GEOGRAFIAS CULTURAIS DO MAIS-QUE-HUMANO? TENDÊNCIAS E PROSPECTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS PARA VIVER NO ANTROPOCENO
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Data de Publicação: | 2022 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Ra'e Ga (Online) |
Texto Completo: | https://revistas.ufpr.br/raega/article/view/77229 |
Resumo: | As tensões e contradições da crise ambiental no Antropoceno têm desafiado as metodologias e práticas tradicionais das ciências humanas. No caso da Geografia cultural, as pesquisas que intentam investigar elementos a ela conectada têm recorrido à procedimentos interdisciplinares que visam decifrar mundos mais-que-humanos. Inspiradas em teorias não-representacionais, eco-fenomenologias, pós-fenomenologias e eco-feminismos, elas buscam decifrar as reciprocidades, tensões e possibilidades dos lugares e espacialidades partilhados entre entidades humanas e não-humanas. Objetiva-se, portanto, desvelar as distintas possibilidades e tendências teórico e metodológicas das geografias culturais contemporâneas em sua interpretação de cosmos e mundos mais-que-humanos, com foco nas perspectivas anglo-saxãs. Para isso, empregou-se revisão bibliográfica e análise teórico-conceitual. Introduzidos à Geografia no início do século XXI, essas teorias colaboram no desenvolvimento de pesquisas que transcendem ao dualismo cartesiano e excepcionalismo humano. As influências filosóficas desses estudos revelam modos de ser-com e pensar-com seres não-humanos, como plantas, animais e objetos. Ao abordar os arranjos polifônicos desses variados seres, essas geografias têm demonstrado como atmosferas, animais e pessoas estão entrelaçados nas experiências espaciais. Metodologias experimentais, artísticas, narrativas, autobiográficas e literárias têm sido adotadas pelos pesquisadores dessa abordagem, de modo a provar significativa renovação procedimental na disciplina. Considera-se que geografias culturais mais-que-humanas contribuem para expandir os limites do olhar geográfico sobre espaços existenciais e multi-espécies. |
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GEOGRAFIAS CULTURAIS DO MAIS-QUE-HUMANO? TENDÊNCIAS E PROSPECTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS PARA VIVER NO ANTROPOCENOGeografia; Geografia CulturalSer-com; Geografias Criativas; Mundos Mais-que-humanosAs tensões e contradições da crise ambiental no Antropoceno têm desafiado as metodologias e práticas tradicionais das ciências humanas. No caso da Geografia cultural, as pesquisas que intentam investigar elementos a ela conectada têm recorrido à procedimentos interdisciplinares que visam decifrar mundos mais-que-humanos. Inspiradas em teorias não-representacionais, eco-fenomenologias, pós-fenomenologias e eco-feminismos, elas buscam decifrar as reciprocidades, tensões e possibilidades dos lugares e espacialidades partilhados entre entidades humanas e não-humanas. Objetiva-se, portanto, desvelar as distintas possibilidades e tendências teórico e metodológicas das geografias culturais contemporâneas em sua interpretação de cosmos e mundos mais-que-humanos, com foco nas perspectivas anglo-saxãs. Para isso, empregou-se revisão bibliográfica e análise teórico-conceitual. Introduzidos à Geografia no início do século XXI, essas teorias colaboram no desenvolvimento de pesquisas que transcendem ao dualismo cartesiano e excepcionalismo humano. As influências filosóficas desses estudos revelam modos de ser-com e pensar-com seres não-humanos, como plantas, animais e objetos. Ao abordar os arranjos polifônicos desses variados seres, essas geografias têm demonstrado como atmosferas, animais e pessoas estão entrelaçados nas experiências espaciais. Metodologias experimentais, artísticas, narrativas, autobiográficas e literárias têm sido adotadas pelos pesquisadores dessa abordagem, de modo a provar significativa renovação procedimental na disciplina. Considera-se que geografias culturais mais-que-humanas contribuem para expandir os limites do olhar geográfico sobre espaços existenciais e multi-espécies.UFPRCAPES (Bolsa de Doutorado)Souza Júnior, Carlos Roberto Bernardes deAlmeida, Maria Geralda de2022-07-27info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revistas.ufpr.br/raega/article/view/7722910.5380/raega.v54i0.77229RA'E GA Journal - The Geographic Space in Analysis; v. 54 (2022); 154-176RAEGA - O Espaço Geográfico em Análise; v. 54 (2022); 154-1762177-27381516-413610.5380/raega.v54i0reponame:Ra'e Ga (Online)instname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)instacron:UFPRporhttps://revistas.ufpr.br/raega/article/view/77229/46711https://revistas.ufpr.br/raega/article/downloadSuppFile/77229/54430Direitos autorais 2022 Raega - O Espaço Geográfico em Análiseinfo:eu-repo/semantics/openAccess2022-08-01T18:20:14Zoai:revistas.ufpr.br:article/77229Revistahttps://revistas.ufpr.br/raegaPUBhttps://revistas.ufpr.br/raega/oai||raega@ufpr.br2177-27382177-2738opendoar:2022-08-01T18:20:14Ra'e Ga (Online) - Universidade Federal do Paraná (UFPR)false |
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