Adverse reactions to the Treatment with 5-Fluouracil in patients of Colorretal cancer

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: do Espírito Santo, Elizete Aparecida Rubira
Data de Publicação: 2006
Outros Autores: Vanzeler, Maria Luzinete Alves
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Cogitare Enfermagem (Online)
Texto Completo: https://revistas.ufpr.br/cogitare/article/view/6881
Resumo: Ocâncer colorretal é o quarto tipo neoplásico mais incidenteno mundo, chega a atingir 680.000 casos novos ao ano. Oadenocarcinoma tem sido descrito como o tipo histológicomais freqüente e corresponde a 98,6% das neoplasiasmalignas primárias do cólon e do reto. No Brasil, oaparecimento deste tumor tem aumentado ao longo dasúltimas décadas e atualmente configura-se como a terceiracausa de morte por câncer.Os dados do Ministério da Saúdeestimaram para o ano de 2006, 472.000 casos novos decâncer, sendo 25.000 casos de cólon e reto.Anível regionalas estimativas para 2006 apontam o câncer colorretal comoo quarto tipo mais freqüente no Estado de Mato Grosso,com aproximadamente 110 casos novos entre os homens, e120 entre as mulheres. Dentre as causas deste tipo de câncerpodemos associar a fatores hereditários, ambientais,principalmente os alimentares, dieta rica em gorduras eproteínas de origem animal e pobre em fibras vegetais,diminuição na ingesta de frutas e vegetais. Outros fatoressão as doenças inflamatórias do cólon como a retocoliteulcerativa e a doença de Crohn, e a exposição ocupacional(poeira, fumaça, tinta, corante, solventes, etc.), tambémpodem ter algum papel.Otratamento curativo radial consistena cirurgia e a quimioterapia é referida como adjuvante ouneo-adjuvante. Apesar do tratamento do câncer colorretalser basicamente cirúrgico, considerando que as demaisformas terapêuticas tem pouco influência no prognósticoda doença, sabe-se que a sobrevida do paciente pode sermelhorada com a quimioterapia sistêmica. Segundo Forones(2000), o quimioterápico mais utilizado para o tratamentodo câncer colorretal é o 5-Fluouracil. As reações adversasmais destacadas são: a leucopenia, trombocitopenia,anorexia, mucosite, estomatite, náusea, diarréia, vômito,alopécia, fotossensibilidade e hiperpigmentação. Segundoa Organização Mundial da Saúde (OMS), reação adversa amedicamento (RAM) seria uma “resposta lesiva, nãodesejada e que está presente em doses habitualmenteutilizadas na espécie humana”. EssasRAMproduzidas pormedicamentos poderiam subdividir-se em dois grupos:1)Reações Tipo A – efeitos colaterais farmacológicosexagerados, porém normais de um fármaco administradoem doses habituais, e 2) Reações Tipo B – efeitos totalmenteaberrantes e não esperados à luz das propriedadesfarmacológicas conhecidas de um medicamentoadministrado nas doses habituais.OFluouracil é classificadoquanto ao seu potencial emético em Classe II –moderadamente baixo (10 a 30%), porém sabemos que cadapessoa responde de forma específica e peculiar aotratamento quimioterápico e aos seus efeitos colaterais. Opaciente submetido ao tratamento quimioterápico apresentauma predisposição a algumas RAM, que podem seresperadas, variando de acordo com o tipo de agenteutilizado. É de extrema importância que a enfermeiraconheça cada indicação quimioterápica, sua toxicidade eincompatibilidade. Embora o tratamento do câncer envolvauma ampla gama de profissionais, o manejo dos efeitoscolaterais geralmente é feito pelos enfermeiros, pois é esteprofissional que tem maior relacionamento e contato como paciente, ainda, nos serviços especializados é a equipe deenfermagem que informa, prepara e assiste os pacientes arespeito dos efeitos colaterais que provavelmente ocorrerão.Assim, este estudo teve por objetivo: Identificar e quantificaras reações adversas à quimioterapia por 5-Fluouracil (5-FU) 425mg/m2 e leucovorin (LV) 20mg/m2 (RA-5FU) como esquema Mayo (5 dias de tratamento com intervalos de 3a 4 semanas num total de 6 ciclos). Foi realizado um estudoprospectivo de corte transversal observacional descritivo,em pacientes portadores de câncer colorretal, tratados noInstituto de Tumores de Cuiabá-MT, encaminhados peloSistema Único de Saúde (SUS). Foram selecionados todosos pacientes que estavam em tratamento com o esquema Mayo no período de 02 de julho a 28 de dezembro de 2001,independente de qual ciclo estivesse recebendo. O númerode pacientes por ciclo variou entre 8 e 13. Os dados foramcoletados na unidade de quimioterapia, com formulárioaplicado pelo próprio pesquisador. Além disso, o pacientee/ou acompanhante receberam orientação para preencheremo formulário em casa, no intervalo do ciclo, registrando asreações adversas que ele apresentasse diariamente. Após acoleta, os dados foram armazenados em banco de dadosespecífico criado no programa SPSS forWindows (versão5.0.1) e analisados quanto a frequência de aparecimentodas RAM. A pesquisa teve aprovação do Comitê de ética.Quanto aos resultados, dos 19 pacientes acompanhados,11(57,9%) foram do sexo masculino e 8 (42,1%) dofeminino, sendo a maior freqüência de mulheres entre 21 e50 anos, enquanto a masculina foi entre 51 e 77 anos. Aproporção de pacientes com RA-5FU evoluíram do seguintemodo, no sentido do 1o para o 4o dia de quimioterapia deseguinte forma:- ciclo 1- 25%, 37,5%, 62,5% e 50%; ciclo2 - 63,6% em todos os dias; ciclo 3 - 23,1%, 46,2%, 76,9%e 61,5%; ciclo 4 - 45,5%, 63,6%, 81,8% e 72,7%; ciclo 5- 36,4%, 54,5%, 72,7% e 54,5%; ciclo 6 - 72,7% em todosos dias. Estes dados mostraram que a proporção de pacientescom RA-5FU aumenta a medida que aumenta a quantidadedo quimioterápico administrado na maioria dos ciclos,sugerindo agravamento das RA-5FU por acúmulo doquimioterápico no organismo. Em relação ao sintoma dasRA-5FU observou-se que as do trato gastrointestinal (TGI)estiveram em proporção superior a 70%emtodos os ciclosde quimioterapia, sendo que entre estes os mais freqüentesforam a náusea com 28,3%, hiporexia com 26,9% e adiarréia com 19,2%, fora do TGI destacaram-se ahiperpigmentação com 12,8% e a sonolência com 4,6%.Outras reações estiveram presentes em menos de 3% dospacientes. Observa-se que a náusea foi a mais freqüenteRAF, apesar de 100% dos pacientes terem sido tratadoscom antieméticos durante a infusão do 5FU/LV, eposteriormente à quimioterapia em alguns casos. Afreqüência de pacientes que apresentaram RA-5FU nointervalo dos ciclos variou de 62,5% no ciclo 1 a 90,9% nociclo 6, sendo as RA-5FU mais freqüentes: a diarréia (31%),hiporexia (22%), náusea(19%) e mucosite (17%), além deleucopenia (5%), dor abdominal (3%) e outras com menosde 3%. Estes dados mostram que as RA-5FU seintensificaram durante o período de intervalo entre os ciclos.Com estes dados conclui-se que: as reações adversasapresentadas pelos pacientes tratados com 5-FU eleucovorin por meio do esquema Mayo, foram encontradasprincipalmente no TGI, sendo a náusea a mais freqüente.As reações tardias foram mais freqüentes que as imediatas,e que apesar de todos os pacientes terem usado antieméticosassociados a quimioterapia, as náuseas, vômitos e hiporexiaestiveram presentes em todos os ciclos. O medicamento 5-Fluouracil, embora sintetizado em 1955, ainda tem sidousado nos dias atuais como droga de escolha no tratamentodo câncer colorretal. Esta medicação é considerada depotencial “leve” para náuseas e vômitos, entretanto estessintomas têm sido relatados como a principal causa dedesconforto pelos pacientes. Diante dos resultadosressaltamos a importância do profissional enfermeiro emidentificar e minimizar as reações adversas dos 5-FU nospacientes em tratamento oncológico submetidos ao esquemaquimioterápico.
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No Brasil, oaparecimento deste tumor tem aumentado ao longo dasúltimas décadas e atualmente configura-se como a terceiracausa de morte por câncer.Os dados do Ministério da Saúdeestimaram para o ano de 2006, 472.000 casos novos decâncer, sendo 25.000 casos de cólon e reto.Anível regionalas estimativas para 2006 apontam o câncer colorretal comoo quarto tipo mais freqüente no Estado de Mato Grosso,com aproximadamente 110 casos novos entre os homens, e120 entre as mulheres. Dentre as causas deste tipo de câncerpodemos associar a fatores hereditários, ambientais,principalmente os alimentares, dieta rica em gorduras eproteínas de origem animal e pobre em fibras vegetais,diminuição na ingesta de frutas e vegetais. Outros fatoressão as doenças inflamatórias do cólon como a retocoliteulcerativa e a doença de Crohn, e a exposição ocupacional(poeira, fumaça, tinta, corante, solventes, etc.), tambémpodem ter algum papel.Otratamento curativo radial consistena cirurgia e a quimioterapia é referida como adjuvante ouneo-adjuvante. Apesar do tratamento do câncer colorretalser basicamente cirúrgico, considerando que as demaisformas terapêuticas tem pouco influência no prognósticoda doença, sabe-se que a sobrevida do paciente pode sermelhorada com a quimioterapia sistêmica. Segundo Forones(2000), o quimioterápico mais utilizado para o tratamentodo câncer colorretal é o 5-Fluouracil. As reações adversasmais destacadas são: a leucopenia, trombocitopenia,anorexia, mucosite, estomatite, náusea, diarréia, vômito,alopécia, fotossensibilidade e hiperpigmentação. Segundoa Organização Mundial da Saúde (OMS), reação adversa amedicamento (RAM) seria uma “resposta lesiva, nãodesejada e que está presente em doses habitualmenteutilizadas na espécie humana”. EssasRAMproduzidas pormedicamentos poderiam subdividir-se em dois grupos:1)Reações Tipo A – efeitos colaterais farmacológicosexagerados, porém normais de um fármaco administradoem doses habituais, e 2) Reações Tipo B – efeitos totalmenteaberrantes e não esperados à luz das propriedadesfarmacológicas conhecidas de um medicamentoadministrado nas doses habituais.OFluouracil é classificadoquanto ao seu potencial emético em Classe II –moderadamente baixo (10 a 30%), porém sabemos que cadapessoa responde de forma específica e peculiar aotratamento quimioterápico e aos seus efeitos colaterais. Opaciente submetido ao tratamento quimioterápico apresentauma predisposição a algumas RAM, que podem seresperadas, variando de acordo com o tipo de agenteutilizado. É de extrema importância que a enfermeiraconheça cada indicação quimioterápica, sua toxicidade eincompatibilidade. Embora o tratamento do câncer envolvauma ampla gama de profissionais, o manejo dos efeitoscolaterais geralmente é feito pelos enfermeiros, pois é esteprofissional que tem maior relacionamento e contato como paciente, ainda, nos serviços especializados é a equipe deenfermagem que informa, prepara e assiste os pacientes arespeito dos efeitos colaterais que provavelmente ocorrerão.Assim, este estudo teve por objetivo: Identificar e quantificaras reações adversas à quimioterapia por 5-Fluouracil (5-FU) 425mg/m2 e leucovorin (LV) 20mg/m2 (RA-5FU) como esquema Mayo (5 dias de tratamento com intervalos de 3a 4 semanas num total de 6 ciclos). Foi realizado um estudoprospectivo de corte transversal observacional descritivo,em pacientes portadores de câncer colorretal, tratados noInstituto de Tumores de Cuiabá-MT, encaminhados peloSistema Único de Saúde (SUS). Foram selecionados todosos pacientes que estavam em tratamento com o esquema Mayo no período de 02 de julho a 28 de dezembro de 2001,independente de qual ciclo estivesse recebendo. O númerode pacientes por ciclo variou entre 8 e 13. Os dados foramcoletados na unidade de quimioterapia, com formulárioaplicado pelo próprio pesquisador. Além disso, o pacientee/ou acompanhante receberam orientação para preencheremo formulário em casa, no intervalo do ciclo, registrando asreações adversas que ele apresentasse diariamente. Após acoleta, os dados foram armazenados em banco de dadosespecífico criado no programa SPSS forWindows (versão5.0.1) e analisados quanto a frequência de aparecimentodas RAM. A pesquisa teve aprovação do Comitê de ética.Quanto aos resultados, dos 19 pacientes acompanhados,11(57,9%) foram do sexo masculino e 8 (42,1%) dofeminino, sendo a maior freqüência de mulheres entre 21 e50 anos, enquanto a masculina foi entre 51 e 77 anos. Aproporção de pacientes com RA-5FU evoluíram do seguintemodo, no sentido do 1o para o 4o dia de quimioterapia deseguinte forma:- ciclo 1- 25%, 37,5%, 62,5% e 50%; ciclo2 - 63,6% em todos os dias; ciclo 3 - 23,1%, 46,2%, 76,9%e 61,5%; ciclo 4 - 45,5%, 63,6%, 81,8% e 72,7%; ciclo 5- 36,4%, 54,5%, 72,7% e 54,5%; ciclo 6 - 72,7% em todosos dias. Estes dados mostraram que a proporção de pacientescom RA-5FU aumenta a medida que aumenta a quantidadedo quimioterápico administrado na maioria dos ciclos,sugerindo agravamento das RA-5FU por acúmulo doquimioterápico no organismo. Em relação ao sintoma dasRA-5FU observou-se que as do trato gastrointestinal (TGI)estiveram em proporção superior a 70%emtodos os ciclosde quimioterapia, sendo que entre estes os mais freqüentesforam a náusea com 28,3%, hiporexia com 26,9% e adiarréia com 19,2%, fora do TGI destacaram-se ahiperpigmentação com 12,8% e a sonolência com 4,6%.Outras reações estiveram presentes em menos de 3% dospacientes. 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Outros fatoressão as doenças inflamatórias do cólon como a retocoliteulcerativa e a doença de Crohn, e a exposição ocupacional(poeira, fumaça, tinta, corante, solventes, etc.), tambémpodem ter algum papel.Otratamento curativo radial consistena cirurgia e a quimioterapia é referida como adjuvante ouneo-adjuvante. Apesar do tratamento do câncer colorretalser basicamente cirúrgico, considerando que as demaisformas terapêuticas tem pouco influência no prognósticoda doença, sabe-se que a sobrevida do paciente pode sermelhorada com a quimioterapia sistêmica. Segundo Forones(2000), o quimioterápico mais utilizado para o tratamentodo câncer colorretal é o 5-Fluouracil. As reações adversasmais destacadas são: a leucopenia, trombocitopenia,anorexia, mucosite, estomatite, náusea, diarréia, vômito,alopécia, fotossensibilidade e hiperpigmentação. Segundoa Organização Mundial da Saúde (OMS), reação adversa amedicamento (RAM) seria uma “resposta lesiva, nãodesejada e que está presente em doses habitualmenteutilizadas na espécie humana”. EssasRAMproduzidas pormedicamentos poderiam subdividir-se em dois grupos:1)Reações Tipo A – efeitos colaterais farmacológicosexagerados, porém normais de um fármaco administradoem doses habituais, e 2) Reações Tipo B – efeitos totalmenteaberrantes e não esperados à luz das propriedadesfarmacológicas conhecidas de um medicamentoadministrado nas doses habituais.OFluouracil é classificadoquanto ao seu potencial emético em Classe II –moderadamente baixo (10 a 30%), porém sabemos que cadapessoa responde de forma específica e peculiar aotratamento quimioterápico e aos seus efeitos colaterais. Opaciente submetido ao tratamento quimioterápico apresentauma predisposição a algumas RAM, que podem seresperadas, variando de acordo com o tipo de agenteutilizado. É de extrema importância que a enfermeiraconheça cada indicação quimioterápica, sua toxicidade eincompatibilidade. Embora o tratamento do câncer envolvauma ampla gama de profissionais, o manejo dos efeitoscolaterais geralmente é feito pelos enfermeiros, pois é esteprofissional que tem maior relacionamento e contato como paciente, ainda, nos serviços especializados é a equipe deenfermagem que informa, prepara e assiste os pacientes arespeito dos efeitos colaterais que provavelmente ocorrerão.Assim, este estudo teve por objetivo: Identificar e quantificaras reações adversas à quimioterapia por 5-Fluouracil (5-FU) 425mg/m2 e leucovorin (LV) 20mg/m2 (RA-5FU) como esquema Mayo (5 dias de tratamento com intervalos de 3a 4 semanas num total de 6 ciclos). Foi realizado um estudoprospectivo de corte transversal observacional descritivo,em pacientes portadores de câncer colorretal, tratados noInstituto de Tumores de Cuiabá-MT, encaminhados peloSistema Único de Saúde (SUS). Foram selecionados todosos pacientes que estavam em tratamento com o esquema Mayo no período de 02 de julho a 28 de dezembro de 2001,independente de qual ciclo estivesse recebendo. O númerode pacientes por ciclo variou entre 8 e 13. Os dados foramcoletados na unidade de quimioterapia, com formulárioaplicado pelo próprio pesquisador. Além disso, o pacientee/ou acompanhante receberam orientação para preencheremo formulário em casa, no intervalo do ciclo, registrando asreações adversas que ele apresentasse diariamente. Após acoleta, os dados foram armazenados em banco de dadosespecífico criado no programa SPSS forWindows (versão5.0.1) e analisados quanto a frequência de aparecimentodas RAM. A pesquisa teve aprovação do Comitê de ética.Quanto aos resultados, dos 19 pacientes acompanhados,11(57,9%) foram do sexo masculino e 8 (42,1%) dofeminino, sendo a maior freqüência de mulheres entre 21 e50 anos, enquanto a masculina foi entre 51 e 77 anos. Aproporção de pacientes com RA-5FU evoluíram do seguintemodo, no sentido do 1o para o 4o dia de quimioterapia deseguinte forma:- ciclo 1- 25%, 37,5%, 62,5% e 50%; ciclo2 - 63,6% em todos os dias; ciclo 3 - 23,1%, 46,2%, 76,9%e 61,5%; ciclo 4 - 45,5%, 63,6%, 81,8% e 72,7%; ciclo 5- 36,4%, 54,5%, 72,7% e 54,5%; ciclo 6 - 72,7% em todosos dias. Estes dados mostraram que a proporção de pacientescom RA-5FU aumenta a medida que aumenta a quantidadedo quimioterápico administrado na maioria dos ciclos,sugerindo agravamento das RA-5FU por acúmulo doquimioterápico no organismo. Em relação ao sintoma dasRA-5FU observou-se que as do trato gastrointestinal (TGI)estiveram em proporção superior a 70%emtodos os ciclosde quimioterapia, sendo que entre estes os mais freqüentesforam a náusea com 28,3%, hiporexia com 26,9% e adiarréia com 19,2%, fora do TGI destacaram-se ahiperpigmentação com 12,8% e a sonolência com 4,6%.Outras reações estiveram presentes em menos de 3% dospacientes. Observa-se que a náusea foi a mais freqüenteRAF, apesar de 100% dos pacientes terem sido tratadoscom antieméticos durante a infusão do 5FU/LV, eposteriormente à quimioterapia em alguns casos. Afreqüência de pacientes que apresentaram RA-5FU nointervalo dos ciclos variou de 62,5% no ciclo 1 a 90,9% nociclo 6, sendo as RA-5FU mais freqüentes: a diarréia (31%),hiporexia (22%), náusea(19%) e mucosite (17%), além deleucopenia (5%), dor abdominal (3%) e outras com menosde 3%. Estes dados mostram que as RA-5FU seintensificaram durante o período de intervalo entre os ciclos.Com estes dados conclui-se que: as reações adversasapresentadas pelos pacientes tratados com 5-FU eleucovorin por meio do esquema Mayo, foram encontradasprincipalmente no TGI, sendo a náusea a mais freqüente.As reações tardias foram mais freqüentes que as imediatas,e que apesar de todos os pacientes terem usado antieméticosassociados a quimioterapia, as náuseas, vômitos e hiporexiaestiveram presentes em todos os ciclos. 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