Trabalho e sindicalismo no Brasil: um balanço crítico da "década neoliberal" (1990-2000)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2002 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista de Sociologia e Política |
Texto Completo: | https://revistas.ufpr.br/rsp/article/view/3620 |
Resumo: | O artigo apresenta um panorama dos principais contornos do mundo do trabalho no Brasil nos anos 1990. Denominamos esse período de "década neoliberal". Salientamos o desenvolvimento de um novo complexo de reestruturação produtiva e seu momento predominante (o toyotismo), o surgimento de um novo (e precário) mundo do trabalho e o advento da crise do sindicalismo, considerada expressão contingente da fragmentação da classe trabalhadora. Concluímos que hoje, mais do que nunca, o maior desafio do sindicalismo no Brasil na virada para o século XXI é romper com o viés burocrático-corporativo, organizar e mobilizar um contingente massivo de jovens operários e operárias, empregados e empregadas e, inclusive, trabalhadores por conta própria precarizados ou explorados pelo capital. Utilizarmos, numa perspectiva crítica, dados empíricos de livros e ensaios de pesquisadores da área de economia e da sociologia industrial e do trabalho no Brasil apresentados no decorrer da década passada. Abstract This article presents an overview of principal shapes that the world of labor took on in Brazil during the nineties. We refer to this period as the "neo-liberal decade". We emphasize the development of a new complex of productive restructuring and its dominant moment (Toyotism), as well as the emergence of a new (and precarious) world of labor and the advent of the crisis of unionism, which we consider to be the contingent expression of the fragmentation of the working class. We come to the conclusion that today more than ever, at the start of the twenty first century, the greatest challenge that Brazilian unionism faces involves a break with its bureaucratic-corporative bias, as well as the organization and mobilization of a massive contingent of young workers and employees and even the precarious self-employed or workers subject to capitalist exploitation. We make critical use of empirical data from books and essays written by researchers from the fields of economics, sociology of work and industrial sociology in Brazil over the last decade Résumé Cet article présente un tableau des principaux contours du monde du travail au Brésil, dans les années 90. On appelle cette période "les années néo-libérales". On souligne le développement d'un nouveau réseau de restructuration productive et son moment le plus important (le toyotisme), la naissance d'un nouveau (et fragile) monde du travail et l'avènement de la crise du syndicalisme, considérée comme l'expression nécessaire de la fragmentation de la classe ouvrière. On estime qu'aujourd'hui, plus que jamais, le grand défi du syndicalisme au Brésil à l'aube du XXIème siècle est de rompre avec la tendance burocratique-corporatiste, d'organiser et de mobiliser un contigent important de jeunes ouvriers et ouvrières, employés, y compris les travailleurs indépendants en situation difficile et exploités par le capital. On a utilisé, dans une perspective critique, les données empiriques des livres et des essais de chercheurs du domaine de l'économie et de la sociologie de l'industrie et du travail au Brésil, parus tout au long des années 90. |
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