depression model chosen was validated by the food test, although AYA did not prevent anhedonia caused by this model. In the open-field test, none of the analyzed parameters (number of crosses, grooming and rearing) were altered by any of the treatments. Analyzing the parameters of oxidative stress, levels of TBARS were increased in the cerebral cortex of the stress group in relation to the control group, and AYA counteracts this alteration. In the hippocampus, the sulfhydryl levels decreased in the stress group in relation to the control, and also AYA treatment prevent this change. Regarding nitrite levels, an increase in the stress and in AYA groups were observed in the cerebral cortex in relation to the control group. The antioxidant enzymes were also tested. Regarding superoxide dismutase in the AYA stress group, we found an increased in relation to the control in hippocampus samples. We demonstrated that activity of the catalase decreased in cerebral cortex of rats submitted to stress when compared to the control group, and AYA prevented this change. Our results showed that treatment with AYA was not able to prevent anhedonia caused by the CUS model. However, almost all changes in CUS-induced oxidative stress in cerebral cortex and hippocampus were prevented by AYA treatment.Sem bolsaporUniversidade Federal de PelotasPrograma de Pós-Graduação em Bioquímica e BioprospecçãoUFPelBrasilCC BY-NC-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessCIENCIAS BIOLOGICASBIOQUIMICADepressãoAyahuascaEstresse crônico imprevisívelEstresse oxidativoDepressionAyahuascaChronic stress unpredictableOxidative stressOs efeitos da Ayahuasca em modelo animal de depressãoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisGamaro, Giovana DuzzoCognato, Giana de PaulaSilveira, Janaína Xavier dareponame:Repositório Institucional da UFPel - Guaiacainstname:Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)instacron:UFPELORIGINALDissertacao Janaína Xavier da Silveira.pdfDissertacao Janaína Xavier da Silveira.pdfapplication/pdf2009728http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/10545/1/Dissertacao%20Jana%c3%adna%20Xavier%20da%20Silveira.pdf7eb6eecce2d173d4ecd8480f16c875ebMD51open accessTEXTDissertacao Janaína Xavier da Silveira.pdf.txtDissertacao Janaína Xavier da Silveira.pdf.txtExtracted texttext/plain116446http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/10545/3/Dissertacao%20Jana%c3%adna%20Xavier%20da%20Silveira.pdf.txte6e451eef679458448f959247d99aeb5MD53open accessTHUMBNAILDissertacao Janaína Xavier da Silveira.pdf.jpgDissertacao Janaína Xavier da Silveira.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1245http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/10545/4/Dissertacao%20Jana%c3%adna%20Xavier%20da%20Silveira.pdf.jpgccfe00d1f5f029d2a1141efcc5f43ff9MD54open accessLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81960http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/10545/2/license.txta963c7f783e32dba7010280c7b5ea154MD52open accessprefix/105452023-10-28 03:01:05.128open accessoai:guaiaca.ufpel.edu.br:prefix/10545TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkkgLSBDb20gYSBhcHJlc2VudGHDp8OjbyBkZXN0YSBsaWNlbsOnYSwgdm9jw6ogKG8ocykgYXV0b3IoZXMpIG91IG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIApJbnN0aXR1Y2lvbmFsIChSSSkgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgUGVsb3RhcyAoVUZQZWwpIG8gZGlyZWl0byBuw6NvLWV4Y2x1c2l2byBkZSByZXByb2R1emlyLCB0cmFkdXppciAKKGNvbmZvcm1lIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gKGluY2x1aW5kbyBvIHJlc3VtbykgcG9yIHRvZG8gbyBtdW5kbyBubyBmb3JtYXRvIGltcHJlc3NvIAplIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW87CgpJSSAtIFZvY8OqIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJJIGRhIFVGUGVsIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gCnBhcmEgZmlucyBkZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvOwoKSUlJIC0gVm9jw6ogdGFtYsOpbSBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSSSBkYSBVRlBlbCBwb2RlIG1hbnRlciBtYWlzIGRlIHVtYSBjw7NwaWEgZGUgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIGZpbnMgZGUgc2VndXJhbsOnYSwgYmFja3VwIAplIHByZXNlcnZhw6fDo287CgpJViAtIFZvY8OqIGRlY2xhcmEgcXVlIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyDDqSBvcmlnaW5hbCBlIHF1ZSB2b2PDqiB0ZW0gbyBwb2RlciBkZSBjb25jZWRlciBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gClZvY8OqIHRhbWLDqW0gZGVjbGFyYSBxdWUgbyBkZXDDs3NpdG8gZGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgbsOjbyBpbmZyaW5nZSBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyAKZGUgbmluZ3XDqW07CgpWIC0gQ2FzbyBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY8OqIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgCm9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3PDo28gaXJyZXN0cml0YSBkbyBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciBhbyBSSSBkYSBVRlBlbCBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgCm5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIApvdSBubyBjb250ZcO6ZG8gZGEgcHVibGljYcOnw6NvIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhOwoKVkkgLSBDQVNPIEEgUFVCTElDQcOHw4NPIE9SQSBERVBPU0lUQURBIFRFTkhBIFNJRE8gUkVTVUxUQURPIERFIFVNIFBBVFJPQ8ONTklPIE9VIEFQT0lPIERFIFVNQSBBR8OKTkNJQSBERSBGT01FTlRPIE9VCk9VVFJBIE9SR0FOSVpBw4fDg08sIFZPQ8OKIERFQ0xBUkEgUVVFIFJFU1BFSVRPVSBUT0RPUyBFIFFVQUlTUVVFUiBESVJFSVRPUyBERSBSRVZJU8ODTyBDT01PIFRBTULDiU0gQVMgREVNQUlTIE9CUklHQcOHw5VFUyAKRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETzsKClZJSSAtIE8gUkkgZGEgVUZQZWwgc2UgY29tcHJvbWV0ZSBhIGlkZW50aWZpY2FyIGNsYXJhbWVudGUgbyBzZXUgbm9tZSBvdSBvKHMpIG5vbWUocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyAKYXV0b3JhaXMgZGEgcHVibGljYcOnw6NvLCBlIG7Do28gZmFyw6EgcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJhw6fDo28sIGFsw6ltIGRhcXVlbGFzIGNvbmNlZGlkYXMgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EuCg==Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.ufpel.edu.br/oai/requestrippel@ufpel.edu.br || repositorio@ufpel.edu.br || aline.batista@ufpel.edu.bropendoar:2023-10-28T06:01:05Repositório Institucional da UFPel - Guaiaca - Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)false |
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