NÓS DO LUGAR NA AREIA DA PRAIA

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Medeiros, Aline Lúcia Nogueira
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Geografar
Texto Completo: https://revistas.ufpr.br/geografar/article/view/78154
Resumo: O que o corpo sente ecoa na paisagem ou o corpo sente o que a paisagem vibra. Duas maneiras de dizer logo o mesmo, pois a ligação corpo e mundo é uma via de duas mãos. Desde a areia, vislumbramos suas cadências. Sentimos seu marulhar. Transpomos aqui em letra-palavra-frase-parágrafo-texto absorções dessa interação visceral corpo-mar que acontece na praia. A praia, aqui, é boca de um mar com fome. O corpo é carne sensível e consciência de mundo, vivo no presente dessa interação. Eclipsado em adentrares viscerais que transbordam paisagem sublime: mar. O sublime que, longe de se ligar a um delírio, explode no desgaste da pele e dos olhos de quem vive praia e mar, sol a sol, numa interação cotidiana; nos saberes desses povos mesmos que lutam pela permanência hoje nos seus lugares ancestrais. Relato aqui um dos seus eclipses transbordantes.
id UFPR-7_f3a2ded9dfc472865c4f857e1792b03e
oai_identifier_str oai:revistas.ufpr.br:article/78154
network_acronym_str UFPR-7
network_name_str Revista Geografar
repository_id_str
spelling NÓS DO LUGAR NA AREIA DA PRAIAPLACE KNOTS ON THE BEACH SANDpraia; mar; lugar; fenomenologia; corpobeach; sea; place; travel; bodyO que o corpo sente ecoa na paisagem ou o corpo sente o que a paisagem vibra. Duas maneiras de dizer logo o mesmo, pois a ligação corpo e mundo é uma via de duas mãos. Desde a areia, vislumbramos suas cadências. Sentimos seu marulhar. Transpomos aqui em letra-palavra-frase-parágrafo-texto absorções dessa interação visceral corpo-mar que acontece na praia. A praia, aqui, é boca de um mar com fome. O corpo é carne sensível e consciência de mundo, vivo no presente dessa interação. Eclipsado em adentrares viscerais que transbordam paisagem sublime: mar. O sublime que, longe de se ligar a um delírio, explode no desgaste da pele e dos olhos de quem vive praia e mar, sol a sol, numa interação cotidiana; nos saberes desses povos mesmos que lutam pela permanência hoje nos seus lugares ancestrais. Relato aqui um dos seus eclipses transbordantes.The search for the essence of the beach put me in the phenomenological research movement through the references of Humanist Geography. What is the beach? The beach composition that I elaborate therefore constitutes a poetic translation of the experiences of my moving body in humanistic geographic research - an attempt to answer the central question. Although the sea beach landscape may appear highlighted, it is not the only way of this presentification, which is done in the dry urban interior and in the corners of the rivers before the sea. This article elaborates the arrival at sea and reflects the experiences of this body-world interaction that also makes the beach. What the body feels echoes in the landscape or the body feels what the landscape vibrates. Two ways of saying the same thing right away, for the connection between body and world is a two-way street. From the sand, we glimpse its cadences. We feel its ripple. We transpose here in letter-word-phrase-paragraph-text absorptions of this visceral body-sea interaction that happens on the beach. The beach here is the mouth of a hungry sea. The body is sensitive flesh and world consciousness, alive in the present of this interaction. Eclipsed in visceral entrances that overflow sublime landscape: sea. The sublime that, far from being linked to a delusion, explodes in the wear and tear of the skin and eyes of those who live beach and sea, sun by sun, in a daily interaction; in the knowledge of these very peoples who struggle to remain today in their ancestral places. I report here one of its overflowing eclipses.UFPRCAPESMedeiros, Aline Lúcia Nogueira2021-12-31info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfapplication/pdfhttps://revistas.ufpr.br/geografar/article/view/7815410.5380/geografar.v16i2.78154REVISTA GEOGRAFAR; v. 16, n. 2 (2021); 426-4461981-089X10.5380/geografar.v16i2reponame:Revista Geografarinstname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)instacron:UFPRporhttps://revistas.ufpr.br/geografar/article/view/78154/45220https://revistas.ufpr.br/geografar/article/view/78154/45523Direitos autorais 2021 Aline Lúcia Nogueira Medeiroshttp://creativecommons.org/licenses/by/4.0info:eu-repo/semantics/openAccess2021-12-31T16:14:22Zoai:revistas.ufpr.br:article/78154Revistahttps://revistas.ufpr.br/geografarPUBhttps://revistas.ufpr.br/geografar/oai||geografar@ufpr.br1981-089X1981-089Xopendoar:2021-12-31T16:14:22Revista Geografar - Universidade Federal do Paraná (UFPR)false
dc.title.none.fl_str_mv NÓS DO LUGAR NA AREIA DA PRAIA
PLACE KNOTS ON THE BEACH SAND
title NÓS DO LUGAR NA AREIA DA PRAIA
spellingShingle NÓS DO LUGAR NA AREIA DA PRAIA
Medeiros, Aline Lúcia Nogueira
praia; mar; lugar; fenomenologia; corpo
beach; sea; place; travel; body
title_short NÓS DO LUGAR NA AREIA DA PRAIA
title_full NÓS DO LUGAR NA AREIA DA PRAIA
title_fullStr NÓS DO LUGAR NA AREIA DA PRAIA
title_full_unstemmed NÓS DO LUGAR NA AREIA DA PRAIA
title_sort NÓS DO LUGAR NA AREIA DA PRAIA
author Medeiros, Aline Lúcia Nogueira
author_facet Medeiros, Aline Lúcia Nogueira
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv CAPES

dc.contributor.author.fl_str_mv Medeiros, Aline Lúcia Nogueira
dc.subject.por.fl_str_mv praia; mar; lugar; fenomenologia; corpo
beach; sea; place; travel; body
topic praia; mar; lugar; fenomenologia; corpo
beach; sea; place; travel; body
description O que o corpo sente ecoa na paisagem ou o corpo sente o que a paisagem vibra. Duas maneiras de dizer logo o mesmo, pois a ligação corpo e mundo é uma via de duas mãos. Desde a areia, vislumbramos suas cadências. Sentimos seu marulhar. Transpomos aqui em letra-palavra-frase-parágrafo-texto absorções dessa interação visceral corpo-mar que acontece na praia. A praia, aqui, é boca de um mar com fome. O corpo é carne sensível e consciência de mundo, vivo no presente dessa interação. Eclipsado em adentrares viscerais que transbordam paisagem sublime: mar. O sublime que, longe de se ligar a um delírio, explode no desgaste da pele e dos olhos de quem vive praia e mar, sol a sol, numa interação cotidiana; nos saberes desses povos mesmos que lutam pela permanência hoje nos seus lugares ancestrais. Relato aqui um dos seus eclipses transbordantes.
publishDate 2021
dc.date.none.fl_str_mv 2021-12-31
dc.type.none.fl_str_mv
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://revistas.ufpr.br/geografar/article/view/78154
10.5380/geografar.v16i2.78154
url https://revistas.ufpr.br/geografar/article/view/78154
identifier_str_mv 10.5380/geografar.v16i2.78154
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://revistas.ufpr.br/geografar/article/view/78154/45220
https://revistas.ufpr.br/geografar/article/view/78154/45523
dc.rights.driver.fl_str_mv Direitos autorais 2021 Aline Lúcia Nogueira Medeiros
http://creativecommons.org/licenses/by/4.0
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Direitos autorais 2021 Aline Lúcia Nogueira Medeiros
http://creativecommons.org/licenses/by/4.0
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv UFPR
publisher.none.fl_str_mv UFPR
dc.source.none.fl_str_mv REVISTA GEOGRAFAR; v. 16, n. 2 (2021); 426-446
1981-089X
10.5380/geografar.v16i2
reponame:Revista Geografar
instname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)
instacron:UFPR
instname_str Universidade Federal do Paraná (UFPR)
instacron_str UFPR
institution UFPR
reponame_str Revista Geografar
collection Revista Geografar
repository.name.fl_str_mv Revista Geografar - Universidade Federal do Paraná (UFPR)
repository.mail.fl_str_mv ||geografar@ufpr.br
_version_ 1788990019923345408