Efeito da restrição calórica e da rapamicina sobre o envelhecimento ovariano em camundongos
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
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Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPel - Guaiaca |
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Resumo: | A restrição calórica (RC) é conhecida por aumentar a preservação da reserva ovariana. Do mesmo modo o fármaco rapamicina tem demonstrado ter efeitos semelhantes aos da RC com relação à reserva ovariana. O objetivo desse estudo foi avaliar os efeitos da rapamicina e da RC na reserva folicular, no estresse oxidativo e na expressão gênica ovariana e também no metabolismo da glicose em camundongos. Foram utilizados 36 camundongos fêmeas da linhagem C57BL/6 mantidos com dieta padrão e água ad libitum e sob condições controladas de luz e temperatura. Os camundongos foram distribuídos em 3 grupos de 12 animais cada (grupo controle; grupo tratado com rapamicina intraperitoneal a cada 2 dias na dose de 4mg/kg de peso e o grupo submetido à RC de 30% em relação ao grupo controle). Aos 85 dias de tratamento, realizou-se o teste de tolerância à insulina (TTI) e o teste de tolerância à glicose (TTG). Aos 93 dias de tratamento os camundongos foram eutanasiados, e os ovários foram coletados, um para análise histológica e o outro para a expressão gênica e análise da formação de espécies reativas de oxigênio (EROs). As análises estatísticas foram realizadas utilizando o software Graphpad Prism 6. Valores de P<0,05 foram considerados significativos. Não houve diferença quanto ao consumo e o ganho de peso entre os grupos controle e rapamicina (P>0,05). No TTI, as fêmeas da rapamicina foram mais resistentes à insulina, enquanto que as da RC apresentaram maior sensibilidade à insulina (P=0,003). No TTG, as fêmeas da rapamicina foram mais intolerantes à glicose quando comparadas com as da RC e controle (P=0,04). Na quantificação de EROs, as fêmeas do grupo rapamicina tiveram maiores níveis de EROs quando comparadas aos do grupo controle (P<0,05). Na contagem de folículos, as fêmeas da RC e da rapamicina tiveram maior número de folículos primordiais (P=0,02 e 0,04) e menor número de folículos primários (P<0,001). Na expressão gênica, as fêmeas da RC e rapamicina tiveram maior expressão do fator de transcrição Foxo3a (P=0,01) e as fêmeas da RC tiveram menor nível de expressão de Akt1 do que as da rapamicina (P<0,05). Portanto, as fêmeas da rapamicina e da RC tiveram uma maior reserva ovariana e maior expressão da Foxo3a, porém as fêmeas da rapamicina foram mais intolerantes à glicose, enquanto que as da RC foram mais sensíveis à insulina em relação ao grupo controle e o rapamicina, não havendo diferença no ganho de peso e consumo das fêmeas da rapamicina. Isto indica que a expressão de Foxo3a foi um fator comum entre os tratamento e que resultou em reduzida ativação de folículos primordiais. |
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2019-11-08T21:51:56Z2019-11-08T21:51:56Z2018-08-06GARCIA, Driele Neske. Efeito da restrição calórica e da rapamicina sobre o envelhecimento ovariano em camundongos. 2018. 64 f. Dissertação (Mestrado em Nutrição e Alimentos) - Programa de Pós-Graduação em Nutrição e Alimentos, Faculdade de Nutrição, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, 2018.http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/4876A restrição calórica (RC) é conhecida por aumentar a preservação da reserva ovariana. Do mesmo modo o fármaco rapamicina tem demonstrado ter efeitos semelhantes aos da RC com relação à reserva ovariana. O objetivo desse estudo foi avaliar os efeitos da rapamicina e da RC na reserva folicular, no estresse oxidativo e na expressão gênica ovariana e também no metabolismo da glicose em camundongos. Foram utilizados 36 camundongos fêmeas da linhagem C57BL/6 mantidos com dieta padrão e água ad libitum e sob condições controladas de luz e temperatura. Os camundongos foram distribuídos em 3 grupos de 12 animais cada (grupo controle; grupo tratado com rapamicina intraperitoneal a cada 2 dias na dose de 4mg/kg de peso e o grupo submetido à RC de 30% em relação ao grupo controle). Aos 85 dias de tratamento, realizou-se o teste de tolerância à insulina (TTI) e o teste de tolerância à glicose (TTG). Aos 93 dias de tratamento os camundongos foram eutanasiados, e os ovários foram coletados, um para análise histológica e o outro para a expressão gênica e análise da formação de espécies reativas de oxigênio (EROs). As análises estatísticas foram realizadas utilizando o software Graphpad Prism 6. Valores de P<0,05 foram considerados significativos. Não houve diferença quanto ao consumo e o ganho de peso entre os grupos controle e rapamicina (P>0,05). No TTI, as fêmeas da rapamicina foram mais resistentes à insulina, enquanto que as da RC apresentaram maior sensibilidade à insulina (P=0,003). No TTG, as fêmeas da rapamicina foram mais intolerantes à glicose quando comparadas com as da RC e controle (P=0,04). Na quantificação de EROs, as fêmeas do grupo rapamicina tiveram maiores níveis de EROs quando comparadas aos do grupo controle (P<0,05). Na contagem de folículos, as fêmeas da RC e da rapamicina tiveram maior número de folículos primordiais (P=0,02 e 0,04) e menor número de folículos primários (P<0,001). Na expressão gênica, as fêmeas da RC e rapamicina tiveram maior expressão do fator de transcrição Foxo3a (P=0,01) e as fêmeas da RC tiveram menor nível de expressão de Akt1 do que as da rapamicina (P<0,05). Portanto, as fêmeas da rapamicina e da RC tiveram uma maior reserva ovariana e maior expressão da Foxo3a, porém as fêmeas da rapamicina foram mais intolerantes à glicose, enquanto que as da RC foram mais sensíveis à insulina em relação ao grupo controle e o rapamicina, não havendo diferença no ganho de peso e consumo das fêmeas da rapamicina. Isto indica que a expressão de Foxo3a foi um fator comum entre os tratamento e que resultou em reduzida ativação de folículos primordiais.Caloric restriction (CR) is known to increase the preservation of the ovarian reserve. Likewise, rapamycin has been shown to have similar effects to CR regarding the ovarian reserve. The aim of this study was to evaluate the effects of rapamycin and caloric restriction on follicular reserve, oxidative stress, ovarian gene expression and also on glucose metabolism in mice. Thirty-six female mice of C57BL/6 lineage maintained with standard diet, water ad libitum and under controlled light and temperature conditions were used. The mice were alocated into 3 groups of 12 animals each (control group, group treated with intraperitoneal rapamycin every 2 days at a dose of 4mg/kg body weight and the group submitted to CR of 30% compared to the control group). At 85 days of treatment, an insulin tolerance test (ITT) and glucose tolerance test (GTT) were performed. At 93 days of treatment the mice were euthanized, and the ovaries were collected, one for histological analysis, and the other for gene expression and analysis of reactive oxygen species (ROS). Statistical analyzes were performed using Graphpad Prism 6 software. Values of P<0.05 were considered significant. There was no difference in consumption and weight gain between the control and rapamycin (P>0.05). In the ITT, mice of the rapamycin were more resistant to insulin whereas those of the CR had higher insulin sensitivity (P=0.003). In the GTT, from females of the rapamycin group were more intolerant to glucose when compared with RC and control groups (P=0,04). Females of the rapamycin group had higher levels of ROS when compared to the control group (P<0.05). The females, CR and rapamycin had a higher number of primordial follicles (P=0.02 and 0.04) and a lower number of primary follicles (P<0.001) and both had greater expression of the transcription factor Foxo3a (P=0.01). CR mice had lower level of expression of Akt1 than those of rapamycin (P<0.05). Therefore, females of rapamycin and CR had a greater ovarian reserve and higher expression of Foxo3a, but females of rapamycin were more intolerant to glucose whereas those of CR were more sensitive to insulin and there was no difference in weight gain and consumption of the females of the rapamycin. This indicates that the expression of Foxo3a was a common factor between the treatments and that resulted in reduced activation of primordial follicles.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESporUniversidade Federal de PelotasPrograma de Pós-Graduação em Nutrição e AlimentosUFPelBrasilFaculdade de NutriçãoCNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::NUTRICAONutriçãoSirolimoReserva ovarianaMtorFoxo3aSirolimusOvarian reserveEfeito da restrição calórica e da rapamicina sobre o envelhecimento ovariano em camundongosEffect of caloric restriction and rapamycin on ovarian aging in miceinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://lattes.cnpq.br/9886280883909255http://lattes.cnpq.br/0952566646598843Barros, Carlos Castilho dehttp://lattes.cnpq.br/7429609548804288Schneider, AugustoGarcia, Driele Neskeinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFPel - Guaiacainstname:Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)instacron:UFPELTEXTDissertacao_Driele_Garcia.pdf.txtDissertacao_Driele_Garcia.pdf.txtExtracted texttext/plain119638http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/4876/6/Dissertacao_Driele_Garcia.pdf.txtb02ac5fd5e7146a9689591d3b6cc12c4MD56open accessTHUMBNAILDissertacao_Driele_Garcia.pdf.jpgDissertacao_Driele_Garcia.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1207http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/4876/7/Dissertacao_Driele_Garcia.pdf.jpgf032f2d2e1b025ba0e0d2c7c1308f721MD57open accessORIGINALDissertacao_Driele_Garcia.pdfDissertacao_Driele_Garcia.pdfapplication/pdf1305903http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/4876/1/Dissertacao_Driele_Garcia.pdf2685b06b4d9dfad6effe3c195c5b51c8MD51open accessCC-LICENSElicense_urllicense_urltext/plain; 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A restrição calórica (RC) é conhecida por aumentar a preservação da reserva ovariana. Do mesmo modo o fármaco rapamicina tem demonstrado ter efeitos semelhantes aos da RC com relação à reserva ovariana. O objetivo desse estudo foi avaliar os efeitos da rapamicina e da RC na reserva folicular, no estresse oxidativo e na expressão gênica ovariana e também no metabolismo da glicose em camundongos. Foram utilizados 36 camundongos fêmeas da linhagem C57BL/6 mantidos com dieta padrão e água ad libitum e sob condições controladas de luz e temperatura. Os camundongos foram distribuídos em 3 grupos de 12 animais cada (grupo controle; grupo tratado com rapamicina intraperitoneal a cada 2 dias na dose de 4mg/kg de peso e o grupo submetido à RC de 30% em relação ao grupo controle). Aos 85 dias de tratamento, realizou-se o teste de tolerância à insulina (TTI) e o teste de tolerância à glicose (TTG). Aos 93 dias de tratamento os camundongos foram eutanasiados, e os ovários foram coletados, um para análise histológica e o outro para a expressão gênica e análise da formação de espécies reativas de oxigênio (EROs). As análises estatísticas foram realizadas utilizando o software Graphpad Prism 6. Valores de P<0,05 foram considerados significativos. Não houve diferença quanto ao consumo e o ganho de peso entre os grupos controle e rapamicina (P>0,05). No TTI, as fêmeas da rapamicina foram mais resistentes à insulina, enquanto que as da RC apresentaram maior sensibilidade à insulina (P=0,003). No TTG, as fêmeas da rapamicina foram mais intolerantes à glicose quando comparadas com as da RC e controle (P=0,04). Na quantificação de EROs, as fêmeas do grupo rapamicina tiveram maiores níveis de EROs quando comparadas aos do grupo controle (P<0,05). Na contagem de folículos, as fêmeas da RC e da rapamicina tiveram maior número de folículos primordiais (P=0,02 e 0,04) e menor número de folículos primários (P<0,001). Na expressão gênica, as fêmeas da RC e rapamicina tiveram maior expressão do fator de transcrição Foxo3a (P=0,01) e as fêmeas da RC tiveram menor nível de expressão de Akt1 do que as da rapamicina (P<0,05). Portanto, as fêmeas da rapamicina e da RC tiveram uma maior reserva ovariana e maior expressão da Foxo3a, porém as fêmeas da rapamicina foram mais intolerantes à glicose, enquanto que as da RC foram mais sensíveis à insulina em relação ao grupo controle e o rapamicina, não havendo diferença no ganho de peso e consumo das fêmeas da rapamicina. Isto indica que a expressão de Foxo3a foi um fator comum entre os tratamento e que resultou em reduzida ativação de folículos primordiais. |
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