AS RESERVAS BIOLÓGICAS COMO MECANISMO DE CONTROLE ESTATAL

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Costa, Gustavo Villela Lima da
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista de Sociologia e Política
Texto Completo: https://revistas.ufpr.br/rsp/article/view/31673
Resumo: Este artigo busca compreender alguns aspectos das disputas e conflitos que surgem a partir da instauraçãode uma Reserva Biológica (Unidade de Conservação mais restritiva quanto à presença humana) na praiado Aventureiro, na Ilha Grande, estado do Rio de Janeiro. A perspectiva da análise baseia-se na construçãode um mundo simbólico a partir dos centros urbanos – metrópoles dos estados nacionais – e que perpassatodas as escalas do espaço “nacional”, representado, sobretudo, pelo Direito e pela Lei. A questão dacrença é trabalhada como um fundamento para a legitimação dessa nova ordem jurídica e das ações dedeterminados agentes no mundo social. Releva-se, assim, a influência de um estilo de vida específico,compartilhado por grupos urbanos, que tendem a classificar a “natureza” e as populações, consideradascomo “tradicionais”, como os “outros”, “exóticos” ao “meio ambiente” urbano. Dessa forma, supõe-se queo Estado brasileiro, responsável pela tutela do meio ambiente, acabaria assumindo também o papel de tutordessas populações que habitam as unidades de conservação, reservando-lhes um tipo diferente de cidadania,na qual uma série de direitos e restrições particulares criam uma configuração social característica. Apartir desse caso, é possível observar disputas pela legitimação de territórios instituídos pelo Estado e deterritórios configurados pelas ações coletivas locais.
id UFPR-10_77cb2bdad78bfac499305b515e491557
oai_identifier_str oai:revistas.ufpr.br:article/31673
network_acronym_str UFPR-10
network_name_str Revista de Sociologia e Política
repository_id_str
spelling AS RESERVAS BIOLÓGICAS COMO MECANISMO DE CONTROLE ESTATALSociologia Políticaconflito ambiental; tutela; Direito AmbientalEste artigo busca compreender alguns aspectos das disputas e conflitos que surgem a partir da instauraçãode uma Reserva Biológica (Unidade de Conservação mais restritiva quanto à presença humana) na praiado Aventureiro, na Ilha Grande, estado do Rio de Janeiro. A perspectiva da análise baseia-se na construçãode um mundo simbólico a partir dos centros urbanos – metrópoles dos estados nacionais – e que perpassatodas as escalas do espaço “nacional”, representado, sobretudo, pelo Direito e pela Lei. A questão dacrença é trabalhada como um fundamento para a legitimação dessa nova ordem jurídica e das ações dedeterminados agentes no mundo social. Releva-se, assim, a influência de um estilo de vida específico,compartilhado por grupos urbanos, que tendem a classificar a “natureza” e as populações, consideradascomo “tradicionais”, como os “outros”, “exóticos” ao “meio ambiente” urbano. Dessa forma, supõe-se queo Estado brasileiro, responsável pela tutela do meio ambiente, acabaria assumindo também o papel de tutordessas populações que habitam as unidades de conservação, reservando-lhes um tipo diferente de cidadania,na qual uma série de direitos e restrições particulares criam uma configuração social característica. Apartir desse caso, é possível observar disputas pela legitimação de territórios instituídos pelo Estado e deterritórios configurados pelas ações coletivas locais.UFPRCosta, Gustavo Villela Lima da2011-02-28info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revistas.ufpr.br/rsp/article/view/31673Revista de Sociologia e Política; v. 19, n. 38 (2011)1678-98730104-4478reponame:Revista de Sociologia e Políticainstname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)instacron:UFPRporhttps://revistas.ufpr.br/rsp/article/view/31673/20197info:eu-repo/semantics/openAccess2013-04-28T03:09:17Zoai:revistas.ufpr.br:article/31673Revistahttps://revistas.ufpr.br/rspPUBhttps://revistas.ufpr.br/rsp/oai||editoriarsp@ufpr.br1678-98730104-4478opendoar:2013-04-28T03:09:17Revista de Sociologia e Política - Universidade Federal do Paraná (UFPR)false
dc.title.none.fl_str_mv AS RESERVAS BIOLÓGICAS COMO MECANISMO DE CONTROLE ESTATAL
title AS RESERVAS BIOLÓGICAS COMO MECANISMO DE CONTROLE ESTATAL
spellingShingle AS RESERVAS BIOLÓGICAS COMO MECANISMO DE CONTROLE ESTATAL
Costa, Gustavo Villela Lima da
Sociologia Política
conflito ambiental; tutela; Direito Ambiental
title_short AS RESERVAS BIOLÓGICAS COMO MECANISMO DE CONTROLE ESTATAL
title_full AS RESERVAS BIOLÓGICAS COMO MECANISMO DE CONTROLE ESTATAL
title_fullStr AS RESERVAS BIOLÓGICAS COMO MECANISMO DE CONTROLE ESTATAL
title_full_unstemmed AS RESERVAS BIOLÓGICAS COMO MECANISMO DE CONTROLE ESTATAL
title_sort AS RESERVAS BIOLÓGICAS COMO MECANISMO DE CONTROLE ESTATAL
author Costa, Gustavo Villela Lima da
author_facet Costa, Gustavo Villela Lima da
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv
dc.contributor.author.fl_str_mv Costa, Gustavo Villela Lima da
dc.subject.por.fl_str_mv Sociologia Política
conflito ambiental; tutela; Direito Ambiental
topic Sociologia Política
conflito ambiental; tutela; Direito Ambiental
description Este artigo busca compreender alguns aspectos das disputas e conflitos que surgem a partir da instauraçãode uma Reserva Biológica (Unidade de Conservação mais restritiva quanto à presença humana) na praiado Aventureiro, na Ilha Grande, estado do Rio de Janeiro. A perspectiva da análise baseia-se na construçãode um mundo simbólico a partir dos centros urbanos – metrópoles dos estados nacionais – e que perpassatodas as escalas do espaço “nacional”, representado, sobretudo, pelo Direito e pela Lei. A questão dacrença é trabalhada como um fundamento para a legitimação dessa nova ordem jurídica e das ações dedeterminados agentes no mundo social. Releva-se, assim, a influência de um estilo de vida específico,compartilhado por grupos urbanos, que tendem a classificar a “natureza” e as populações, consideradascomo “tradicionais”, como os “outros”, “exóticos” ao “meio ambiente” urbano. Dessa forma, supõe-se queo Estado brasileiro, responsável pela tutela do meio ambiente, acabaria assumindo também o papel de tutordessas populações que habitam as unidades de conservação, reservando-lhes um tipo diferente de cidadania,na qual uma série de direitos e restrições particulares criam uma configuração social característica. Apartir desse caso, é possível observar disputas pela legitimação de territórios instituídos pelo Estado e deterritórios configurados pelas ações coletivas locais.
publishDate 2011
dc.date.none.fl_str_mv 2011-02-28
dc.type.none.fl_str_mv
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://revistas.ufpr.br/rsp/article/view/31673
url https://revistas.ufpr.br/rsp/article/view/31673
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://revistas.ufpr.br/rsp/article/view/31673/20197
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv UFPR
publisher.none.fl_str_mv UFPR
dc.source.none.fl_str_mv Revista de Sociologia e Política; v. 19, n. 38 (2011)
1678-9873
0104-4478
reponame:Revista de Sociologia e Política
instname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)
instacron:UFPR
instname_str Universidade Federal do Paraná (UFPR)
instacron_str UFPR
institution UFPR
reponame_str Revista de Sociologia e Política
collection Revista de Sociologia e Política
repository.name.fl_str_mv Revista de Sociologia e Política - Universidade Federal do Paraná (UFPR)
repository.mail.fl_str_mv ||editoriarsp@ufpr.br
_version_ 1799761025535311872