Arranjo institucional e a capacidade estatal de implementação do Projeto Mais Médicos Brasil (PMMB)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Macedo, Alex dos Santos
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Ferreira, Marco Aurélio Marques
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista de Sociologia e Política
Texto Completo: https://revistas.ufpr.br/rsp/article/view/81797
Resumo: RESUMO Introdução: O arranjo institucional de implementação do Projeto Mais Médicos Brasil (PMMB) envolve diversos atores governamentais e não governamentais em níveis distintos da federação. Trata-se de um complexo arranjo conduzido de forma intersetorial e colaborativa, que demanda a mobilização de capacidade de coordenar e articular os responsáveis por sua condução. Sendo assim, analisaram-se as implicações dos arranjos institucionais e de suas inter-relações com as capacidades estatais, que podem afetar o desempenho e a entrega dos objetivos pretendidos pela intervenção. Materiais e métodos: Para tanto, realizaram-se oito entrevistas com atores-chaves, ligados direta ou indiretamente à implementação do projeto, em nível federal, no período de julho de 2018 a janeiro de 2019, bem como análise documental. Resultados: Os resultados apontam que, no começo, o arranjo facilitou a construção de capacidades técnico-administrativa e político-relacional que permitiram superar os desafios, em termos de coordenação dos diversos atores e das burocracias, em nível interfederativo, a fim de levar médicos aos locais desassistidos ou com dificuldades de fixá-los. Entre outras questões, contribuíram neste processo a aceitação social da intervenção, a geração de resultados em curto prazo e a centralidade da política na agenda governamental. Entretanto alterações, no contexto sociopolítico, que culminaram, em mudança governamental e de atores centrais quanto ao arranjo de implementação, aliado à resistência de grupos de interesse, enfraqueceram as capacidades de entrega dos resultados da intervenção. Discussão: Fica evidente que as capacidades de implementação de uma política pública não são fixas e demandam constante ativação de seu arranjo institucional.PALAVRAS-CHAVE: arranjo institucional; capacidade estatal; implementação; Projeto Mais Médicos Brasil; política de recursos humanos em saúde.
id UFPR-10_55aed8c1814311eb46260d778cf4809d
oai_identifier_str oai:revistas.ufpr.br:article/81797
network_acronym_str UFPR-10
network_name_str Revista de Sociologia e Política
repository_id_str
spelling Arranjo institucional e a capacidade estatal de implementação do Projeto Mais Médicos Brasil (PMMB)RESUMO Introdução: O arranjo institucional de implementação do Projeto Mais Médicos Brasil (PMMB) envolve diversos atores governamentais e não governamentais em níveis distintos da federação. Trata-se de um complexo arranjo conduzido de forma intersetorial e colaborativa, que demanda a mobilização de capacidade de coordenar e articular os responsáveis por sua condução. Sendo assim, analisaram-se as implicações dos arranjos institucionais e de suas inter-relações com as capacidades estatais, que podem afetar o desempenho e a entrega dos objetivos pretendidos pela intervenção. Materiais e métodos: Para tanto, realizaram-se oito entrevistas com atores-chaves, ligados direta ou indiretamente à implementação do projeto, em nível federal, no período de julho de 2018 a janeiro de 2019, bem como análise documental. Resultados: Os resultados apontam que, no começo, o arranjo facilitou a construção de capacidades técnico-administrativa e político-relacional que permitiram superar os desafios, em termos de coordenação dos diversos atores e das burocracias, em nível interfederativo, a fim de levar médicos aos locais desassistidos ou com dificuldades de fixá-los. Entre outras questões, contribuíram neste processo a aceitação social da intervenção, a geração de resultados em curto prazo e a centralidade da política na agenda governamental. Entretanto alterações, no contexto sociopolítico, que culminaram, em mudança governamental e de atores centrais quanto ao arranjo de implementação, aliado à resistência de grupos de interesse, enfraqueceram as capacidades de entrega dos resultados da intervenção. Discussão: Fica evidente que as capacidades de implementação de uma política pública não são fixas e demandam constante ativação de seu arranjo institucional.PALAVRAS-CHAVE: arranjo institucional; capacidade estatal; implementação; Projeto Mais Médicos Brasil; política de recursos humanos em saúde.UFPRMacedo, Alex dos SantosFerreira, Marco Aurélio Marques2021-07-05info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revistas.ufpr.br/rsp/article/view/81797Revista de Sociologia e Política; v. 28, n. 76 (2020): DEZEMBRO; 1-201678-98730104-4478reponame:Revista de Sociologia e Políticainstname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)instacron:UFPRporhttps://revistas.ufpr.br/rsp/article/view/81797/44175Direitos autorais 2021 Revista de Sociologia e Políticainfo:eu-repo/semantics/openAccess2021-07-05T15:40:59Zoai:revistas.ufpr.br:article/81797Revistahttps://revistas.ufpr.br/rspPUBhttps://revistas.ufpr.br/rsp/oai||editoriarsp@ufpr.br1678-98730104-4478opendoar:2021-07-05T15:40:59Revista de Sociologia e Política - Universidade Federal do Paraná (UFPR)false
dc.title.none.fl_str_mv Arranjo institucional e a capacidade estatal de implementação do Projeto Mais Médicos Brasil (PMMB)
title Arranjo institucional e a capacidade estatal de implementação do Projeto Mais Médicos Brasil (PMMB)
spellingShingle Arranjo institucional e a capacidade estatal de implementação do Projeto Mais Médicos Brasil (PMMB)
Macedo, Alex dos Santos
title_short Arranjo institucional e a capacidade estatal de implementação do Projeto Mais Médicos Brasil (PMMB)
title_full Arranjo institucional e a capacidade estatal de implementação do Projeto Mais Médicos Brasil (PMMB)
title_fullStr Arranjo institucional e a capacidade estatal de implementação do Projeto Mais Médicos Brasil (PMMB)
title_full_unstemmed Arranjo institucional e a capacidade estatal de implementação do Projeto Mais Médicos Brasil (PMMB)
title_sort Arranjo institucional e a capacidade estatal de implementação do Projeto Mais Médicos Brasil (PMMB)
author Macedo, Alex dos Santos
author_facet Macedo, Alex dos Santos
Ferreira, Marco Aurélio Marques
author_role author
author2 Ferreira, Marco Aurélio Marques
author2_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv
dc.contributor.author.fl_str_mv Macedo, Alex dos Santos
Ferreira, Marco Aurélio Marques
description RESUMO Introdução: O arranjo institucional de implementação do Projeto Mais Médicos Brasil (PMMB) envolve diversos atores governamentais e não governamentais em níveis distintos da federação. Trata-se de um complexo arranjo conduzido de forma intersetorial e colaborativa, que demanda a mobilização de capacidade de coordenar e articular os responsáveis por sua condução. Sendo assim, analisaram-se as implicações dos arranjos institucionais e de suas inter-relações com as capacidades estatais, que podem afetar o desempenho e a entrega dos objetivos pretendidos pela intervenção. Materiais e métodos: Para tanto, realizaram-se oito entrevistas com atores-chaves, ligados direta ou indiretamente à implementação do projeto, em nível federal, no período de julho de 2018 a janeiro de 2019, bem como análise documental. Resultados: Os resultados apontam que, no começo, o arranjo facilitou a construção de capacidades técnico-administrativa e político-relacional que permitiram superar os desafios, em termos de coordenação dos diversos atores e das burocracias, em nível interfederativo, a fim de levar médicos aos locais desassistidos ou com dificuldades de fixá-los. Entre outras questões, contribuíram neste processo a aceitação social da intervenção, a geração de resultados em curto prazo e a centralidade da política na agenda governamental. Entretanto alterações, no contexto sociopolítico, que culminaram, em mudança governamental e de atores centrais quanto ao arranjo de implementação, aliado à resistência de grupos de interesse, enfraqueceram as capacidades de entrega dos resultados da intervenção. Discussão: Fica evidente que as capacidades de implementação de uma política pública não são fixas e demandam constante ativação de seu arranjo institucional.PALAVRAS-CHAVE: arranjo institucional; capacidade estatal; implementação; Projeto Mais Médicos Brasil; política de recursos humanos em saúde.
publishDate 2021
dc.date.none.fl_str_mv 2021-07-05
dc.type.none.fl_str_mv
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://revistas.ufpr.br/rsp/article/view/81797
url https://revistas.ufpr.br/rsp/article/view/81797
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://revistas.ufpr.br/rsp/article/view/81797/44175
dc.rights.driver.fl_str_mv Direitos autorais 2021 Revista de Sociologia e Política
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Direitos autorais 2021 Revista de Sociologia e Política
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv UFPR
publisher.none.fl_str_mv UFPR
dc.source.none.fl_str_mv Revista de Sociologia e Política; v. 28, n. 76 (2020): DEZEMBRO; 1-20
1678-9873
0104-4478
reponame:Revista de Sociologia e Política
instname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)
instacron:UFPR
instname_str Universidade Federal do Paraná (UFPR)
instacron_str UFPR
institution UFPR
reponame_str Revista de Sociologia e Política
collection Revista de Sociologia e Política
repository.name.fl_str_mv Revista de Sociologia e Política - Universidade Federal do Paraná (UFPR)
repository.mail.fl_str_mv ||editoriarsp@ufpr.br
_version_ 1799761023603834880