IMPLICAÇÕES DO PROCESSO DE SELEÇÃO DE CANDIDATOS NA COMPETIÇÃO PARTIDÁRIA: O CASO BRASILEIRO

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Braga, Maria do Socorro Sousa
Data de Publicação: 2013
Outros Autores: Amaral, Oswaldo E. do
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista de Sociologia e Política
Texto Completo: https://revistas.ufpr.br/rsp/article/view/34456
Resumo: Os partidos políticos, apesar de crescentes questionamentos quanto à sua capacidade de representação, continuamexercendo funções fundamentais para o bom funcionamento dos regimes democráticos. Entre essas funções está a dearticulação entre os cidadãos e as esferas de poder político, que acontece, especialmente, por meio do processo deseleção de candidatos a cargos eletivos. Mas quais são os efeitos do processo de seleção de candidatos sobre acompetição política para a Câmara dos Deputados no Brasil? Com o objetivo de responder a essa questão, o artigocumpre com uma dupla tarefa: Identificar os fatores que teoricamente afetam o processo de seleção de candidatos acargos eletivos proporcionais, e suas consequências para o sistema partidário; e verificar qual é o controle que aslideranças dos partidos analisados apresentam sobre a composição da lista partidária. Para cumprirmos os objetivoslevantados, analisamos os dados relativos às eleições para a Câmara dos Deputados, no estado de São Paulo, em2006 e 2010. Mostramos que há uma coordenação que envolve o número de candidatos, o espaço geográfico em quecompetem e o seu perfil socioocupacional, além da própria distribuição de recursos partidários. O trabalho apontaque os partidos brasileiros não são tão fracos e desorganizados como parte da literatura indica. Sugerimos que ospartidos são capazes de agir de maneira coordenada nas eleições para a Câmara, estabelecendo estratégias deacordo com elementos mais conjunturais (a perspectiva de contar com “puxadores” de votos, por exemplo) ouestruturais (a necessidade de organizar a lista geográfica e socialmente para coordenar recursos).
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