Influência das fisiografias praiais e suas alterações na distribuição e abundância do caranguejo Ocypode quadrata em praias de Pontal do Paraná - Paraná - Brasil
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPR |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1884/29823 |
Resumo: | Resumo: Os caranguejos do gênero Ocypode são reconhecidos como peça chave do ecossistema de praias arenosas por participar do fluxo de energia entre o mar, a praia e a duna. A principal ameaça que sofrem é a perda ou fragmentação do habitat causada pela perturbação antrópica e pela elevação do nível do mar devido às mudanças climáticas. O presente estudo teve como objetivo estudar a influência dos estratos fisiográficos da zona litoral ativa e suas alterações sobre a distribuição e abundância da espécie Ocypode quadrata em praias do litoral paranaense, Brasil. Primeiramente foi estudada a influência dos estratos fisiográficos em uma praia de Pontal do Paraná com dois setores ligeiramente distintos (A: com dunas e B: sem dunas), nas marés de sizígia e quadratura. Em campo foram estabelecidos três blocos por setor onde se realizou as amostragens, sendo uma transecção para a determinação do perfil praial, outra para análise de cobertura, altura e composição da vegetação, cobertura de detrito, e três para a contagem e mensuração de tocas (ativas e inativas) por bloco. No setor A foram caracterizados cinco estratos: médiolitoral (ML), zona de detrito (DR), supralitoral (SP), duna frontal incipiente (DFI) e duna frontal estabelecida (DFE). No setor B, após o supralitoral, localizou-se a restinga (RE), acima de uma falésia. A abundância de tocas (ativas e inativas) foi maior no setor A do que no B e maior na maré de quadratura do que na sizígia, mesmo que sejam analisados apenas os estratos praiais. A distribuição das tocas ativas no setor A foi concentrada no SP e DFI, enquanto no setor B foi no SP e DR. A maioria das tocas inativas no setor A estiveram nas dunas, já no setor B ocorreram nos mesmos estratos que as ativas porém em menor intensidade. A fim de estudar o impacto da remoção de um estrato fisiográfico na abundância e distribuição de tocas de O. quadrata foram avaliadas três praias (CEM, Assenodi e Ipanema) de Pontal do Paraná em dois setores: Experimental, que diariamente sofria limpeza da linha de detrito, e Controle que foi mantido o aporte natural de detrito intacto. Nesses setores foram amostradas seis transecções que tiveram as tocas (ativas e inativas) de O. quadrata contadas e mensuradas, também em duas situações de maré. A ausência do estrato zona de detrito não afetou a abundância de tocas, pelos menos em curto prazo, embora quando a duna esteve presente, a retirada do detrito forçou a distribuição das tocas em direção contraria ao mar. Desta forma, a perda do ecossistema terrestre (duna) seria extremamente impactante as populações de Ocypode quadrata, visto que 35% da abundância de tocas estiveram distribuídas nesse ambiente. Podendo as alterações na distribuição dos caranguejos causadas pela retirada do detrito, serem drásticas quando realizada em longo prazo, alterando o input de recursos alimentares e desequilibrando o padrão de segregação espacial. |
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Guilherme, Pablo Damian BorgesUniversidade Federal do Paraná. Setor de Ciencias Biológicas. Programa de Pós-Graduaçao em Ecologia e ConservaçaoBorzone, Carlos Alberto, 1955-2013-08-07T15:22:44Z2013-08-07T15:22:44Z2013-08-07http://hdl.handle.net/1884/29823Resumo: Os caranguejos do gênero Ocypode são reconhecidos como peça chave do ecossistema de praias arenosas por participar do fluxo de energia entre o mar, a praia e a duna. A principal ameaça que sofrem é a perda ou fragmentação do habitat causada pela perturbação antrópica e pela elevação do nível do mar devido às mudanças climáticas. O presente estudo teve como objetivo estudar a influência dos estratos fisiográficos da zona litoral ativa e suas alterações sobre a distribuição e abundância da espécie Ocypode quadrata em praias do litoral paranaense, Brasil. Primeiramente foi estudada a influência dos estratos fisiográficos em uma praia de Pontal do Paraná com dois setores ligeiramente distintos (A: com dunas e B: sem dunas), nas marés de sizígia e quadratura. Em campo foram estabelecidos três blocos por setor onde se realizou as amostragens, sendo uma transecção para a determinação do perfil praial, outra para análise de cobertura, altura e composição da vegetação, cobertura de detrito, e três para a contagem e mensuração de tocas (ativas e inativas) por bloco. No setor A foram caracterizados cinco estratos: médiolitoral (ML), zona de detrito (DR), supralitoral (SP), duna frontal incipiente (DFI) e duna frontal estabelecida (DFE). No setor B, após o supralitoral, localizou-se a restinga (RE), acima de uma falésia. A abundância de tocas (ativas e inativas) foi maior no setor A do que no B e maior na maré de quadratura do que na sizígia, mesmo que sejam analisados apenas os estratos praiais. A distribuição das tocas ativas no setor A foi concentrada no SP e DFI, enquanto no setor B foi no SP e DR. A maioria das tocas inativas no setor A estiveram nas dunas, já no setor B ocorreram nos mesmos estratos que as ativas porém em menor intensidade. A fim de estudar o impacto da remoção de um estrato fisiográfico na abundância e distribuição de tocas de O. quadrata foram avaliadas três praias (CEM, Assenodi e Ipanema) de Pontal do Paraná em dois setores: Experimental, que diariamente sofria limpeza da linha de detrito, e Controle que foi mantido o aporte natural de detrito intacto. Nesses setores foram amostradas seis transecções que tiveram as tocas (ativas e inativas) de O. quadrata contadas e mensuradas, também em duas situações de maré. A ausência do estrato zona de detrito não afetou a abundância de tocas, pelos menos em curto prazo, embora quando a duna esteve presente, a retirada do detrito forçou a distribuição das tocas em direção contraria ao mar. Desta forma, a perda do ecossistema terrestre (duna) seria extremamente impactante as populações de Ocypode quadrata, visto que 35% da abundância de tocas estiveram distribuídas nesse ambiente. Podendo as alterações na distribuição dos caranguejos causadas pela retirada do detrito, serem drásticas quando realizada em longo prazo, alterando o input de recursos alimentares e desequilibrando o padrão de segregação espacial.application/pdfTesesCaranguejoPraiasInfluência das fisiografias praiais e suas alterações na distribuição e abundância do caranguejo Ocypode quadrata em praias de Pontal do Paraná - Paraná - Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisporreponame:Repositório Institucional da UFPRinstname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)instacron:UFPRinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALR - D - PABLO DAMIAN BORGES GUILHERME.pdfapplication/pdf2666394https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/29823/1/R%20-%20D%20-%20PABLO%20DAMIAN%20BORGES%20GUILHERME.pdfbaa2b071e7db151767134129f3b88f18MD51open accessTEXTR - D - PABLO DAMIAN BORGES GUILHERME.pdf.txtR - D - PABLO DAMIAN BORGES GUILHERME.pdf.txtExtracted Texttext/plain149449https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/29823/2/R%20-%20D%20-%20PABLO%20DAMIAN%20BORGES%20GUILHERME.pdf.txt800d158785979e6b3c71046c50b22ef5MD52open accessTHUMBNAILR - D - PABLO DAMIAN BORGES GUILHERME.pdf.jpgR - D - PABLO DAMIAN BORGES GUILHERME.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1206https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/29823/3/R%20-%20D%20-%20PABLO%20DAMIAN%20BORGES%20GUILHERME.pdf.jpg562896699f7ba059dbec67e784e83408MD53open access1884/298232016-04-07 11:08:55.814open accessoai:acervodigital.ufpr.br:1884/29823Repositório de PublicaçõesPUBhttp://acervodigital.ufpr.br/oai/requestopendoar:3082016-04-07T14:08:55Repositório Institucional da UFPR - Universidade Federal do Paraná (UFPR)false |
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