A performance do mito? Empresariado do “fracasso” e a dinâmica regional do poder.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Spolle, Marcus Vinicius
Data de Publicação: 2017
Outros Autores: Leite, Elaine da Silveira, Cantarelli, Vanesca Pires Trindade
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPel - Guaiaca
Texto Completo: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/7310
http://dx.doi.org/10.5380/nep.v3i3.54326
Resumo: Esse artigo visa desvelar as percepções que envolvem a performance da teoria do contraste metade-norte e metade-sul como a “principal” teoria histórica e explicativa do atual desenvolvimento econômico do Estado Rio Grande do Sul. Essa teoria sustenta a tese que distingue a metade-sul como atrasada pois, historicamente, foi marcada pela grande propriedade, pelo latifúndio, e por um conservadorismo que inibiu o desenvolvimento de um “espírito empreendedor”, o qual figura como forte característica da “metade-norte”, que registra um passado marcado pela pequena propriedade, pela economia agrícola, e demais atividades econômicas que envolvem setores mais diversificados, etc. Essa teoria, portanto, revela as características do passado de colonização do início do século XX e, que sem dúvida, ainda reflete na realidade sócio-política da região. Entretanto, buscamos problematizar como essa proposição tornou-se recorrente nas explicações do senso comum do gaúcho. Para isso, adentramos no mundo das famílias locais que mantém negócios próprios (médios e pequenos empresários) e estão em evidência, nos últimos anos, com estandes na principal feira de exposição da cidade de Pelotas (município da metade sul do Rio Grande do Sul) – a FENADOCE (Feira Nacional do Doce).
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