Educação jurídica no âmbito da transnacionalização das relações humanas: recontextualização curricular do Direito Internacional em cursos de Direito no Brasil

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Autor(a) principal: Corrêa, Anelize Maximila
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPel - Guaiaca
Texto Completo: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/4423
Resumo: Esta pesquisa discute a formação jurídica proporcionada aos estudantes de Direito de Universidades Federais brasileiras quanto ao Direito Internacional, em geral; e ao Direito Internacional Privado, em particular; conteúdos necessários para os profissionais do Direito garantirem o acesso pleno à Justiça por parte dos sujeitos que, em face das dinâmicas contemporâneas mundializadas, forçosa ou voluntariamente, migraram para locais distintos daqueles que possuem vínculo jurídico de nacionalidade; ou estabeleceram relações jurídicas que transpõem as fronteiras do Estado onde estão domiciliados. Em face desse contexto, com base na teoria sociológica de Basil Bernstein (1993; 1996; 1998), neste trabalho, (1) identificamos a intensificação da transnacionalização das relações humanas, pelos movimentos migratórios e das medidas de cooperação jurídica internacional; (2) analisamos as normativas que regulam a Educação Jurídica no Brasil, desde a criação dos cursos de Direito, em 1827, até a proposta de novas diretrizes curriculares nacionais; (3) apuramos os Projetos Pedagógicos de Cursos do Sistema Federal de Ensino e identificamos o posicionamento, enfoque e a carga horária destinada ao Direito Internacional; (4) analisamos os Projeto Pedagógicos Institucionais e os Projetos Pedagógicos de Curso das Universidades Federais de Pelotas (UFPel) e do Rio Grande (FURG), selecionados pelo enfoque e carga horária do Direito Internacional, e as modificações que se operaram nos respectivos Campos Recontextualizadores Pedagógicos; (5) realizamos entrevistas semiestruturadas (TRIVIÑOS,1997) com gestores e professores dos cursos estudados. Com essa trajetória de pesquisa, constatamos que, (a) na história da Educação Jurídica brasileira, existe um vínculo de exclusão do Direito Internacional como componente curricular obrigatório durante regimes autoritários, sendo recuperado em 1994, de forma genérica, com as DCNs; (b) que a Educação Jurídica brasileira, mesmo após a reinserção do Direitro Internacionals mantém uma abordagem territorialista; (c) que as Universidades Federais tratam da temática com diferentes perspectivas e destinação de carga horária; (d) que o tratamento das relações humanas transnacionalizadas é desenvolvido exclusivamente pelo Direito Internacional; (e) que as relações humanas transnacionalizadas são invisíveis para a maioria dos docentes dos cursos jurídicos estudados; (f) que a interdisciplinaridade, mesmo prevista pelos campos recontextualizadores oficiais e pedagógicos, não se recontextualiza nas práticas pedagógicas; (g) que a construção dos currículos dos cursos decorre de arenas de poder (Apple, 1989; Bernstein, 1998); (h) que a Educação Jurídica necessita contemplar o Direito Internacional em sua plenitude, incluindo o Direito Internacional Público e o Privado, com uma destinação de carga horária compatível com a amplitude e complexidade dos temas abordados por estas disciplinas; (i) que a abordagem a ser desenvolvida pelo Direito Internacional deve aproximá-lo da realidade social. Os resultados desta tese indicam que os cursos de Direito estudados ao privilegiarem uma postura territorialista, não favorecem o enfrentamento das relações humanas transnacionalizadas, contribuindo para a manutenção de posturas afastadas do acesso aos Direitos Humanos aos sujeitos cujas relações transpõem as fronteiras dos Estados nacionais.
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Educação jurídica no âmbito da transnacionalização das relações humanas: recontextualização curricular do Direito Internacional em cursos de Direito no Brasil.Tese de Doutorado em Educação - Programa de Pós Graduação em Educação, UFPel, Pelotas, 2018.http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/4423Esta pesquisa discute a formação jurídica proporcionada aos estudantes de Direito de Universidades Federais brasileiras quanto ao Direito Internacional, em geral; e ao Direito Internacional Privado, em particular; conteúdos necessários para os profissionais do Direito garantirem o acesso pleno à Justiça por parte dos sujeitos que, em face das dinâmicas contemporâneas mundializadas, forçosa ou voluntariamente, migraram para locais distintos daqueles que possuem vínculo jurídico de nacionalidade; ou estabeleceram relações jurídicas que transpõem as fronteiras do Estado onde estão domiciliados. Em face desse contexto, com base na teoria sociológica de Basil Bernstein (1993; 1996; 1998), neste trabalho, (1) identificamos a intensificação da transnacionalização das relações humanas, pelos movimentos migratórios e das medidas de cooperação jurídica internacional; (2) analisamos as normativas que regulam a Educação Jurídica no Brasil, desde a criação dos cursos de Direito, em 1827, até a proposta de novas diretrizes curriculares nacionais; (3) apuramos os Projetos Pedagógicos de Cursos do Sistema Federal de Ensino e identificamos o posicionamento, enfoque e a carga horária destinada ao Direito Internacional; (4) analisamos os Projeto Pedagógicos Institucionais e os Projetos Pedagógicos de Curso das Universidades Federais de Pelotas (UFPel) e do Rio Grande (FURG), selecionados pelo enfoque e carga horária do Direito Internacional, e as modificações que se operaram nos respectivos Campos Recontextualizadores Pedagógicos; (5) realizamos entrevistas semiestruturadas (TRIVIÑOS,1997) com gestores e professores dos cursos estudados. Com essa trajetória de pesquisa, constatamos que, (a) na história da Educação Jurídica brasileira, existe um vínculo de exclusão do Direito Internacional como componente curricular obrigatório durante regimes autoritários, sendo recuperado em 1994, de forma genérica, com as DCNs; (b) que a Educação Jurídica brasileira, mesmo após a reinserção do Direitro Internacionals mantém uma abordagem territorialista; (c) que as Universidades Federais tratam da temática com diferentes perspectivas e destinação de carga horária; (d) que o tratamento das relações humanas transnacionalizadas é desenvolvido exclusivamente pelo Direito Internacional; (e) que as relações humanas transnacionalizadas são invisíveis para a maioria dos docentes dos cursos jurídicos estudados; (f) que a interdisciplinaridade, mesmo prevista pelos campos recontextualizadores oficiais e pedagógicos, não se recontextualiza nas práticas pedagógicas; (g) que a construção dos currículos dos cursos decorre de arenas de poder (Apple, 1989; Bernstein, 1998); (h) que a Educação Jurídica necessita contemplar o Direito Internacional em sua plenitude, incluindo o Direito Internacional Público e o Privado, com uma destinação de carga horária compatível com a amplitude e complexidade dos temas abordados por estas disciplinas; (i) que a abordagem a ser desenvolvida pelo Direito Internacional deve aproximá-lo da realidade social. Os resultados desta tese indicam que os cursos de Direito estudados ao privilegiarem uma postura territorialista, não favorecem o enfrentamento das relações humanas transnacionalizadas, contribuindo para a manutenção de posturas afastadas do acesso aos Direitos Humanos aos sujeitos cujas relações transpõem as fronteiras dos Estados nacionais.Esta investigación discute la formación jurídica proporcionada a los estudiantes de Derecho de las Universidades Federales brasileñas respecto el Derecho Internacional, en general; y el Derecho Internacional Privado, en particular; cuyos contenidos son necesarios para los profesionales del Derecho garantizaren el acceso pleno a la justicia a los sujetos que, delante de las dinámicas contemporáneas mundializadas, forzosa o voluntariamente, emigraron a lugares distintos de sus vínculos jurídicos de nacionalidad; o establecieron relaciones jurídicas que transponen las fronteras del Estado de su domicilio. En ese contexto, con base en la teoría sociológica de Basil Bernstein (1993; 1996; 1998), en esta tesis, (1) identificamos la intensificación de la naturaleza transnacional de las relaciones humanas, por los movimientos migratorios y las medidas de cooperación jurídica internacional; (2) analizamos las normativas que regulan la Educación Jurídica en Brasil, desde la creación de los cursos de Derecho, en 1827, hasta la propuesta de nuevas directrices curriculares nacionales; (3) apuramos los Proyectos Pedagógicos de Curso del Sistema Federal de Enseñanza e identificamos el posicionamiento, enfoque y la carga horaria destinada al Derecho Internacional; (4) analizamos los Proyectos Pedagógicos Institucionales y los Proyectos Pedagógicos de Curso de las Universidades Federales de Pelotas (UFPel) y deRio Grande (FURG), seleccionadas por el enfoque y carga horaria ofrecidos al Derecho Internacional y las modificaciones que se operaron en los respectivos Campos Recontextualizadores Pedagógicos; (5) realizamos entrevistas semi-estructuradas (TRIVIÑOS, 1997) con gestores y profesores de los cursos estudiados. Con esta trayectoria de investigación, constatamos que, en la historia de la Educación Jurídica brasileña, (a) existe un vínculo de exclusión del Derecho Internacional como componente curricular obligatorio durante regímenes autoritarios, siendo recuperado en 1994, genéricamente, con las Directrices Curriculares Nacionales; (b) que la Educación Jurídica brasileña mismo después de la reinserción del Derecho Internacional mantiene un abordaje territorialista; (c) que las Universidades Federales tratan de la temática con diferentes perspectivas y carga horaria; (d) que el abordaje acerca de las relaciones humanas transnacionalizadas es desarrollado exclusivamente en la asignatura de Derecho Internacional; (e) que las relaciones humanas transnacionalizadas son invisibles para la mayoría de los docentes de los cursos jurídicos estudiados; (f) que la interdisciplinaridad, prevista en los Campos Recontextualizadores Oficiales y Pedagógicos, no se recontextualiza en las prácticas pedagógicas; (g) que la construcción curricular de los cursos resulta de arenas de poder (APPLE, 1989; BERNSTEIN, 1998); (h) que la Educación Jurídica necesita contemplar el Derecho Internacional en su plenitud, incluyendo el Derecho Internacional Público y al Privado, con una destinación de carga horaria compatible con la amplitud y complexidad de los temas abordados por estas disciplinas; (i) que el enfoque a ser desarrollado por el Derecho Internacional debe acercarse a la realidad social. Los resultados de esta tesis indican que los cursos de Derecho estudiados, al privilegiar el abordaje territorialista, no favorecen la asistencia a las relaciones humanas transnacionalizadas, contribuyendo al mantenimiento de posturas alejadas del acceso a los Derechos Humanos a los sujetos cuyas relaciones transponen las fronteras de los Estados nacionales.Sem bolsaporUniversidade Federal de PelotasPrograma de Pós-Graduação em EducaçãoUFPelBrasilFaculdade de EducaçãoCNPQ::CIENCIAS HUMANAS::EDUCACAOEducação jurídicaCurrículoRecontextualizaçãoDireito internacionalRelações humanas transnacionalizadasEducación jurídicaCurrículoRecontextualizaciónDerecho internacionalRelaciones humanas transnacionalizadasEducação jurídica no âmbito da transnacionalização das relações humanas: recontextualização curricular do Direito Internacional em cursos de Direito no BrasilEducación jurídica en el ámbito de la transnacionalización de las relaciones humanas: recontextualización curricular del Derecho Internacional en cursos de Derecho en Brasil.info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFPel - Guaiacainstname:Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)instacron:UFPELTEXTAnelize Maximila Corrêa.pdf.txtAnelize Maximila Corrêa.pdf.txtExtracted texttext/plain618904http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/4423/6/Anelize%20Maximila%20Corr%c3%aaa.pdf.txt04753b6b45031cd791423152d5456718MD56open accessTHUMBNAILAnelize Maximila Corrêa.pdf.jpgAnelize Maximila Corrêa.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1237http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/4423/7/Anelize%20Maximila%20Corr%c3%aaa.pdf.jpg8d981a00370f4ab1fc94ff6a281ec60cMD57open accessORIGINALAnelize Maximila Corrêa.pdfAnelize Maximila Corrêa.pdfapplication/pdf2149078http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/4423/1/Anelize%20Maximila%20Corr%c3%aaa.pdfddfe1c923e3f9034912013cccdb4fee9MD51open accessCC-LICENSElicense_urllicense_urltext/plain; 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