Os pêssegos não caem do céu: relações de trabalho a agricultura familiar no município de Pelotas/RS.
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Data de Publicação: | 2018 |
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Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPel - Guaiaca |
Texto Completo: | http://repositorio.ufpel.edu.br/handle/prefix/3766 |
Resumo: | A questão da mão de obra é um tema cada vez mais importante diante da redução da disponibilidade de força de trabalho no âmbito da agricultura familiar e no espaço rural como um todo. Partiu-se da premissa de que, mesmo no âmbito da agricultura familiar, a questão das relações de trabalho tem uma especificidade. Deste modo, há que considerar as atuais formas de trabalho e sua relevância para a continuidade da atividade agrícola e, de modo particular, no que tange à produção de pêssegos no município de Pelotas/RS. Trata-se de cultivo que diverge frontalmente de culturas como a soja, conhecidas justamente por demandarem cada vez menos a força de trabalho em face do aumento da mecanização dos processos produtivos. Neste contexto, verificou-se a relevância de conhecer as condições sociais de existência dos trabalhadores rurais (avulsos, temporários ou safristas) que atuam ao longo do ciclo dessa cultura sobretudo nas atividades de poda, raleio e colheita. O objetivo primordial da pesquisa foi analisar as relações de trabalho junto às explorações familiares dedicadas à produção do pêssego em Pelotas, com ênfase na questão da contratação de trabalhadores safristas. A metodologia incluiu o uso de diversas fontes (primárias e secundárias). No primeiro caso, através da realização de entrevistas em profundidade, as quais foram aplicadas entre os meses de fevereiro e agosto de 2017 junto a quinze agricultores familiares e cinco trabalhadores rurais que atuam nas aludidas etapas do processo produtivo. No segundo caso, mediante levantamento de dados censitários e diversas informações gerais e específicas junto a órgãos oficiais, sindicatos e em outras instituições. As conclusões do estudo apontam para a imprescindibilidade dessa relação entre agricultores familiares e trabalhadores rurais. A redução na disponibilidade de braços, dentro e fora da exploração, se apresenta como um fator que limita a ampliação dos pomares e representa uma ameaça para o futuro da atividade persícola. As dificuldades de regularização dessa relação de trabalho fazem com que a clandestinidade seja vista como um fato natural entre produtores e trabalhadores rurais. A incidência da pluriatividade entre os produtores de pêssego foi outro aspecto detectado na pesquisa. |
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Deste modo, há que considerar as atuais formas de trabalho e sua relevância para a continuidade da atividade agrícola e, de modo particular, no que tange à produção de pêssegos no município de Pelotas/RS. Trata-se de cultivo que diverge frontalmente de culturas como a soja, conhecidas justamente por demandarem cada vez menos a força de trabalho em face do aumento da mecanização dos processos produtivos. Neste contexto, verificou-se a relevância de conhecer as condições sociais de existência dos trabalhadores rurais (avulsos, temporários ou safristas) que atuam ao longo do ciclo dessa cultura sobretudo nas atividades de poda, raleio e colheita. O objetivo primordial da pesquisa foi analisar as relações de trabalho junto às explorações familiares dedicadas à produção do pêssego em Pelotas, com ênfase na questão da contratação de trabalhadores safristas. A metodologia incluiu o uso de diversas fontes (primárias e secundárias). No primeiro caso, através da realização de entrevistas em profundidade, as quais foram aplicadas entre os meses de fevereiro e agosto de 2017 junto a quinze agricultores familiares e cinco trabalhadores rurais que atuam nas aludidas etapas do processo produtivo. No segundo caso, mediante levantamento de dados censitários e diversas informações gerais e específicas junto a órgãos oficiais, sindicatos e em outras instituições. As conclusões do estudo apontam para a imprescindibilidade dessa relação entre agricultores familiares e trabalhadores rurais. A redução na disponibilidade de braços, dentro e fora da exploração, se apresenta como um fator que limita a ampliação dos pomares e representa uma ameaça para o futuro da atividade persícola. As dificuldades de regularização dessa relação de trabalho fazem com que a clandestinidade seja vista como um fato natural entre produtores e trabalhadores rurais. A incidência da pluriatividade entre os produtores de pêssego foi outro aspecto detectado na pesquisa.The issue of the workforce is an increasingly important subject, considering that the availability of labor power in the context of family farming and rural areas as a whole has decreased. This paper was based on the premise that, even in the context of family farming, the issue of labor relations has a specificity. Thus, it is necessary to consider the current forms of work and their relevance to keep the agricultural activity going, particularly regarding the production of peaches in the municipatily of Pelotas/RS, a farming model which diverges from crops such as soybeans, known precisely for demanding less and less labor power because of the increased mechanization of the productive processes. In this context, it was verified the relevance of knowing the social conditions of living of the rural workers, who are hired to work as temporary, occasional or seasonal workers for specific services within farming activities, such as pruning and harvesting. The main purpose of this research was to analyze the labor relations in the family farming dedicated to the production of peaches in Pelotas, with emphasis on the issue of hiring seasonal workers. The proposed methodology included the use of several sources (primary and secondary). The use of primary sources was through in-depth interviews, which were applied between February and August 2017 to fifteen family farming and five rural workers who work in the aforementioned stages of the production process. And the use of secondary sources was by collecting census data and general and specific information from official bodies, trade unions and other institutions. The conclusions of this study show that this relationship between family farming and rural workers is indispensable. The reduction of labor power, inside and outside the farms, is a factor that limits the expansion of orchards and represents a threat to the future of this cultivation. The difficulties in regulating these labor relations make producers and rural workers act illegally in many cases. The incidence of pluriactivity among peach producers was another aspect verified during the research.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESporUniversidade Federal de PelotasPrograma de Pós-Graduação em Sistemas de Produção Agrícola FamiliarUFPelBrasilFaculdade de Agronomia Eliseu MacielCNPQ::CIENCIAS AGRARIAS::AGRONOMIAAgricultura familiarMão de obraForça de trabalho ruralPersiculturaFamily farmingWorkforceRural labor forcePeach productionOs pêssegos não caem do céu: relações de trabalho a agricultura familiar no município de Pelotas/RS.Peaches do not fall from the sky: labor relations in family farming in the municipality of Pelotas/RSinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFPel - Guaiacainstname:Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)instacron:UFPELTEXTTESE - Patrícia Severo.pdf.txtTESE - Patrícia Severo.pdf.txtExtracted texttext/plain401121http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/3766/6/TESE%20-%20Patr%c3%adcia%20Severo.pdf.txt8c26241113957757f9278c901ed40d5aMD56open accessTHUMBNAILTESE - Patrícia Severo.pdf.jpgTESE - Patrícia Severo.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1306http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/3766/7/TESE%20-%20Patr%c3%adcia%20Severo.pdf.jpgad3a765eb8edb6a981ade577e1dedca0MD57open accessORIGINALTESE - Patrícia Severo.pdfTESE - Patrícia Severo.pdfapplication/pdf2552839http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/3766/1/TESE%20-%20Patr%c3%adcia%20Severo.pdffa78ff374b8e39a9fd6e03be072ed848MD51open accessCC-LICENSElicense_urllicense_urltext/plain; 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