O MEDO URBANO E O PROTAGONISMO DOS T-LOVERS NO CIBERTERRITÓRIO: O FIM DO TERRITÓRIO DE PROSTITUIÇÃO DE TRAVESTIS NO BAIRRO DA GLÓRIA?
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Data de Publicação: | 2022 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Geografar |
Texto Completo: | https://revistas.ufpr.br/geografar/article/view/81695 |
Resumo: | Neste artigo buscamos compreender o território de prostituição de travestis no bairro da Glória a partir de diferentes olhares, assinalando que um espaço desprezado por uma parcela da sociedade pode ser visto como algo além de uma “zona de batalha”, ou seja, como uma oportunidade de trocas e de convívio entre corpos considerados abjetos. Através da metodologia de análise do discurso, observamos que, para as travestis, o território é por essência um espaço que possibilita a autodefesa, sua construção identitária, sua [re]existência e sua resistência diante das portas que se fecham durante o dia. Esse território por elas controlado no período noturno também depende da existência de um outro ator social – os t-lovers, grupo diretamente envolvido no comércio do corpo e que paga não só pelo sexo, mas pelo silêncio que oculta sua identidade. Com o crescimento da violência e do sentimento de medo na urbe, muitos t-lovers passam a ver de perto os riscos dos territórios de prostituição e começam a transpô-los para o ciberespaço. Assim, elucidar as relações de poder no território de prostituição no bairro da Glória e no ciberterritório constitui um importante mecanismo para compreendermos as novas configurações entre travestis e t-lovers nos territórios de prostituição. |
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O MEDO URBANO E O PROTAGONISMO DOS T-LOVERS NO CIBERTERRITÓRIO: O FIM DO TERRITÓRIO DE PROSTITUIÇÃO DE TRAVESTIS NO BAIRRO DA GLÓRIA?URBAN FEAR AND THE PROTAGONISM OF T-LOVERS IN CYBERTERRITORY: THE END OF THE TRAVESTIS PROSTITUTION TERRITORY IN THE NEIGHBORHOOD OF GLÓRIA?Ciberespaço; Prostituição; Território; T-lover; TravestiCyberterritory; Prostitution; Territory; T-lover; Travestis.Neste artigo buscamos compreender o território de prostituição de travestis no bairro da Glória a partir de diferentes olhares, assinalando que um espaço desprezado por uma parcela da sociedade pode ser visto como algo além de uma “zona de batalha”, ou seja, como uma oportunidade de trocas e de convívio entre corpos considerados abjetos. Através da metodologia de análise do discurso, observamos que, para as travestis, o território é por essência um espaço que possibilita a autodefesa, sua construção identitária, sua [re]existência e sua resistência diante das portas que se fecham durante o dia. Esse território por elas controlado no período noturno também depende da existência de um outro ator social – os t-lovers, grupo diretamente envolvido no comércio do corpo e que paga não só pelo sexo, mas pelo silêncio que oculta sua identidade. Com o crescimento da violência e do sentimento de medo na urbe, muitos t-lovers passam a ver de perto os riscos dos territórios de prostituição e começam a transpô-los para o ciberespaço. Assim, elucidar as relações de poder no território de prostituição no bairro da Glória e no ciberterritório constitui um importante mecanismo para compreendermos as novas configurações entre travestis e t-lovers nos territórios de prostituição.In this article, we aim to understand the territory of prostitution of travestis in the neighborhood of Glória from different perspectives, pointing out that a space despised by a portion of society can be considered as a space beyond a “battle zone”, that is, as a oportunity for exchanges and socializing between bodies considered abject. Through the discourse analysis methodology, we observe that for travestis, the territory is essentially a space that enables the self-defense, their identity construction, their [re] existence and their resistance to the doors that close during the day. This territory controlled by them at night also depends on the existence of another social actor - the t-lovers, a group directly involved in the commerce of the body and that not only pays for sex, but for the silence that hides their identity. With the growth of violence and the feeling of fear in the city, many t-lovers begin to see the risks of the prostitution territories and begin to transpose them into the cyberterritory. Thus, elucidating the power relations in the territory of prostitution in the neighborhood of Glória and in cyberterritory is an important mechanism for understanding the new configurations among travestis and t-lovers in the territories of prostitution.UFPRPimentel, Ivan IgnácioSilva, Jeziel SilveiraSilva, Letícia Gonçalves Marques da2022-07-24info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfapplication/pdfhttps://revistas.ufpr.br/geografar/article/view/8169510.5380/geografar.v17i1.81695REVISTA GEOGRAFAR; v. 17, n. 1 (2022); 183-2071981-089X10.5380/geografar.v17i1reponame:Revista Geografarinstname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)instacron:UFPRporhttps://revistas.ufpr.br/geografar/article/view/81695/46517https://revistas.ufpr.br/geografar/article/view/81695/46583Direitos autorais 2022 Ivan Ignácio Pimentel, Jeziel Silveira Silva, Letícia Gonçalves Marques da Silvahttp://creativecommons.org/licenses/by/4.0info:eu-repo/semantics/openAccess2022-07-24T22:35:52Zoai:revistas.ufpr.br:article/81695Revistahttps://revistas.ufpr.br/geografarPUBhttps://revistas.ufpr.br/geografar/oai||geografar@ufpr.br1981-089X1981-089Xopendoar:2022-07-24T22:35:52Revista Geografar - Universidade Federal do Paraná (UFPR)false |
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