CRIME ORGANIZADO E CRIME COMUM NO RIO DE JANEIRO: DIFERENÇAS E AFINIDADES
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista de Sociologia e Política |
Texto Completo: | https://revistas.ufpr.br/rsp/article/view/31703 |
Resumo: | O artigo trata das relações entre “crime organizado” e “crime comum” no Rio de Janeiro. Seu objetivo édefinir as condições para responder a questões como quanto o crime organizado explica as lógicas docrime comum ou se estamos subestimando ou superestimando essa relação entre um e outro. A análise focatrês atividades criminais violentas organizadas: (i) o “jogo do bicho”; (ii) os “comandos” que controlame disputam territórios de venda a varejo de drogas e outras mercadorias ilícitas; (iii) as “milícias”, quedisputam com os “comandos” o controle desses territórios, com vistas a impor a venda de proteção aosseus moradores. Concluímos defendendo que o modelo das milícias, como também ocorreu com o jogo dobicho e com o tráfico de drogas, todos surgidos no Rio de Janeiro, vem sendo adotado em cidades de outrosestados brasileiros, nacionalizando formas de organizações criminosas que têm no recurso à violênciauma de suas principais características. A dinâmica de funcionamento dessas organizações depende,primordialmente, de sua constituição como mercados ilegais, em que cada mercadoria explorada – jogo,drogas, armas e proteção – possuem diferentes propriedades como capital. A dinâmica social, a atuaçãoe a violência associados a cada uma dessas atividades, por sua vez, estão ligados a essas propriedades. |
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