CIDADES E CONTRA-RACIONALIDADES: OCUPAÇÕES URBANAS EM CAMPINAS/SP (DO PARQUE OZIEL AO JARDIM CAMPO BELO
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Data de Publicação: | 2017 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Ra'e Ga (Online) |
Texto Completo: | https://revistas.ufpr.br/raega/article/view/46339 |
Resumo: | A cidade de Campinas/SP, conhecida por sua pujança econômica, é composta também por uma extensa, diversa, fragmentada e empobrecida periferia urbana. Nesse artigo apresentamos parte de nossas pesquisas sobre o processo de urbanização de Campinas, enfatizando a periferização mais recente com início nos anos 1990 e marcada pelas ocupações de terras urbanas. Destacamos as duas maiores ocupações da cidade: a do Jardim Campo Belo e a do Parque Oziel, que somam hoje uma população de aproximadamente 80 mil pessoas. Ao longo das últimas décadas, os moradores dessas duas ocupações traçaram inúmeras ações para produzir e organizar uma fração da cidade de Campinas: construíram as habitações, edificaram igrejas e centros comunitários, distribuíram informalmente redes de energia e água. Seguiram lutando para ter acesso aos serviços públicos (transporte, saúde, educação) e, ao mesmo tempo, resistiram às constantes ameaças de desocupação. Buscamos aqui analisar e problematizar essas ações que permitiram a sobrevivência e a luta dessa população migrante, marginal e/ou excluída, considerando a) a formação do lugar; b) as ações das Associações de Moradores do Bairro; e c) a produção de informações ascendentes colocadas em circulação através de jornais locais e rádios comunitárias. Reconhecemos que nos limites da racionalidade dos sistemas econômico e político hegemônicos gestam-se contra-racionalidades, racionalidades paralelas, voltadas à sobrevivência, à reprodução e à resistência. |
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CIDADES E CONTRA-RACIONALIDADES: OCUPAÇÕES URBANAS EM CAMPINAS/SP (DO PARQUE OZIEL AO JARDIM CAMPO BELOurbanização, ocupações urbanas, contra-racionalidades, Campinas/SP, Parque Oziel, Jardim Campo BeloA cidade de Campinas/SP, conhecida por sua pujança econômica, é composta também por uma extensa, diversa, fragmentada e empobrecida periferia urbana. Nesse artigo apresentamos parte de nossas pesquisas sobre o processo de urbanização de Campinas, enfatizando a periferização mais recente com início nos anos 1990 e marcada pelas ocupações de terras urbanas. Destacamos as duas maiores ocupações da cidade: a do Jardim Campo Belo e a do Parque Oziel, que somam hoje uma população de aproximadamente 80 mil pessoas. Ao longo das últimas décadas, os moradores dessas duas ocupações traçaram inúmeras ações para produzir e organizar uma fração da cidade de Campinas: construíram as habitações, edificaram igrejas e centros comunitários, distribuíram informalmente redes de energia e água. Seguiram lutando para ter acesso aos serviços públicos (transporte, saúde, educação) e, ao mesmo tempo, resistiram às constantes ameaças de desocupação. Buscamos aqui analisar e problematizar essas ações que permitiram a sobrevivência e a luta dessa população migrante, marginal e/ou excluída, considerando a) a formação do lugar; b) as ações das Associações de Moradores do Bairro; e c) a produção de informações ascendentes colocadas em circulação através de jornais locais e rádios comunitárias. Reconhecemos que nos limites da racionalidade dos sistemas econômico e político hegemônicos gestam-se contra-racionalidades, racionalidades paralelas, voltadas à sobrevivência, à reprodução e à resistência.UFPRCAPESRizzatti, HelenaSilva, Adriana Maria Bernardes da2017-08-23info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfapplication/pdfhttps://revistas.ufpr.br/raega/article/view/4633910.5380/raega.v40i0.46339RA'E GA Journal - The Geographic Space in Analysis; v. 40 (2017); 211-230RAEGA - O Espaço Geográfico em Análise; v. 40 (2017); 211-2302177-27381516-413610.5380/raega.v40i0reponame:Ra'e Ga (Online)instname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)instacron:UFPRporhttps://revistas.ufpr.br/raega/article/view/46339/32976https://revistas.ufpr.br/raega/article/view/46339/33141Direitos autorais 2017 Raega - O Espaço Geográfico em Análiseinfo:eu-repo/semantics/openAccess2018-05-18T18:53:38Zoai:revistas.ufpr.br:article/46339Revistahttps://revistas.ufpr.br/raegaPUBhttps://revistas.ufpr.br/raega/oai||raega@ufpr.br2177-27382177-2738opendoar:2018-05-18T18:53:38Ra'e Ga (Online) - Universidade Federal do Paraná (UFPR)false |
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