IMPRENSA E VOTO NAS ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS BRASILEIRAS DE 2002 E 2006
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista de Sociologia e Política |
Texto Completo: | https://revistas.ufpr.br/rsp/article/view/31783 |
Resumo: | O artigo apresenta os resultados de uma pesquisa sobre os efeitos da cobertura da imprensa no voto naseleições presidenciais brasileiras de 2002 e 2006. Argumenta-se que ela foi um fator importante em ambosos pleitos. A variável dependente é formada pelas séries históricas de intenção de voto dos principaiscandidatos: Lula (Partido dos Trabalhadores), Serra (Partido da Social Democracia Brasileira), Garotinho(Partido Socialista Brasileiro) e Ciro (Partido Popular Socialista) em 2002, e Lula, Alckmin (Partido daSocial Democracia Brasileira), Heloísa Helena (Partido Socialismo e Liberdade) e Cristovam Buarque(Partido Democrático Trabalhista) em 2006. A principal variável explicativa é a cobertura eleitoral dequatro grandes jornais do país: Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, O Globo e Jornal do Brasil. Completamo modelo as seguintes variáveis de controle: propaganda partidária dos candidatos, o Horário PolíticoGratuito Eleitoral no 1º e 2º turnos, os debates presidenciais e o índice de popularidade presidencial. Osmodelos foram estimados via MQO. Os resultados dos testes indicam que, em 2002, a cobertura da imprensade Lula e Ciro Gomes foi uma das responsáveis pela variação observada nas suas respectivas intenções devoto. Em 2006, a dinâmica foi um pouco mais complexa. Apenas as intenções de voto em Heloísa Helenaforam afetadas por sua própria cobertura. A princípio, é surpreendente que a cobertura extremamentenegativa de Lula não tenha lhe custado votos. Mas ela teve um impacto indireto, e importante, paraAlckmin e Cristovam Buarque. Como esse impacto foi maior durante o escândalo do dossiê tucano, podeseafirmar que a cobertura da imprensa contribuiu decisivamente para a ocorrência do 2º turno na últimaeleição presidencial. Esses resultados mantêm-se mesmo quando se analisam os votos de eleitores degrupos de escolaridade distintos, um controle para os diferentes níveis de exposição aos jornais. |
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IMPRENSA E VOTO NAS ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS BRASILEIRAS DE 2002 E 2006Ciência Políticacobertura da imprensa; efeitos da mídia; eleições presidenciais brasileirasO artigo apresenta os resultados de uma pesquisa sobre os efeitos da cobertura da imprensa no voto naseleições presidenciais brasileiras de 2002 e 2006. Argumenta-se que ela foi um fator importante em ambosos pleitos. A variável dependente é formada pelas séries históricas de intenção de voto dos principaiscandidatos: Lula (Partido dos Trabalhadores), Serra (Partido da Social Democracia Brasileira), Garotinho(Partido Socialista Brasileiro) e Ciro (Partido Popular Socialista) em 2002, e Lula, Alckmin (Partido daSocial Democracia Brasileira), Heloísa Helena (Partido Socialismo e Liberdade) e Cristovam Buarque(Partido Democrático Trabalhista) em 2006. A principal variável explicativa é a cobertura eleitoral dequatro grandes jornais do país: Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, O Globo e Jornal do Brasil. Completamo modelo as seguintes variáveis de controle: propaganda partidária dos candidatos, o Horário PolíticoGratuito Eleitoral no 1º e 2º turnos, os debates presidenciais e o índice de popularidade presidencial. Osmodelos foram estimados via MQO. Os resultados dos testes indicam que, em 2002, a cobertura da imprensade Lula e Ciro Gomes foi uma das responsáveis pela variação observada nas suas respectivas intenções devoto. Em 2006, a dinâmica foi um pouco mais complexa. Apenas as intenções de voto em Heloísa Helenaforam afetadas por sua própria cobertura. A princípio, é surpreendente que a cobertura extremamentenegativa de Lula não tenha lhe custado votos. Mas ela teve um impacto indireto, e importante, paraAlckmin e Cristovam Buarque. Como esse impacto foi maior durante o escândalo do dossiê tucano, podeseafirmar que a cobertura da imprensa contribuiu decisivamente para a ocorrência do 2º turno na últimaeleição presidencial. Esses resultados mantêm-se mesmo quando se analisam os votos de eleitores degrupos de escolaridade distintos, um controle para os diferentes níveis de exposição aos jornais.UFPRMundim, Pedro Santos2012-02-29info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revistas.ufpr.br/rsp/article/view/31783Revista de Sociologia e Política; v. 20, n. 41 (2012)1678-98730104-4478reponame:Revista de Sociologia e Políticainstname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)instacron:UFPRporhttps://revistas.ufpr.br/rsp/article/view/31783/20303info:eu-repo/semantics/openAccess2013-05-02T01:57:45Zoai:revistas.ufpr.br:article/31783Revistahttps://revistas.ufpr.br/rspPUBhttps://revistas.ufpr.br/rsp/oai||editoriarsp@ufpr.br1678-98730104-4478opendoar:2013-05-02T01:57:45Revista de Sociologia e Política - Universidade Federal do Paraná (UFPR)false |
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