O QUE ESPERAR DAS RELAÇÕES BRASIL-CHINA?
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista de Sociologia e Política |
Texto Completo: | https://revistas.ufpr.br/rsp/article/view/31753 |
Resumo: | O artigo trata das relações recentes mantidas entre o Brasil e a República Popular da China (RPC).Objetiva-se apontar os resultados alcançados e os desafios remanescentes nas relações econômico-comerciaise na cooperação bilateral sino-brasileira nas últimas duas décadas (1990-2010). Utiliza-se a hipótesede que as relações entre Brasil e China apresentaram avanços durante o período graças, em especial, àmaior liberdade de ação promovida pela interdependência crescente do sistema internacional; embora taisavanços tenham sido limitados devido, sobretudo, (i) às instabilidades internas no Brasil e na China e (ii)à falta de planejamento sistemático da parceria sino-brasileira. Para verificar a hipótese foi examinada aevolução histórica das relações sino-brasileiras, destacando as três primeiras fases das relações bilaterais,referentes à (i) gestação das relações (1949-1974); (ii) fixação das bases das relações (1974-1990); (iii)crise nas relações bilaterais (1990-1993). Em seguida, foram apresentadas as duas últimas fases das relaçõessino-brasileiras; (iv) o estabelecimento da parceria estratégica (1993-2003) e (v) a maturação dasrelações bilaterais sino-brasileiras (2003 aos dias atuais). Concluímos que, por um lado, os processos deabertura e globalização no início dos anos 1990 permitiram um aumento de laços entre Brasil e China e,por outro, crises de legitimidade chinesa no plano internacional e mudanças na política externa brasileiralevaram a fortes impasses nas relações; por sua vez, enquanto o Brasil hesitou entre uma política externacooperativa e desenvolvimentista e uma política externa neoliberal e autolimitada à exploração de aspectoseconômicos, e submissa a forças hegemônicas internacionais, a China reforçou o pragmatismo de seucomportamento internacional, ampliando o perfil logístico de sua política externa e a busca por oportunidadesjá no início dos anos 2000. |
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