A felicidade é logo aqui: discurso e poder na literatura de autoajuda
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Data de Publicação: | 2018 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Ação Midiática |
Texto Completo: | https://revistas.ufpr.br/acaomidiatica/article/view/58929 |
Resumo: | A literatura de autoajuda é um fenômeno que tem como uma das suas principais características o agenciamento de modos de ser e estar. Em seus enunciados, identificam-se regras, propostas de ações que uma vez acatadas, poderão, segundo estes manuais, indicar aos sujeitos o caminho da felicidade. Partindo dos pressupostos teóricos e metodológicos da Análise do Discurso de orientação francesa, são analisados os sentidos produzidos pelo discurso da felicidade na literatura de autoajuda, tomando como recorte empírico de investigação a obra Doze semanas para mudar uma vida (2007), de Augusto Cury. Através de um processo de descrição e interpretação dos enunciados, identificam-se relações de saber e poder (FOUCAULT, 2013), constituídas por discursos pedagógicos, nos quais os autores buscam mostrar-se como detentores de um saber não possuído pelos outros. Tais enunciados instituem regras, como o controle do tempo e o estabelecimento imperativo de modos de ser e estar por meio de ordens do discurso que patologizam os menos felizes. |
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A felicidade é logo aqui: discurso e poder na literatura de autoajudaAutoajuda; Discursos da felicidade; Relações de saber e poder.A literatura de autoajuda é um fenômeno que tem como uma das suas principais características o agenciamento de modos de ser e estar. Em seus enunciados, identificam-se regras, propostas de ações que uma vez acatadas, poderão, segundo estes manuais, indicar aos sujeitos o caminho da felicidade. Partindo dos pressupostos teóricos e metodológicos da Análise do Discurso de orientação francesa, são analisados os sentidos produzidos pelo discurso da felicidade na literatura de autoajuda, tomando como recorte empírico de investigação a obra Doze semanas para mudar uma vida (2007), de Augusto Cury. Através de um processo de descrição e interpretação dos enunciados, identificam-se relações de saber e poder (FOUCAULT, 2013), constituídas por discursos pedagógicos, nos quais os autores buscam mostrar-se como detentores de um saber não possuído pelos outros. Tais enunciados instituem regras, como o controle do tempo e o estabelecimento imperativo de modos de ser e estar por meio de ordens do discurso que patologizam os menos felizes.UFPRedital MCTI/CNPq/MEC/CAPES Nº 43/2013de Oliveira, Geilson Fernandesda Costa Mendes, Marcília Luzia Gomes2018-12-17info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revistas.ufpr.br/acaomidiatica/article/view/5892910.5380/2238-0701.2018n16p72-93Ação Midiática – Estudos em Comunicação, Sociedade e Cultura.; Ed. 16 - JUL/DEZ (2018); 72-932238-070110.5380/am.v1i16reponame:Ação Midiáticainstname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)instacron:UFPRporhttps://revistas.ufpr.br/acaomidiatica/article/view/58929/37246Direitos autorais 2018 Ação Midiática – Estudos em Comunicação, Sociedade e Cultura.info:eu-repo/semantics/openAccess2023-08-26T01:56:25Zoai:revistas.ufpr.br:article/58929Revistahttps://revistas.ufpr.br/acaomidiaticaPUBhttps://revistas.ufpr.br/acaomidiatica/oairevistaacaomidiatica@gmail.com||revistaacaomidiatica@gmail.com2238-07012238-0701opendoar:2023-08-26T01:56:25Ação Midiática - Universidade Federal do Paraná (UFPR)false |
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