É POSSÍVEL A EXISTÊNCIA DE SISTEMAS REGIONAIS DE INOVAÇÃO EM PAÍSES SUBDESENVOLVIDOS?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rolim, Cássio
Data de Publicação: 2003
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista de Economia (Curitiba. Online)
Texto Completo: https://revistas.ufpr.br/economia/article/view/2003
Resumo: A ênfase colocada nas inovações como a responsável pela diferenciação das economias nacionais e regionais ocupa um espaço cada vez mais amplo na literatura econômica. Os mais variados enfoques as colocam como peça fundamental em suas elaborações analíticas. Ela está presente na discussão dos sistemas nacionais de inovação, na chamada economia evolucionista (LUNDVALL, 1992), na discussão dos clusters industriais (PORTER, 1990), na perspectiva dos economistas da teoria da regulação (AMABLE et al., 1997), na dos autores que trabalharam com os distritos industriais (BECATTINI, 1991) e até mesmo na de autores da economia neoclássica (ROMER, 1990). Como a maior parte dessa literatura enfatiza a importância dos aspectos territorializados da problemática, também os autores e os responsáveis pelas políticas regionais têm se debruçado sobre essa temática com vigor e esperanças só comparáveis aos empenhados quando as respostas para os problemas regionais pareciam ser dadas pela teoria da polarização. Essas mesmas esperanças, uma vez mais, despertaram o interesse daqueles que lidam com problemas de desenvolvimento em países subdesenvolvidos. Aqui também ocorre uma busca intensa de compreensão dos processos inovadores que poderiam contribuir para a superação desse estado de subdesenvolvimento. No entanto, existem certas características no funcionamento das economias subdesenvolvidas que colocam restrições aos processos inovadores, inexistentes nas situações estudadas pelos autores dos países desenvolvidos. Neste texto vamos discutir algumas delas e as implicações que trazem para o uso do conceito de Sistemas Regionais de Inovações. Também será apresentado o caso do estado do Paraná, no Brasil, e dentro dele, a experiência específica de uma empresa considerada modelo no que se refere à inovação tecnológica e interação com as organizações educacionais paranaenses: a Siemens/Equitel. Abstract The emphasis on innovations as responsible for the differences in performance of national and regional economies has been increasing in the economic literature. They appear as key element in several theories, such as evolutionary economics (LUNDVALL, 1922), the regulation theory (AMABLE et al. 1997), the industrial district approach (BECATTINI, 1991) and even in the neoclassical economy (ROMER, 1990). As the majority of this literature emphasizes the territorial aspects of this subject, regional policy-makers are putting their hopes in these themes as they used to do in the past about the growth pole theory. The same hopes are again up-to-date for those involved in development issues at the developing countries. There is an effort on research about innovative process that would be helpful for these countries. However, there are some restrictions in these innovative processes at developing countries that are not present in the reality studied by the authors of innovation theory. This paper examines some of these restrictions and the problem that they put for the concept of Regional Innovation System, being this discussion illustrated by the case study of Siemens/Equitel in Parana.
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